Você sabe o que são os Sinais Internacionais usados pelos surdos?

22/04/2021 12:51

Daniel Guilherme Gonçalves,
Bolsista PET-Letras
Letras Libras

Antes de falarmos dos Sinais Internacionais, é importante dizer que existem diversas línguas de sinais no mundo e que, inclusive, um mesmo país pode ter mais de uma língua de sinais. Portanto, a língua de sinais não é universal, assim como ocorre com as línguas orais que conhecemos. Entretanto, os povos surdos de diferentes países que não compartilham uma mesma língua de sinais têm utilizado para se comunicar uma “língua de sinais mundial” conhecida como Sinais Internacionais (SI) — em inglês International Sign.

Portanto, o sistema de Sinais Internacionais tem permitido que surdos sinalizantes de distintas línguas de sinais estabeleçam a comunicação e se compreendam em contextos multilíngues, assim como em viagens internacionais. Cada vez mais, os encontros internacionais e os eventos acadêmicos têm optado pelo uso dos Sinais Internacionais como se fosse uma “língua franca”. Mas, enfim, o que são os Sinais Internacionais?

Fonte: Granado, 2019*

Segundo a Federação Mundial de Surdos — World Federation of the Deaf (WFD) — os Sinais Internacionais não são uma língua, mas, sim, um conjunto de convenções usadas em eventos internacionais, esse sistema usa estruturas icônicas juntamente com o uso de sinais de mais de uma língua de sinais. Para alguns pesquisadores, o sistema de Sinais Internacionais é comparável a um pidgin, sendo um exemplo de translinguagem ou de comunicação cross-linguística. Entretanto, por não possuir um léxico fechado nem um sistema fixo de regras, os Sinais Internacionais não podem ser comparados ao Esperanto nem ao Gestuno. O Gestuno é um sistema artificial padronizado de sinais que foi usado sem êxito na década de 1970 pela WFD, juntamente com a Associação Britânica de Surdos, na tentativa de criar uma “língua de sinais internacional”. É interessante mencionar que encontramos algumas variações do sistema de Sinais Internacionais, já que ele depende do contexto social dos sinalizantes, de sua cultura, de sua língua de sinais, de seu perfil etc. Para conhecer mais sobre o tema, você pode acessar o FAC (Respostas às Perguntas Frequentes) feito pela WFD clicando aqui. Assista abaixo um vídeo em sinais internacionais.

Fonte: WFD**

A WFD começou a adotar os Sinais Internacionais em seus congressos internacionais, a partir de 1987. Desde então, os Sinais Internacionais passaram a ter lugar em diferentes países nos encontros e eventos internacionais envolvendo sinalizantes de diferentes línguas de sinais. No Brasil, é comum vermos os Sinais Internacionais sendo empregados em congressos e encontros internacionais, inclusive temos tradutores e intérpretes, surdos e ouvintes, que oferecem serviços de tradução e de interpretação da Libras para os Sinais Internacionais e dos Sinais Internacionais para a Libras.

* descrição da imagem: Globo terrestre ao centro em preto e branco com três blocos de textos à direita e três blocos de textos à esquerda desalinhados em diferentes sentidos. À direita, de cima para baixo: primeiro bloco – GESTUNO? / British Deaf Association, 1975; segundo bloco – Língua Internacional de Sinais? / Campello, 2014; terceiro bloco – PIDGIN? / Supalla & Webb, 1995; Moody, 2008. À esquerda, de cima para baixo: primeiro bloco – Cross-Signing? / Zeshan, 2015; Byun de Vos, Bradford, Zeshan, Levinson, 2017; segundo bloco – Língua Franca? / Hansen, 2016; terceiro bloco – Internacional Sign? / Mesch, 2010; WFD, WASLI, 2016.

**  descrição do vídeo: Presidente da WFD, Joseph Murray — homem branco, careca, de barba curta e grisalha — vestindo um terno cinza sobre uma camisa branca e um gravata listrada diagonalmente nas cores vinho e prata e sinalizando em Sinais Internacionais em um sala com um móvel antigo de fundo e um vaso com flores brancas.

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“O Silêncio dos Homens”: uma reflexão sobre masculinidade

14/04/2021 11:19

 Felipe Mateus dos Santos,
Bolsista PET – Letras
Letras Português

Ao longo da história, o gênero masculino foi, e, infelizmente, ainda é associado à noção biológica de sexo masculino. O conceito do ser masculino segue relacionado à certa natureza animal, contribuindo para construção de diversos valores que permeiam a virilidade, a falta de afetividade, a noção de provedor do lar, dentre outros valores patriarcais impostos à figura do homem. De acordo com Pierre Bourdieu, em sua obra O Poder Simbólico (1989), ao serem naturalizados com o passar do tempo, esses valores cumprem a função política de instrumentos de imposição ou de legitimação da dominação dos homens para com os demais gêneros. Dessa maneira, temos que masculinidade diz respeito a um conjunto de diversas práticas de poder em torno da posição dos homens na estrutura das relações de gênero de uma sociedade.

Dentro desse sistema criado e estabelecido até os dias de hoje, fez-se necessário um esforço recente de diversos grupos — de diversos caráteres e com diversas composições — que começaram a se organizar em prol de promover a reflexão sobre os direitos humanos, a cidadania, a democracia, a busca pela paz entre as sociedades e a igualdade entre os gêneros, na tentativa de romper, ainda que aos poucos, essas concepções sobre o ser masculino.

O Silêncio dos Homens”, é uma dessas tentativas de mudança neste cenário, um documentário lançado em 2019, produzido pela plataforma Papo de Homem, na tentativa de compreender e reverter os motivos pelos quais os homens deixam de expor e compartilhar seus sentimentos, ocasionando em diversos problemas como violência doméstica, assédio, altíssimas taxas de suicídio, homicídio, mortes no trabalho, encarceramento em massa dos homens, dentre outros problemas que afligem a sociedade como um todo.

Fonte: Portal Papo de Homem, 2019*

Neste documentário, são levantadas diversas informações, dados e relatos de pessoas a respeito de como essa construção machista e patriarcal afeta diretamente a vida de homens e mulheres, de crianças e adolescentes, e busca incentivar a abertura emocional e sentimental.  De acordo com a obra, diversas iniciativas são organizadas em todo país a fim de fomentar a criação de reuniões e grupos de homens com o objetivo de compartilhar sentimentos e experiências em torno do gênero masculino e de suas construções e assim ressignificá-las. Enfim, esse é um movimento de coragem, coragem para assumir responsabilidade, para escutar as mulheres, para que os homens sejam sensíveis e se ajudem a construir vidas melhores.

Algumas iniciativas mencionadas no documentário podem ser acessadas a seguir:

Assim como os movimentos feministas, os movimentos de reflexões sobre masculinidades, tornaram-se uma importante luta pela igualdade social e de gêneros. Cada grupo formado, cada roda de conversa e cada espaço de manifestações em prol desse rompimentos de construções machistas e patriarcais é de extrema importância para o progresso em direção a uma convivência harmoniosa na sociedade como um todo. A criação de documentários e de plataformas de produção de conteúdo crítico são fundamentais na promoção dessa igualdade.

*Fotodescrição: Imagem de um grupo de homens sentados em semicírculo, acomodados em carteiras, conversando entre si. Ao fundo, uma parede branca com uma janela e outra com uma pintura de um sol.

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Mini resenha literária: romance Torto arado, de Itamar Vieira Júnior

05/04/2021 12:35

Moara Zambonim,
Bolsista PET-Letras
Letras Português

“Mesmo com toda a adversidade, é preciso que a gente tenha essa esperança engajada”,
diz Itamar Vieira Junior

Foto do livro “Torto Arado” – Arquivo pessoal

Vencedor de diversos prêmios, como o LeYa 2018 e o Jabuti, a obra Torto Arado provoca um arrebatamento em quem a lê. De repente, o leitor não se encontra mais em seu sofá na sala: ele vê passar ao seu redor as paisagens do sertão baiano, do coração da chapada, e as personagens estão ali também, figuras — a maioria feminina — que inspiram sabedoria, compaixão e um senso de justiça aguçado.

A partir de um acontecimento na infância, nos é narrada a história das irmãs Bibiana e Belonísia, e também de toda sua linhagem familiar, valendo-se o autor de trocas de foco narrativo, o que inclui a voz de entidades maiores, para contar eventos do passado e suas consequências no futuro.

A sutileza da escrita é tamanha que as mazelas sociais protagonizam a história sem serem óbvias, delineando-se de tal forma que o leitor as constrói como mais uma das incríveis personagens femininas que compõem a narrativa; pois são as mulheres que são centrais na obra, em tramas familiares imbricadas e em ciclos que se repetem entre gerações. A construção dos heróis está repleta de nuances de gênero, de construção de subjetividades raciais que permeiam gerações atreladas a um passado escravista que se costura até a realidade.

Em matéria publicada pela Revista Época, a neta de Euclides da Cunha faz o seguinte comentário: “Exclusão relatada em Os Sertões está presente até hoje”. E é interessante pensar como uma temática literária de mais de 100 anos atrás — depois retomada por Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto e outros, como Raduan Nassar, cuja voz se faz presente na epígrafe do romance — volta, hoje, com representação impecável. Representação que foge de estereótipos e compõe uma visão do sertão precisa e profunda, que infelizmente conversa ainda com textos tão antigos e composições literárias que se estendem até a atualidade.

Eu, particularmente, não consegui largar a leitura: em dois dias, havia finalizado o livro e ficado com uma sensação de “quero mais”. E essas populações invisibilizadas que se apresentam a nós mantêm-se na memória de quem lê.

Vale muito a pena a leitura! Ficção nacional que chega a mais de 100 mil exemplares vendidos, o livro foi primeiramente publicado em Portugal e apenas depois a editora Todavia adquiriu os direitos da obra e a publicou aqui, para nossa sorte. Então, quem precisava de ainda mais um incentivo para ler esse romance, deixo aqui minha recomendação!

 

*descrição: Foto do livro “Torto Arado” no meu colo, aparecendo apenas a ponta dos meus joelhos, com um caderno de couro vegano marrom atrás do livro. O título está em vermelho e a capa do livro é rosa clara e, ao centro, vemos a ilustração de duas mulheres negras de mãos dadas. Nas outras mãos, carregam folhas da planta “espada-de-São-Jorge”, compridas em verdes claro e escuro. Elas levam turbantes coloridos na cabeça e suas roupas são em tons pasteis, combinando com a cor da capa.

 

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Uma dica de formação para futuros professores de Língua Portuguesa

29/03/2021 18:37

 Ananda Gomes Henn,
Bolsista PET-Letras
Letras – Português

Para nós, estudantes de Letras cursando licenciatura, a sala de aula é o o ponto inicial e o alvo que temos após a longa jornada de quatro anos que é a graduação. Há muita antecipação e ansiedade pela chegada desse momento em que colocamos em prática tudo que aprendemos, todo o conhecimento e a experiência que acumulamos neste período de formação. Uma das coisas mais importantes que devemos ter em mente, porém, é que a nossa formação como professores não acaba na sala de aula da graduação. Podemos e devemos aproveitar a grande quantidade de material gratuito disponível para nos ajudar a desenvolver nossa prática pedagógica.

Pensando nisso, indico a todos professores de língua portuguesa, tanto aqueles que já atuam quanto os futuros,  o site do Programa Escrevendo o Futuro. O programa é uma iniciativa do Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, e tem como objetivo contribuir para a melhoria do ensino, da leitura e da escrita nas escolas públicas do Brasil, por meio de ações de mobilização para a formação de professores(as) de língua portuguesa. Além disso, o programa realiza anualmente a Olimpíada de Língua Portuguesa, um concurso de produção de textos para estudantes da rede pública de todo o país.

Fonte: Reprodução / Escrevendo o Futuro*

A plataforma tem materiais totalmente gratuitos que auxiliam no ensino da disciplina e são alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O site oferece diversos cursos online para professores cujo conteúdo e abordagem dialogam com as práticas de linguagem previstas pela BNCC: oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica. Além disso, disponibiliza percursos formativos com temas como “oralidade” e “análise textual”, jogos virtuais de aprendizagem, vídeos, relatos de prática e recursos didáticos para auxiliar os professores no ensino da língua portuguesa. Para aqueles registrados na plataforma também estão disponíveis cadernos docentes de sequências didáticas com orientações para aplicação em aula.

Todo o material disponibilizado pelo Programa Escrevendo o Futuro é bastante rico para professores de Língua Portuguesa em busca de uma formação contínua. Pode ter certeza que vai valer muito a pena dar uma investigada no site!

*Descrição – Desenho colorido de uma mulher sentada em uma mesa de escritório escrevendo em uma máquina de escrever. Acima, lê-se “Escrevendo o futuro”. A figura da mulher possui pele escura, cabelos longos castanhos que flutuam atrás de sua cabeça e nenhum traço definido no rosto; ela escreve curvada e da máquina de escrever saem flutuando as letras A, B, C e D. Acima, flutuando na altura de sua cabeça, há uma lâmpada de luz acesa. Junto da máquina de escrever estão alguns livros e um abajur. Em cada lado da mesa consta um grande vaso de planta.

Tags: comunicaPET

Chamada e edital para Preguiça: Revista (des)acadêmica do PET-Letras (3ª edição)

29/03/2021 14:46

Pensando em todo potencial criativo engavetado pela vida acadêmica, a Revista Preguiça propõe um lugar onde possam ser publicados pequenos textos literários de estudantes da UFSC. Textos para serem lidos nos momentos de preguiça, nos breves ócios diários, nos intervalos obrigatórios, nos espreguiçamentos do dia. Textos para serem produzidos com preguiça, breves, de modo que as delongas sejam nossas e não deles. Textos preguiçosos por natureza, pela simples ausência de compromisso.

Requisitos para o envio de textos:

  1. Podem submeter textos estudantes regularmente matriculados/as na UFSC.

1.1. Estudantes da graduação terão preferência na publicação;

1.2. A inscrição deverá ser realizada obrigatoriamente online, através do endereço de e-mail: revistapreguica@gmail.com

1.3. O assunto do e-mail deverá ser: Inscrição (gênero do texto) – Revista

Preguiça (nº da edição). Ex.: Inscrição conto – Revista Preguiça 3;

1.4. Deverá constar no e-mail o número da matrícula e o nome completo do autor;

1.5. Caso o autor não queira identificar-se na publicação de seu texto, poderá criar um pseudônimo ou deixar como anônimo;

1.6. Os textos deverão ser enviados em um arquivo “.docx”, com fonte tamanho pt.12, margem ‘normal’ e com no máximo duas (2) páginas.

  1. Os textos deverão ser originais.

2.1. Não serão aceitos textos que firam os direitos humanos;

2.2. Os textos serão avaliados pela equipe da revista e ocasionais pareceristas convidados;

2.3. Serão aceitos textos em formatos como: poesia, conto, crônica, ensaio literário, resenha e outros formatos afins;

2.4. Os principais critérios de avaliação dos textos serão consonância com a proposta da revista e criatividade.

  1. Poderão ser submetidas imagens, como desenhos, ilustrações e fotos, a fim de

serem usadas no projeto gráfico da Revista.

3.1. As imagens devem ser originais;

3.2. Em caso de fotos, a resolução mínima deverá ser 180dpi;

3.3. As imagens são suscetíveis de edição pelo corpo editorial da Revista.

  1. O prazo para submeter os textos será do dia 29/03/2021 até o dia 11/04/2021.
  1. A terceira edição da Revista Preguiça será lançada em junho de 2021, em meio digital.

Florianópolis, 29/03/2021

Equipe editorial da Revista Preguiça

REIKI: uma prática de cura

25/03/2021 13:35

Mayumi Motta Esmeraldino,
Bolsista PET Letras
Letras – Francês

Você já ouviu falar em Reiki? Sabe o que é?

O Reiki é uma prática de cura através da imposição de mãos que surgiu no séc. XIX no Japão, quando um japonês chamado Mikão Usui, que na época era um pastor cristão, buscou a origem do “dom de cura” de Jesus e de Buda. Após dez anos de estudos, Usui resolveu colocar em prática tudo o que havia adquirido de conhecimento e então passou 21 dias em jejum, em total estado meditativo, no monte Koriyama no Japão. Na última manhã de meditação, Usui disse ter visto milhares de feixes de luz coloridos vindo em sua direção, até que, ao se aproximarem, esses raios luminosos se tornaram o que hoje conhecemos como símbolos de ativação do Reiki.

Após descer do monte Koriyama, Usui percebeu que ao impor suas mãos sobre um ferimento ou um local de dor, tal ferimento cicatrizava e tal dor desaparecia. Ele compreendeu que essa fonte de cura estava nos cosmos, nos menores átomos e em toda a matéria que constitui o universo e que poderia ser canalizada por seu corpo e transmitida por suas mãos. Acreditando que essa energia de cura universal estaria disponível a todos nós, o mestre japonês começou a passar seus ensinamentos para restritos discípulos e assim, aos poucos, o Reiki foi se espalhando pelo mundo. Ao se difundir em diferentes lugares, o Reiki ganhou diferentes denominações, como Reiki Tradicional, Reiki Essencial, Reiki Xamânico e Reiki Tibetano. Todos eles partem do mesmo princípio, a canalização da energia de cura universal, porém, cada um percebe e entende essa energia de acordo com os ensinamentos tradicionais da cultura a qual pertence.

Fonte: imagem da internet

Hoje, o Reiki é reconhecido pelo Ministério da Saúde, faz parte das práticas integrativas complementares (PIC) oferecidas pelo SUS e cada vez mais encontramos estudos evidenciando os seus benefícios à saúde. A prática tem por objetivo curar os 7 corpos sensíveis (físico, etérico, astral, mental inferior, mental superior, emocional e espiritual) pois, a partir dos ensinamentos budistas, acredita-se que nenhuma doença advém apenas de um corpo ou de outro, mas, sim, da integração de todos eles. Ele pode ser utilizado em qualquer tratamento de qualquer doença, desde depressão até dores de cabeça e ferimentos, inclusive há relatos de melhoras no tratamento contra tumores malignos.

Para praticar Reiki é necessário passar por uma cerimônia de iniciação — que é muito parecida com uma meditação — com um mestre que já tenha transcorrido todos os níveis de Reiki. Em algumas escolas existem três níveis e em outras os níveis são subdivididos em quatro e até cinco. Além disso, em cada nível é necessário passar por 21 dias consecutivos de prática seguindo os cinco princípios tradicionais do Reiki:

1 Agradecer diariamente por suas várias bênçãos.

2 Não se preocupar.

3 Não se aborrecer.

4 Trabalhar honestamente.

5 Ser bondoso com o próximo e com todos os seres vivos.

Nesses 21 dias de prática, o aluno também passa por uma limpeza energética muito intensa; pois, ao ser canalizado, o reiki passa primeiro por todos os corpos sensíveis de quem está aplicando e depois é direcionado para quem recebe. Muitos alunos relatam mudanças intensas em suas vidas, como melhora em doenças do sistema nervoso, maior equilíbrio emocional e até indisposição para antigos hábitos nocivos como consumo de álcool e tabagismo.

Vale ressaltar que o Reiki também pode ser aplicado em animais, em plantas e não tem restrição de faixa etária, basta que o receptor esteja de acordo com a prática. Não se trata de uma prática de cura milagrosa, mas, sim, de um grande aliado no combate ao estresse, nos cuidados à saúde física e mental e na harmonização energética.

 .

E você, já experimentou essa prática?

 

Referência:
STEIN, Diane. Reiki Essencial, Manual Completo Sobre Uma Antiga Arte de Cura. Editora Pensamento, 16ª reimpressão, São Paulo. 2019.

* fotodescrição: imagem de fundo escuro com uma mão com a palma para cima, à direita, recebendo um feixe brilhante de luz vindo do alto, com vários pontos brilhantes. O feixe de luz toca a mão e a ultrapassa, combinando pequenos tons de rosa, laranja e amarelo.

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Sor Juana: memória e literatura

18/03/2021 10:42

Sarah de Carvalho Ortega,
Bolsista PET Letras
Letras – Espanhol

“Una poeta que reunió la excelencia, la abundancia y la diversidad”
Octavio Paz *

Em meados do século XVII, conhecido como o “Século de Ouro Espanhol”, na chamada “Nueva España”, nasceu em  San Miguel Neplanta, hoje no município Tepetlixpa (México), aproximadamente nos anos de 1648-1651, aquela que então seria a maior escritora barroca mexicana: Juana Inés de Asbaje y Ramírez de Santillana.

Filha ilegítima  de Pedro Manuel de Asbaje com Isabel Ramírez, viveu grande parte de sua infância em um sítio com seu avô e mãe, expressando desde tenra idade grande interesse e espantosa facilidade nos estudos. Em 1664, Juana conseguiu tornar-se dama de companhia na corte do Vice-rei, situada na capital da colônia. Destoante por seus amplos conhecimentos foi submetida a um exame feito por um total de 40 homens, que perguntavam-lhe uma série de questões acerca das mais variadas áreas do conhecimento: Teologia, Filosofia, Literatura…

Conseguiu responder às perguntas e ganhar uma notoriedade irregular no palácio, afinal não era de se esperar que uma dama de companhia teria tantos capitais culturais, muito menos, suceder passar em um teste tão complexo e intimidador.

(Printscreen da série Juana Inés)**

Não é de se espantar que Juana decidiu tornar-se freira, sendo mulher era impedida de ocupar espaços de poder ou dedicar-se às “atividades masculinas”, além disso, não provinha de uma família nobre, logo o respaldo financeiro lhe era inexistente. Muitas outras, com tais ambições, optaram por esse caminho para poderem dedicar-se ao mundo dos estudos. O convento, entre seus múltiplos significados, atuava, também, como lugar possível para a construção de saberes e fuga da vida matrimonial. Lá, tornou-se Sor Juana e  pôde empenhar-se na produção de grandes obras. Um de seus primeiros livros foi publicado na Espanha em 1689.

Sor Juana conquistou amizades de figuras prestigiadas como a vice-rainha, fato que facilitou suas publicações de variadas temáticas, consideradas um tanto polêmicas e não tão sacras para uma freira. Seus livros tiveram repercussão mundial e até hoje fomentam críticas e análises de múltiplos estudiosos, destaque ao escritor mexicano Octavio Paz em sua obra Sor Juana Inés de la Cruz ou As armadilhas da fé.

Por fim, caso seja do interesse da leitora ou leitor, recomendo abaixo alguns sites que dialogam com a existência e produções de Juana, além da recente série da Netflix, produzida em homenagem a esta ilustre precursora da escrita feminina latina.

Fonte: Imagem de internet

 

Referências:

1- MAGANA GCANTON, Isaac. Francisco Ramírez Santacruz. Sor Juana Inés de la Cruz. La resistencia del deseo. Madrid: Cátedra, 2019. Lit. mex,  México ,  v. 31, n. 1, p. 243-248,  jun.  2020 .   Disponible en <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0188-25462020000100243&lng=es&nrm=iso>. accedido en  04  marzo  2021.  Epub 17-Ago-2020.  https://doi.org/10.19130/iifl.litmex.31.1.2020.1198.

2-  ARACIL, BEATRIZ. WHEN OCTAVIO PAZ READ SOR JUANA: THE TRAPS OF FAITH AND ITS ANSWERS. Atenea (Concepc.),  Concepción ,  n. 513, p. 13-33,  July  2016 .   Available from <https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-04622016000100002&lng=en&nrm=iso>. access on  04  Mar.  2021.  http://dx.doi.org/10.4067/S0718-04622016000100002.

 

*Segundo Paz (1995 apud ARACIL, 2016, p.14)

**Foto DescriçãoPrintscreen da série da netflix “Juana Inés”, ao centro olhando para cima está Juana com uma grossa e grande coroa de flores em tons rosa, branco e amarelo. Por baixo dessa coroa, a personagem veste uma túnica e uma touca branca que contorna seu rosto e tapa todo seu busto deixando visível apenas sua face. Por cima há um véu de cor também branca, cobrindo-lhe a cabeça.

***Foto descriçãoUm retrato pintado de Sor Juan Ines de la Cruz, ao fundo há uma estante marrom escura com alguns grandes e grossos livros. Juana se posiciona a frente da estante, é de pele clara e tem as vestes de uma freira: seu cabelo é coberto por um véu preto, por baixo há uma touca branca que contorna sua face, veste também uma manta de largas mangas e por cima uma peça sem mangas preta. Ao redor de seu pescoço há um grande crucifixo que termina com uma cruz de cor castanho claro em seu ombro à direita da pintura. Em seu busto há um quadro oval de tons escuros, dentro dele uma pintura de uma mulher com manto azul ajoelhada e um homem com manto vermelho sentado num trono.

Tags: comunicaPET

Você conhece o Guia Prático para Professores de Primeira Viagem?

13/03/2021 11:03

Vítor Pluceno Behnck,
Bolsista PET-Letras
Letras – Inglês

Ei, você, estudante de Letras da UFSC que deseja ser professor: quer conhecer mais sobre o mundo do Ensino de Línguas e os cursos de Letras da UFSC? Então você precisa conhecer o Guia Prático para Professores de Primeira Viagem (GPPPV).

Fonte: Reprodução / Pixabay.*

O GPPPV – Guia Prático para Professores de Primeira Viagem foi um blog desenvolvido por estudantes de graduação do curso de Letras – Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina durante o semestre 2020.1 para a disciplina LLE8066 – Ensino de Língua em Diferentes Contextos de Aprendizagem, ministrada pela  Profa. Dra. Rosane Silveira, do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE) da UFSC.

A LLE8066 compõe o rol de disciplinas PCC – Prática como Componente Curricular. De acordo o Parecer CNE/CP 9/2001, p.23: “uma concepção de prática mais como componente curricular implica vê-la como uma dimensão do conhecimento, que tanto está presente nos cursos de formação nos momentos em que se trabalha na reflexão sobre a atividade profissional, como durante o estágio nos momentos em que se exercita a atividade profissional”.

A disciplina, que teve início em Março de 2020 — antes da pandemia da COVID-19 e da suspensão das aulas presenciais — incluía em seu planejamento visitas e atividades presenciais em escolas públicas de Florianópolis. Com a retomada do semestre em caráter remoto, veio também a necessidade de readaptação do plano de ensino: “com base em observações e visitas de campo, os alunos visitariam ambientes de ensino e depois compartilhariam isso em sala. Como não podíamos fazer nem as visitas e nem os encontros, o blog, dentre as tecnologias educacionais disponíveis, se apresentou como uma boa opção: além de ajudar a organizar os pensamentos e ideias, dava liberdade para cada grupo realizar o trabalho do seu jeito”, afirma a profesora Rosane.

O blog é dividido em 4 seções: Ensino de Língua Estrangeira (LE) no Brasil, que traz um breve relato histórico do ensino de LE no país; Entrevistas, que que apresenta relatos de experiência de 5 professores de Língua Inglesa que atuam em diferentes contextos de educacionais; Guia do Calouro (de Letras) Perdido, que reúne oportunidades de bolsas, estágios e projetos da Universidade; e Sugestões Bibliográficas, que indica  bibliografias complementares ao conteúdo do blog. Ademais, “o blog foi uma aprendizagem pra mim — e também pros alunos — de como construir essa ferramenta com um fim educativo”, acrescenta a professora Rosane.

Fonte – noegenesis / Youtube.**

O Guia Prático para Professores de Primeira Viagem (GPPPV) foi criado e desenvolvido por Amanda Casemiro, Joana Dezewielewiski, Júlia Neves de Siqueira, Letícia Batista, Natália Andreatta, Sabrina Mafra e Vítor Pluceno Behnck. Você pode conhecer mais sobre os autores clicando aqui.

*Fotodescrição 1: Imagem de cinco dados, sendo que em cada dado há uma letra que forma a palavra  em inglês “Teach”. Eles estão sobre uma mesa de madeira, e ao fundo há uma parede azul clara. Em segundo plano, entre a parede e os dados, há duas pilhas de livros e cadernos.

**Fotodescrição 2: Vídeo do Youtube. No vídeo, que possui um fundo preto, há a imagem de uma chamada de vídeo de três pessoas. As duas de cima, respectivamente, são Vítor e Júlia. Vítor possui cabelos loiros escuros, pele branca, e usa uma camisa azul escura e um fone headset preto. Ao seu fundo há uma parede branca, com um relógio de ponteiros na direita e uma samambaia na esquerda. Ao lado direito de Vítor há a imagem de Júlia. Júlia possui cabelos pretos e a pele branca, e está usando um headset preto com detalhes em verde, uma blusa laranja e um colar de estrela. Ao fundo de sua imagem há uma parede branca e uma cama no canto inferior esquerdo. Na parte inferior dos vídeos de Júlia e Vítor há Luciana. Luciana possui cabelos encaracolados pretos e pele branca. Está usando brincos, fones de ouvido pretos e uma blusa branca. Atrás dela há uma cortina a sua direita, e um sofá a sua esquerda.

 

 

Tags: comunicaPET

Seleção de estudantes para os cursos de línguas – PET-Idiomas 2021.1

03/03/2021 11:52

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Quer aprender uma nova língua ou aperfeiçoar suas habilidades

comunicativas?

RESULTADO – CLIQUE AQUI!

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Então aproveite essa oportunidade: pocket cursos gratuitos de diferentes línguas!

As inscrições do PET-Idiomas estão abertas das 12h00 do dia 05 de março de 2021 às 12h00 do dia 11 de março de 2021.

1- As inscrições somente serão realizadas por meio do sistema de inscrições da UFSC no período indicado acima;

2- Cada candidato poderá se inscrever em SOMENTE UMA TURMA e cada turma terá o máximo de 15 alunos;

3- Os cursos são gratuitos e abertos a todos e todas;

4- Os cursos ocorrerão de forma remota online através da plataforma WebConf, em salas específicas do PET Letras, cujo link será disponibilizado para os alunos antes do início das aulas;

5- As vagas serão distribuídas por meio de sorteio e o aluno deverá verificar as listas das turmas que serão disponibilizados neste site no dia 12 de março a partir das 18h00;

6- Durante a primeira semana de aulas (ENTRE OS DIAS 15 E 19 DE MARÇO), será realizada uma segunda chamada, caso haja desistências (será considerada desistência a ausência à primeira aula, sem justificativa oficialmente registrada);

7- As aulas têm início previsto para a semana do dia 15 de março de 2021 e término na metade de maio de 2021, conforme o cronograma de cada turma;

8- A matrícula será realizada na primeira aula e o aluno deverá se comprometer a frequentar as aulas e concluir o curso, sob pena de não mais poder concorrer a vagas em atividades promovidas pelo PET-Letras;

9- A certificação será concedida mediante 75% de frequência aos encontros e aproveitamento satisfatório, avaliado pelo professor.


Abaixo você encontra a relação de turmas e horários.

Inglês (turma 1): Segundas 16:20 – 17:50 (vespertino), clique aqui para se inscrever

Inglês (turma 2): Quartas 10:10 – 11:40 (matutino)clique aqui para se inscrever

Inglês (turma 3): Quintas 13:30 – 15:00 (vespertino)clique aqui para se inscrever

 

Italiano (turma 1): Segunda 12:00 – 13:30 (vespertino), clique aqui para se inscrever

Italiano (turma 2): Quinta 18:30 – 20:00 (noturno), clique aqui para se inscrever

Italiano (turma 3): Sexta 08:20 – 09:50 (matutino), clique aqui para se inscrever

 

Alemão (turma 1): Segundas 18:30 – 20:00 (noturno)clique aqui para se inscrever

Alemão (turma 2): Quinta 08:20 – 09:50 (matutino)clique aqui para se inscrever

 

Libras (turma 1): Terça 10:30 – 12:00 (vespertino), clique aqui para se inscrever

Libras (turma 2): Quarta 14h20 – 15h50 (vespertino)clique aqui para se inscrever

 

Espanhol: Sexta 15:00 – 16:30 (vespertino), clique aqui para se inscrever

 

Português para Estrangeiros: Quarta 18:30 – 20:00 (noturno), clique aqui para se inscrever

 

A identificação de inscrições duplicadas em mais de uma turma implicará no cancelamento completo da inscrição.

ATENÇÃO: Neste semestre, excepcionalmente, só serão ofertadas turmas de NÍVEL 1.

Nível 1

Ao final do curso, espera-se que o participante seja capaz de:

  • compreender e utilizar algumas expressões do dia a dia, assim como frases simples relacionadas às necessidades imediatas, tais como fazer compras, entender e passar direções, dar informações pessoais simples etc.;
  • apresentar-se ou apresentar outras pessoas, abordando assuntos gerais, tais como idade, formação, local onde vive, quem conhece, o que lhe pertence, etc. e responder esse tipo de questões;
  • comunicar em situações correntes que apenas exijam trocas de informações simples e diretas sobre assuntos corriqueiros;
  • interagir de maneira simples com falantes da língua, se eles falarem pausadamente e com clareza.

Sobre a confiança e o trabalho em equipe

01/03/2021 18:20

Camila Vicentini Camargo,
Bolsista PET – Letras
Letras Italiano

 

“Cooperation is the thorough conviction that nobody can get there unless everybody gets there”
“Cooperação é a convicção absoluta de que ninguém pode chegar lá, a não ser que todos cheguem”
Virginia Burden

Em meio ao caos que pode ser a vida acadêmica, nós, com certeza, já nos pegamos dizendo frases como “eu me viro” ou “deixa que eu faço”. É raro pedir ajuda. E as coisas ficam ainda mais difíceis quando não se tem um espaço físico para conversas, desabafos, encontros e reuniões.

Num momento de dificuldade, podemos achar que estamos atrapalhando e que o outro já está muito bem resolvido nas suas questões, mas a troca e o apoio acontecem no pedido de licença, na pausa, na escuta — e pode ser que todos nós precisemos disso um pouquinho.

Algumas pessoas se reconhecem mais num estilo reservado de ser, preferem realizar as coisas sozinhas, fazê-las do seu jeito e no seu tempo. Outras já são mais abertas e gostam de estar em grupo.

Fonte: imagem da internet*

Na vida privada, é mais fácil escolher entre participar de algo coletivo ou não. No entanto, ao entrar no ambiente acadêmico ou profissional, nós precisamos estar juntos. Aqueles que gostam, devem se adaptar ao grupo e às suas demandas; afinal, cada equipe terá um método diferente de trabalhar e cada trabalho, um novo objetivo. Para os que não gostam, será necessário um pouco mais de esforço para que a adaptação ao grupo seja a melhor possível.

De todo modo, com um pouquinho de paciência e planejamento, as coisas tendem a dar certo. Eu nem preciso listar aqui o tanto de coisas que já foram realizadas no mundo com o trabalho em equipe, né? Então, por mais que pareça difícil, o resultado é muito gratificante.

Só que além de qualquer meta e planejamento, é de extrema importância reconhecer nossos limites, saber até onde podemos ou queremos ir e comunicar isso aos colegas, pois, se não o fazemos, todo o processo pode ser muito desgastante.

A relação com os colegas de trabalho deve ser, acima de tudo, respeitosa. Isso é o mínimo. Estamos lidando com pessoas, e pessoas não estão no mundo apenas para exercer tarefas, muito menos para servir aos outros. É claro que isso faz parte e que, às vezes, são necessárias cobranças, mas os espaços e os limites precisam ser respeitados, de preferência, com muito diálogo.

No fim das contas, nós precisamos confiar que, juntos, podemos fazer muito!

*Fotodescrição: Ilustração com fundo azul claro. Há cinco pessoas trabalhando juntas numa mesa coletiva. Da esquerda para a direita vemos um homem em pé segurando alguns papéis; duas mulheres sentadas de frente uma para a outra dando as mãos em comemoração; um homem sentado segurando alguns papéis e uma mulher que observa com os braços apoiados sobre a mesa. Todos sorriem voltados ao centro do grupo.

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