Chamada e edital para Preguiça: Revista (des)acadêmica do PET-Letras (3ª edição)

29/03/2021 14:46

Pensando em todo potencial criativo engavetado pela vida acadêmica, a Revista Preguiça propõe um lugar onde possam ser publicados pequenos textos literários de estudantes da UFSC. Textos para serem lidos nos momentos de preguiça, nos breves ócios diários, nos intervalos obrigatórios, nos espreguiçamentos do dia. Textos para serem produzidos com preguiça, breves, de modo que as delongas sejam nossas e não deles. Textos preguiçosos por natureza, pela simples ausência de compromisso.

Requisitos para o envio de textos:

  1. Podem submeter textos estudantes regularmente matriculados/as na UFSC.

1.1. Estudantes da graduação terão preferência na publicação;

1.2. A inscrição deverá ser realizada obrigatoriamente online, através do endereço de e-mail: revistapreguica@gmail.com

1.3. O assunto do e-mail deverá ser: Inscrição (gênero do texto) – Revista

Preguiça (nº da edição). Ex.: Inscrição conto – Revista Preguiça 3;

1.4. Deverá constar no e-mail o número da matrícula e o nome completo do autor;

1.5. Caso o autor não queira identificar-se na publicação de seu texto, poderá criar um pseudônimo ou deixar como anônimo;

1.6. Os textos deverão ser enviados em um arquivo “.docx”, com fonte tamanho pt.12, margem ‘normal’ e com no máximo duas (2) páginas.

  1. Os textos deverão ser originais.

2.1. Não serão aceitos textos que firam os direitos humanos;

2.2. Os textos serão avaliados pela equipe da revista e ocasionais pareceristas convidados;

2.3. Serão aceitos textos em formatos como: poesia, conto, crônica, ensaio literário, resenha e outros formatos afins;

2.4. Os principais critérios de avaliação dos textos serão consonância com a proposta da revista e criatividade.

  1. Poderão ser submetidas imagens, como desenhos, ilustrações e fotos, a fim de

serem usadas no projeto gráfico da Revista.

3.1. As imagens devem ser originais;

3.2. Em caso de fotos, a resolução mínima deverá ser 180dpi;

3.3. As imagens são suscetíveis de edição pelo corpo editorial da Revista.

  1. O prazo para submeter os textos será do dia 29/03/2021 até o dia 11/04/2021.
  1. A terceira edição da Revista Preguiça será lançada em junho de 2021, em meio digital.

Florianópolis, 29/03/2021

Equipe editorial da Revista Preguiça

REIKI: uma prática de cura

25/03/2021 13:35

Mayumi Motta Esmeraldino,
Bolsista PET Letras
Letras – Francês

Você já ouviu falar em Reiki? Sabe o que é?

O Reiki é uma prática de cura através da imposição de mãos que surgiu no séc. XIX no Japão, quando um japonês chamado Mikão Usui, que na época era um pastor cristão, buscou a origem do “dom de cura” de Jesus e de Buda. Após dez anos de estudos, Usui resolveu colocar em prática tudo o que havia adquirido de conhecimento e então passou 21 dias em jejum, em total estado meditativo, no monte Koriyama no Japão. Na última manhã de meditação, Usui disse ter visto milhares de feixes de luz coloridos vindo em sua direção, até que, ao se aproximarem, esses raios luminosos se tornaram o que hoje conhecemos como símbolos de ativação do Reiki.

Após descer do monte Koriyama, Usui percebeu que ao impor suas mãos sobre um ferimento ou um local de dor, tal ferimento cicatrizava e tal dor desaparecia. Ele compreendeu que essa fonte de cura estava nos cosmos, nos menores átomos e em toda a matéria que constitui o universo e que poderia ser canalizada por seu corpo e transmitida por suas mãos. Acreditando que essa energia de cura universal estaria disponível a todos nós, o mestre japonês começou a passar seus ensinamentos para restritos discípulos e assim, aos poucos, o Reiki foi se espalhando pelo mundo. Ao se difundir em diferentes lugares, o Reiki ganhou diferentes denominações, como Reiki Tradicional, Reiki Essencial, Reiki Xamânico e Reiki Tibetano. Todos eles partem do mesmo princípio, a canalização da energia de cura universal, porém, cada um percebe e entende essa energia de acordo com os ensinamentos tradicionais da cultura a qual pertence.

Fonte: imagem da internet

Hoje, o Reiki é reconhecido pelo Ministério da Saúde, faz parte das práticas integrativas complementares (PIC) oferecidas pelo SUS e cada vez mais encontramos estudos evidenciando os seus benefícios à saúde. A prática tem por objetivo curar os 7 corpos sensíveis (físico, etérico, astral, mental inferior, mental superior, emocional e espiritual) pois, a partir dos ensinamentos budistas, acredita-se que nenhuma doença advém apenas de um corpo ou de outro, mas, sim, da integração de todos eles. Ele pode ser utilizado em qualquer tratamento de qualquer doença, desde depressão até dores de cabeça e ferimentos, inclusive há relatos de melhoras no tratamento contra tumores malignos.

Para praticar Reiki é necessário passar por uma cerimônia de iniciação — que é muito parecida com uma meditação — com um mestre que já tenha transcorrido todos os níveis de Reiki. Em algumas escolas existem três níveis e em outras os níveis são subdivididos em quatro e até cinco. Além disso, em cada nível é necessário passar por 21 dias consecutivos de prática seguindo os cinco princípios tradicionais do Reiki:

1 Agradecer diariamente por suas várias bênçãos.

2 Não se preocupar.

3 Não se aborrecer.

4 Trabalhar honestamente.

5 Ser bondoso com o próximo e com todos os seres vivos.

Nesses 21 dias de prática, o aluno também passa por uma limpeza energética muito intensa; pois, ao ser canalizado, o reiki passa primeiro por todos os corpos sensíveis de quem está aplicando e depois é direcionado para quem recebe. Muitos alunos relatam mudanças intensas em suas vidas, como melhora em doenças do sistema nervoso, maior equilíbrio emocional e até indisposição para antigos hábitos nocivos como consumo de álcool e tabagismo.

Vale ressaltar que o Reiki também pode ser aplicado em animais, em plantas e não tem restrição de faixa etária, basta que o receptor esteja de acordo com a prática. Não se trata de uma prática de cura milagrosa, mas, sim, de um grande aliado no combate ao estresse, nos cuidados à saúde física e mental e na harmonização energética.

 .

E você, já experimentou essa prática?

 

Referência:
STEIN, Diane. Reiki Essencial, Manual Completo Sobre Uma Antiga Arte de Cura. Editora Pensamento, 16ª reimpressão, São Paulo. 2019.

* fotodescrição: imagem de fundo escuro com uma mão com a palma para cima, à direita, recebendo um feixe brilhante de luz vindo do alto, com vários pontos brilhantes. O feixe de luz toca a mão e a ultrapassa, combinando pequenos tons de rosa, laranja e amarelo.

Tags: comunicaPET

Sor Juana: memória e literatura

18/03/2021 10:42

Sarah de Carvalho Ortega,
Bolsista PET Letras
Letras – Espanhol

“Una poeta que reunió la excelencia, la abundancia y la diversidad”
Octavio Paz *

Em meados do século XVII, conhecido como o “Século de Ouro Espanhol”, na chamada “Nueva España”, nasceu em  San Miguel Neplanta, hoje no município Tepetlixpa (México), aproximadamente nos anos de 1648-1651, aquela que então seria a maior escritora barroca mexicana: Juana Inés de Asbaje y Ramírez de Santillana.

Filha ilegítima  de Pedro Manuel de Asbaje com Isabel Ramírez, viveu grande parte de sua infância em um sítio com seu avô e mãe, expressando desde tenra idade grande interesse e espantosa facilidade nos estudos. Em 1664, Juana conseguiu tornar-se dama de companhia na corte do Vice-rei, situada na capital da colônia. Destoante por seus amplos conhecimentos foi submetida a um exame feito por um total de 40 homens, que perguntavam-lhe uma série de questões acerca das mais variadas áreas do conhecimento: Teologia, Filosofia, Literatura…

Conseguiu responder às perguntas e ganhar uma notoriedade irregular no palácio, afinal não era de se esperar que uma dama de companhia teria tantos capitais culturais, muito menos, suceder passar em um teste tão complexo e intimidador.

(Printscreen da série Juana Inés)**

Não é de se espantar que Juana decidiu tornar-se freira, sendo mulher era impedida de ocupar espaços de poder ou dedicar-se às “atividades masculinas”, além disso, não provinha de uma família nobre, logo o respaldo financeiro lhe era inexistente. Muitas outras, com tais ambições, optaram por esse caminho para poderem dedicar-se ao mundo dos estudos. O convento, entre seus múltiplos significados, atuava, também, como lugar possível para a construção de saberes e fuga da vida matrimonial. Lá, tornou-se Sor Juana e  pôde empenhar-se na produção de grandes obras. Um de seus primeiros livros foi publicado na Espanha em 1689.

Sor Juana conquistou amizades de figuras prestigiadas como a vice-rainha, fato que facilitou suas publicações de variadas temáticas, consideradas um tanto polêmicas e não tão sacras para uma freira. Seus livros tiveram repercussão mundial e até hoje fomentam críticas e análises de múltiplos estudiosos, destaque ao escritor mexicano Octavio Paz em sua obra Sor Juana Inés de la Cruz ou As armadilhas da fé.

Por fim, caso seja do interesse da leitora ou leitor, recomendo abaixo alguns sites que dialogam com a existência e produções de Juana, além da recente série da Netflix, produzida em homenagem a esta ilustre precursora da escrita feminina latina.

Fonte: Imagem de internet

 

Referências:

1- MAGANA GCANTON, Isaac. Francisco Ramírez Santacruz. Sor Juana Inés de la Cruz. La resistencia del deseo. Madrid: Cátedra, 2019. Lit. mex,  México ,  v. 31, n. 1, p. 243-248,  jun.  2020 .   Disponible en <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0188-25462020000100243&lng=es&nrm=iso>. accedido en  04  marzo  2021.  Epub 17-Ago-2020.  https://doi.org/10.19130/iifl.litmex.31.1.2020.1198.

2-  ARACIL, BEATRIZ. WHEN OCTAVIO PAZ READ SOR JUANA: THE TRAPS OF FAITH AND ITS ANSWERS. Atenea (Concepc.),  Concepción ,  n. 513, p. 13-33,  July  2016 .   Available from <https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-04622016000100002&lng=en&nrm=iso>. access on  04  Mar.  2021.  http://dx.doi.org/10.4067/S0718-04622016000100002.

 

*Segundo Paz (1995 apud ARACIL, 2016, p.14)

**Foto DescriçãoPrintscreen da série da netflix “Juana Inés”, ao centro olhando para cima está Juana com uma grossa e grande coroa de flores em tons rosa, branco e amarelo. Por baixo dessa coroa, a personagem veste uma túnica e uma touca branca que contorna seu rosto e tapa todo seu busto deixando visível apenas sua face. Por cima há um véu de cor também branca, cobrindo-lhe a cabeça.

***Foto descriçãoUm retrato pintado de Sor Juan Ines de la Cruz, ao fundo há uma estante marrom escura com alguns grandes e grossos livros. Juana se posiciona a frente da estante, é de pele clara e tem as vestes de uma freira: seu cabelo é coberto por um véu preto, por baixo há uma touca branca que contorna sua face, veste também uma manta de largas mangas e por cima uma peça sem mangas preta. Ao redor de seu pescoço há um grande crucifixo que termina com uma cruz de cor castanho claro em seu ombro à direita da pintura. Em seu busto há um quadro oval de tons escuros, dentro dele uma pintura de uma mulher com manto azul ajoelhada e um homem com manto vermelho sentado num trono.

Tags: comunicaPET

Você conhece o Guia Prático para Professores de Primeira Viagem?

13/03/2021 11:03

Vítor Pluceno Behnck,
Bolsista PET-Letras
Letras – Inglês

Ei, você, estudante de Letras da UFSC que deseja ser professor: quer conhecer mais sobre o mundo do Ensino de Línguas e os cursos de Letras da UFSC? Então você precisa conhecer o Guia Prático para Professores de Primeira Viagem (GPPPV).

Fonte: Reprodução / Pixabay.*

O GPPPV – Guia Prático para Professores de Primeira Viagem foi um blog desenvolvido por estudantes de graduação do curso de Letras – Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina durante o semestre 2020.1 para a disciplina LLE8066 – Ensino de Língua em Diferentes Contextos de Aprendizagem, ministrada pela  Profa. Dra. Rosane Silveira, do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE) da UFSC.

A LLE8066 compõe o rol de disciplinas PCC – Prática como Componente Curricular. De acordo o Parecer CNE/CP 9/2001, p.23: “uma concepção de prática mais como componente curricular implica vê-la como uma dimensão do conhecimento, que tanto está presente nos cursos de formação nos momentos em que se trabalha na reflexão sobre a atividade profissional, como durante o estágio nos momentos em que se exercita a atividade profissional”.

A disciplina, que teve início em Março de 2020 — antes da pandemia da COVID-19 e da suspensão das aulas presenciais — incluía em seu planejamento visitas e atividades presenciais em escolas públicas de Florianópolis. Com a retomada do semestre em caráter remoto, veio também a necessidade de readaptação do plano de ensino: “com base em observações e visitas de campo, os alunos visitariam ambientes de ensino e depois compartilhariam isso em sala. Como não podíamos fazer nem as visitas e nem os encontros, o blog, dentre as tecnologias educacionais disponíveis, se apresentou como uma boa opção: além de ajudar a organizar os pensamentos e ideias, dava liberdade para cada grupo realizar o trabalho do seu jeito”, afirma a profesora Rosane.

O blog é dividido em 4 seções: Ensino de Língua Estrangeira (LE) no Brasil, que traz um breve relato histórico do ensino de LE no país; Entrevistas, que que apresenta relatos de experiência de 5 professores de Língua Inglesa que atuam em diferentes contextos de educacionais; Guia do Calouro (de Letras) Perdido, que reúne oportunidades de bolsas, estágios e projetos da Universidade; e Sugestões Bibliográficas, que indica  bibliografias complementares ao conteúdo do blog. Ademais, “o blog foi uma aprendizagem pra mim — e também pros alunos — de como construir essa ferramenta com um fim educativo”, acrescenta a professora Rosane.

Fonte – noegenesis / Youtube.**

O Guia Prático para Professores de Primeira Viagem (GPPPV) foi criado e desenvolvido por Amanda Casemiro, Joana Dezewielewiski, Júlia Neves de Siqueira, Letícia Batista, Natália Andreatta, Sabrina Mafra e Vítor Pluceno Behnck. Você pode conhecer mais sobre os autores clicando aqui.

*Fotodescrição 1: Imagem de cinco dados, sendo que em cada dado há uma letra que forma a palavra  em inglês “Teach”. Eles estão sobre uma mesa de madeira, e ao fundo há uma parede azul clara. Em segundo plano, entre a parede e os dados, há duas pilhas de livros e cadernos.

**Fotodescrição 2: Vídeo do Youtube. No vídeo, que possui um fundo preto, há a imagem de uma chamada de vídeo de três pessoas. As duas de cima, respectivamente, são Vítor e Júlia. Vítor possui cabelos loiros escuros, pele branca, e usa uma camisa azul escura e um fone headset preto. Ao seu fundo há uma parede branca, com um relógio de ponteiros na direita e uma samambaia na esquerda. Ao lado direito de Vítor há a imagem de Júlia. Júlia possui cabelos pretos e a pele branca, e está usando um headset preto com detalhes em verde, uma blusa laranja e um colar de estrela. Ao fundo de sua imagem há uma parede branca e uma cama no canto inferior esquerdo. Na parte inferior dos vídeos de Júlia e Vítor há Luciana. Luciana possui cabelos encaracolados pretos e pele branca. Está usando brincos, fones de ouvido pretos e uma blusa branca. Atrás dela há uma cortina a sua direita, e um sofá a sua esquerda.

 

 

Tags: comunicaPET

Seleção de estudantes para os cursos de línguas – PET-Idiomas 2021.1

03/03/2021 11:52

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Quer aprender uma nova língua ou aperfeiçoar suas habilidades

comunicativas?

RESULTADO – CLIQUE AQUI!

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Então aproveite essa oportunidade: pocket cursos gratuitos de diferentes línguas!

As inscrições do PET-Idiomas estão abertas das 12h00 do dia 05 de março de 2021 às 12h00 do dia 11 de março de 2021.

1- As inscrições somente serão realizadas por meio do sistema de inscrições da UFSC no período indicado acima;

2- Cada candidato poderá se inscrever em SOMENTE UMA TURMA e cada turma terá o máximo de 15 alunos;

3- Os cursos são gratuitos e abertos a todos e todas;

4- Os cursos ocorrerão de forma remota online através da plataforma WebConf, em salas específicas do PET Letras, cujo link será disponibilizado para os alunos antes do início das aulas;

5- As vagas serão distribuídas por meio de sorteio e o aluno deverá verificar as listas das turmas que serão disponibilizados neste site no dia 12 de março a partir das 18h00;

6- Durante a primeira semana de aulas (ENTRE OS DIAS 15 E 19 DE MARÇO), será realizada uma segunda chamada, caso haja desistências (será considerada desistência a ausência à primeira aula, sem justificativa oficialmente registrada);

7- As aulas têm início previsto para a semana do dia 15 de março de 2021 e término na metade de maio de 2021, conforme o cronograma de cada turma;

8- A matrícula será realizada na primeira aula e o aluno deverá se comprometer a frequentar as aulas e concluir o curso, sob pena de não mais poder concorrer a vagas em atividades promovidas pelo PET-Letras;

9- A certificação será concedida mediante 75% de frequência aos encontros e aproveitamento satisfatório, avaliado pelo professor.


Abaixo você encontra a relação de turmas e horários.

Inglês (turma 1): Segundas 16:20 – 17:50 (vespertino), clique aqui para se inscrever

Inglês (turma 2): Quartas 10:10 – 11:40 (matutino)clique aqui para se inscrever

Inglês (turma 3): Quintas 13:30 – 15:00 (vespertino)clique aqui para se inscrever

 

Italiano (turma 1): Segunda 12:00 – 13:30 (vespertino), clique aqui para se inscrever

Italiano (turma 2): Quinta 18:30 – 20:00 (noturno), clique aqui para se inscrever

Italiano (turma 3): Sexta 08:20 – 09:50 (matutino), clique aqui para se inscrever

 

Alemão (turma 1): Segundas 18:30 – 20:00 (noturno)clique aqui para se inscrever

Alemão (turma 2): Quinta 08:20 – 09:50 (matutino)clique aqui para se inscrever

 

Libras (turma 1): Terça 10:30 – 12:00 (vespertino), clique aqui para se inscrever

Libras (turma 2): Quarta 14h20 – 15h50 (vespertino)clique aqui para se inscrever

 

Espanhol: Sexta 15:00 – 16:30 (vespertino), clique aqui para se inscrever

 

Português para Estrangeiros: Quarta 18:30 – 20:00 (noturno), clique aqui para se inscrever

 

A identificação de inscrições duplicadas em mais de uma turma implicará no cancelamento completo da inscrição.

ATENÇÃO: Neste semestre, excepcionalmente, só serão ofertadas turmas de NÍVEL 1.

Nível 1

Ao final do curso, espera-se que o participante seja capaz de:

  • compreender e utilizar algumas expressões do dia a dia, assim como frases simples relacionadas às necessidades imediatas, tais como fazer compras, entender e passar direções, dar informações pessoais simples etc.;
  • apresentar-se ou apresentar outras pessoas, abordando assuntos gerais, tais como idade, formação, local onde vive, quem conhece, o que lhe pertence, etc. e responder esse tipo de questões;
  • comunicar em situações correntes que apenas exijam trocas de informações simples e diretas sobre assuntos corriqueiros;
  • interagir de maneira simples com falantes da língua, se eles falarem pausadamente e com clareza.

Sobre a confiança e o trabalho em equipe

01/03/2021 18:20

Camila Vicentini Camargo,
Bolsista PET – Letras
Letras Italiano

 

“Cooperation is the thorough conviction that nobody can get there unless everybody gets there”
“Cooperação é a convicção absoluta de que ninguém pode chegar lá, a não ser que todos cheguem”
Virginia Burden

Em meio ao caos que pode ser a vida acadêmica, nós, com certeza, já nos pegamos dizendo frases como “eu me viro” ou “deixa que eu faço”. É raro pedir ajuda. E as coisas ficam ainda mais difíceis quando não se tem um espaço físico para conversas, desabafos, encontros e reuniões.

Num momento de dificuldade, podemos achar que estamos atrapalhando e que o outro já está muito bem resolvido nas suas questões, mas a troca e o apoio acontecem no pedido de licença, na pausa, na escuta — e pode ser que todos nós precisemos disso um pouquinho.

Algumas pessoas se reconhecem mais num estilo reservado de ser, preferem realizar as coisas sozinhas, fazê-las do seu jeito e no seu tempo. Outras já são mais abertas e gostam de estar em grupo.

Fonte: imagem da internet*

Na vida privada, é mais fácil escolher entre participar de algo coletivo ou não. No entanto, ao entrar no ambiente acadêmico ou profissional, nós precisamos estar juntos. Aqueles que gostam, devem se adaptar ao grupo e às suas demandas; afinal, cada equipe terá um método diferente de trabalhar e cada trabalho, um novo objetivo. Para os que não gostam, será necessário um pouco mais de esforço para que a adaptação ao grupo seja a melhor possível.

De todo modo, com um pouquinho de paciência e planejamento, as coisas tendem a dar certo. Eu nem preciso listar aqui o tanto de coisas que já foram realizadas no mundo com o trabalho em equipe, né? Então, por mais que pareça difícil, o resultado é muito gratificante.

Só que além de qualquer meta e planejamento, é de extrema importância reconhecer nossos limites, saber até onde podemos ou queremos ir e comunicar isso aos colegas, pois, se não o fazemos, todo o processo pode ser muito desgastante.

A relação com os colegas de trabalho deve ser, acima de tudo, respeitosa. Isso é o mínimo. Estamos lidando com pessoas, e pessoas não estão no mundo apenas para exercer tarefas, muito menos para servir aos outros. É claro que isso faz parte e que, às vezes, são necessárias cobranças, mas os espaços e os limites precisam ser respeitados, de preferência, com muito diálogo.

No fim das contas, nós precisamos confiar que, juntos, podemos fazer muito!

*Fotodescrição: Ilustração com fundo azul claro. Há cinco pessoas trabalhando juntas numa mesa coletiva. Da esquerda para a direita vemos um homem em pé segurando alguns papéis; duas mulheres sentadas de frente uma para a outra dando as mãos em comemoração; um homem sentado segurando alguns papéis e uma mulher que observa com os braços apoiados sobre a mesa. Todos sorriem voltados ao centro do grupo.

Tags: comunicaPET

¿Cómo meditar sin ser Hippie?

22/02/2021 19:42

Andrés Leonardo Salas Garcés,
Bolsista PET – Letras
Letras Libras

Existe un parásito en nuestra mente que si no llegas a tratarla podrá incluso matarte. No hay cura para esto, solo tratamientos para controlarla, químicos que se inyectan directamente en tu cerebro que evitaran que se expanda. Pero de igual forma te cepillas los dientes ¿no es así? Un simple acto de higiene corporal que mejorará tu calidad de vida. Sabrás que tus dientes son muy importantes, pero no como tu mente. Este es el filtro por el cuál percibimos nuestra realidad, cuídala y cuidará de ti, descuídala y podrá destruirte. Para una mente en calma, hasta el cuarto más oscuro tiene un cielo azul, para una mente en caos hasta el cuarto con un cielo azul puede invocar demonios, ¿cuántos problemas ocurren únicamente en el interior de tu mente? ¿cuántas cosas te aterran y nunca ocurrirán? ¿cuántos momentos de días hermosos los pierdes por atender a los oscuros contenidos de tu mente? Como una vez dijo el Buda: “¿Quién es tu enemigo? La mente es tu enemigo. Nadie puede lastimarte más que tu propia mente.” Pero también dijo: “¿Quién es tu amigo? La mente es tu amigo. Nadie puede ayudarte más que tu propia mente entrenada.”

Uno de los problemas que tiene la mente es que nunca puede quedarse quieta, si prestamos atención a nuestros pensamientos podemos darnos cuenta de que pasamos la mayoría del tiempo pensando en el futuro sobre cosas que queremos, situaciones hipotéticas, ilusiones. También en el pasado, qué pasaría si mejor hubiese hecho esto y no aquello, recordado, arrepintiéndote, remordimientos, momentos felices, etc. Pero casi nunca pasamos tiempo aquí, el presente, donde tu vida real está ocurriendo.

Entonces, la mente puede ser tu mejor amiga, pero habita en una realidad falsa fabricada de lenguaje, con tu atención rota y dispersa por un ecosistema digital cada vez más hostil para el libre albedrío ¿Qué podemos hacer entonces? La respuesta es muy simple, nada. No hay que hacer nada todos los días durante 15 minutos, o podemos empezar por 10 minutos. Todos los días nos vamos a sentar y vamos a hacer nada, no pensar, no sentir, simplemente prestarle atención a la experiencia consciente.

Fonte: Imagen de Internet*

¿Qué es meditar?

La meditación no es fácil, ni tampoco relajante como lo muestran en las imágenes de Google, en tu mente, lugar de miedos y esperanzas, está lleno de pensamientos que preferirías no mirar, muchos arrepentimientos, muchas inseguridades, temores por el futuro, odios profundos y opiniones negativas de gente cercana… no es fácil ponerle atención a tu mente y mucho menos relajante. Pero nada que sea fácil vale la pena.

Meditar trae muchos beneficios, pero no mencionaré en este apartado, ya podrás buscarlos por tu cuenta después, porque meditar no es un medio para alcanzar un fin, puede que sean buenas las consecuencias, pero la verdadera consecuencia es la meditación misma. Porque si lo haces buscando un beneficio y en media hora no te sientes como un dios, te sentirás decepcionado y dejarás de intentarlo.

Comencemos

–        Escoge un lado de tu casa donde puedas estar cómodo.

–        Escoge una hora donde no tengas nada que hacer.

–        Coloca un temporizador para que no pienses en el tiempo.

–        Siéntate con la espalda recta sin tocar el espaldar de la silla (apenas lo suficientemente incómodo para que logres prestar atención)

–        Cierra los ojos, también podrás hacerlo con los ojos abiertos, pero sin un panorama que te distraiga

–        Escanea tu cuerpo durante unos 30 segundos, de la cabeza a los pies.

–        Escucha los sonidos a tu alrededor como si escucharas música, con atención y curiosidad.

–        Y cuando te sientas listo, ponle atención a tu respiración, siente por donde pasa el aire, no tienes que respirar de una forma diferente ni nada, solo presta atención. La respiración será tu ancla al presente porque siempre está ahí.

–        Evita pensamientos futuros o pasados, si estos llegan acéptalos y déjalos ir, y regresa a la respiración.

–        Uno de los trucos para ayudar a callar tu mente es darle una tarea, y lo que puedes hacer es contar tus respiraciones. Cuenta hasta 10 y comienza de nuevo.

–        Y listo.

No hay nada que lograr, nada que obtener, solo prestar atención.

Referencias:

http://migala.mx/

 

* Descripción de la imagen: una gota cayendo en el agua con pequeñas ondas, fondo anaranjado como un atardecer

Tags: comunicaPET

comunicaPET: “saberes compartilhados durante a pandemia”

17/12/2020 14:47

Você sabia que o Programa de Educação Tutorial dos Cursos de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina é um espaço pedagógico privilegiado no âmbito universitário? Ao reunir estudantes dos diferentes cursos de Letras (Português, Espanhol, Alemão, Inglês, Francês, Italiano e Libras), o PET-Letras proporciona aos seus integrantes, assim como à comunidade acadêmica, experiências e discussões diversas, estimulando a abordagem e a exploração dos mais variados temas que perpassam à formação dos estudantes de Letras.

Durante o ano de 2020 — tão marcado pela pandemia e, por sua vez, pelas atividades remotas — o Programa decidiu por em prática a integração de seus projetos estruturantes (PET-Mídias, PET-Grupos, PET-Eventos, PET-Gestão e PET-Idiomas) por meio de uma ação específica denominada: comunicaPET. O objetivo dessa ação de extensão é compartilhar conhecimentos gerais e experiências com a comunidade, interna e externa à UFSC, por meio da publicação de breves reflexões sobre os mais variados assuntos. Além disso, o comunicaPET estimula o processo de produção textual e de criatividade dos petianos e petianas, levando ao aperfeiçoamento e ampliação de sua formação em Letras.

Fonte: produzido pelo grupo*

A primeira publicação do comunicaPET foi no dia oito de maio de 2020, inaugurando um novo projeto em meio à pandemia do coronavírus. Cada publicação passa por um processo de concepção, redação, revisão e aperfeiçoamento antes de ser compartilhada com o público. Toda a equipe está envolvida com essas produções que também estão disponíveis em áudio no Spotify, sendo, portanto, mais acessíveis aos nossos diferentes públicos. Todas as imagens utilizadas nas matérias do comunicaPET também contam com a disponibilização de sua descrição textual, demarcando o compromisso do PET-Letras com o respeito às diferenças. Assim que publicadas em nosso site, as matérias são divulgadas em nossas redes sociais: Instagram e Facebook. Hoje, o comunicaPET já soma mais de cinquenta publicações que você pode acessar clicando nos títulos a seguir:

 

comunicaPET 53 “Sabotagem sem massagem, na mensagem: Slam, resistência!”

comunicaPET 52 Você já ouviu falar no Instituto Península?

comunicaPET 51 Comunicação não violenta: uma forma empática de se relacionar

comunicaPET 50 Filmes como Resposta aos Dilemas Linguísticos do Castelhano

comunicaPET 49 A cidade onde não estamos: representatividade de pessoas com deficiência

comunicaPET 48 Ócio: vida de preguiça ou de descanso?

comunicaPET 47 “Os problemas nas aulas on-line e propostas de solução”: assinado, uma professora.

comunicaPET 46 Você conhece o alfabeto IPA?

comunicaPET 45 Banho de sol: ao amanhecer ou após o almoço?

comunicaPET 44 Língua e memória: ‘eine Hommage an meinen Vater’

comunicaPET 43 Pandemia ameaça ainda mais as línguas indígenas

comunicaPET 42 Veganismo e Vegetarianismo: o que é? O que come? Mas nem peixe?

comunicaPET 41 Você já ouviu falar sobre Sadhguru? Se não, chegou a hora!

comunicaPET 40 La memoria y algunos principios para aprender

comunicaPET 39 Quais são as suas referências lésbicas?

comunicaPET 38 “Inspiration porn” e o que você tem a ver com isso

comunicaPET 37 Mulheres negras para se aplaudir!

comunicaPET 36 Audre Lorde e a importância da identidade

comunicaPET 35 Gratidão aos Amigos de Quatro Patas

comunicaPET 34 Talvez começar a meditar seja realmente o que você precisa

comunicaPET 33 Eu espero que você esteja bem

comunicaPET 32 Podcast: o que é, para que serve e como ouvir?

comunicaPET 31 Ajude as comunidades indígenas a sobreviverem à pandemia!

comunicaPET 30 Você conhece ou já consultou algum glossário em Libras?

comunicaPET 29 ¿Depresión y ansiedad? ¿Qué es ser feliz?

comunicaPET 28 Já se Perguntou Sobre a Sua Existência?

comunicaPET 27 As artes marciais e a formação do humano: uma aproximação

comunicaPET 26 “The first pride was a riot”: em tribute a Stonewall e ao mês do orgulho LGBT

comunicaPET 25 Você conhece as motivações, os significados e as consequências do que fala?

comunicaPET 24 Pranayamas: O que são? Para que servem?

comunicaPET 23 Dedico este texto aos não tão amantes da literatura

comunicaPET 22 Que tal um livro antirracista para esta quarentena?

comunicaPET 21 Quem tem medo do racismo?

comunicaPET 20 A poesia italiana de Antonia Pozzi: uma dica de leitura

comunicaPET 19 A vida e a obra de Oscar Wilde: quem ele foi e quem ele representa hoje?

comunicaPET 18 Como você anda cultivando sua finitude?

comunicaPET 17 Sobre salvar vidas e alimentar almas

comunicaPET 16 O fenômeno atual do “fascismo” e seus elementos em algumas palavras soltas

comunicaPET 15 Tradução, legendagem e promoção da acessibilidade

comunicaPET 14 As tecnologias, o ensino a distância e seus desafios

comunicaPET 13 A História Secreta (1992) e O que te pertence (2016): leituras recomendadas

comunicaPET 12 As vantagens do Yoga para a vida cotidiana

comunicaPET 11 Memória virtual conta histórias de vítimas da Covid-19 no Brasil

comunicaPET 10 Um canto pela Latino-América: música e resistência

comunicaPET 09 Imagens em forma de texto: você sabe o porquê da descrição?

comunicaPET 08 O PET-Letras apoia o adiamento do ENEM 2020

comunicaPET 07 Você conhece Grace Nichols e sua obra?

comunicaPET 06 HQs para desfrutar durante e após a quarentena

comunicaPET 05 Poesia na contemporaneidade e a possibilidade de interação autor-leitor

comunicaPET 04 O xadrez como suporte ao desenvolvimento e ao conhecimento de si e do outro

comunicaPET 03 O lugar-comum nos cursos de italiano: o que se sabe do outro?

comunicaPET 02 How to study English during the quarantine? Dicas para estudar Inglês em casa.

comunicaPET 01 Você sabia que a Libras faz parte do dia a dia do PET-Letras?

 

*Descrição: colagens das imagens de divulgação dos cinquenta primeiros comunicaPET, lado a lado, formando um mosaico de imagens. Ao centro de modo sobreposto está a logo do PET-Letras em preto.

OBSERVAÇÃO: todas as imagens usadas acima estão textualmente descritas nas postagens do Instagram.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tags: comunicaPET

“Sabotagem sem massagem, na mensagem: Slam, resistência!”

17/12/2020 14:28

Felipe Mateus dos Santos,
Bolsista PET – Letras
Letras Português

O título deste texto faz menção ao grito ecoado pelo apresentador e pelo público de um dos Slams mais famosos de São Paulo — o “Slam Resistência” — e mostra um pouco do caráter e do conteúdo das produções artísticas apresentadas ali. Essas competições, também consideradas por muitos como um “esporte da poesia falada”, trazem em sua essência a voz de identidade e resistência dos poetas contemporâneos e reivindicam cultura jovem, popular e periférica.

Esse movimento artístico surgiu na década de 1980 em Chicago, nos Estados Unidos, e, de acordo com um documentário chamado: Slam: Voz de Levante, Marc Kelly Smith foi o primeiro organizador desse evento que reúne diversos artistas. Segundo ele, o Slam utilizou a lógica da competição — como acontece nas batalhas de rima da cultura Hip Hop —  como forma de chamar atenção para o texto e a performance dos artistas.

O Slam é semelhante a um sarau, porém com algumas regras simples de organização e funcionamento:

– poesias de autoria própria, decoradas ou não, de até três minutos;
– proibido a utilização de figurinos, cenários ou instrumento musical;
– escolha aleatória de cinco jurados na plateia, responsáveis por dar notas de zero a dez;
– ganha a competição aquele ou aquela que tiver a maior nota.

Em cada competição, nas apresentações de Slam, o poeta é performático e só conta com o recurso de sua voz e de seu corpo. Os campeonatos com o foco nas poesias seguem etapas ao longo do ano. Portanto, de fevereiro a novembro, temos três rodadas e o vencedor, escolhido pelos cinco jurados da plateia, o qual recebe como prêmio livros e participa do Campeonato Brasileiro de Slam (Slam Br). Nesta etapa, o vencedor ganha a oportunidade de competir na Copa do Mundo de Slam, a qual é realizada todo ano na França no mês de dezembro.

Aqui no Brasil, os Slams foram introduzidos no ano 2008 por Roberta Estrela D’Alva, uma das slammers (poetisa) brasileiras mais conhecida pela mídia e que conquistou o terceiro lugar na Copa do Mundo de Poesia Slam 2011, em Paris. Ela proporcionou que os Slams brasileiros começassem através do ZAP! Slam (Zona Autônoma da Palavra) na cidade de São Paulo, dando assim, espaço para outros movimentos do gênero em  diversos outros lugares do país, como é o caso do Slam da Guilhermina, do Slam Paz em Guerra, do Slam do Caruaru, e dentre muitos outros campeonatos de Slams espalhados pelo país. Atualmente, apenas no estado de São Paulo, são registrados por volta de 50 eventos Slams. O movimento difundiu-se de maneira muito ampla pelo Brasil e, na estimativa geral realizada em 2018, cerca de 150 comunidades de Slam foram registradas no país todo, tendo pelo menos um evento Slam acontecendo em cada estado brasileiro, de acordo com um artigo escrito por  Igor Gomes Xavier para o Programa Profs Educação.

Fonte: Facebook/Slam Resistência, 2017*

Importante ressaltar, também, que a disseminação dessa competição poética foi e é tão grande, que hoje é possível perceber seu impacto no ambiente escolar. Algumas escolas do Estado de São Paulo fazem seu próprio Slam e levam seus vencedores às etapas seguintes, até que os finalistas participem do Slam Interescolar: Das ruas para as escolas, das escolas para as ruas. Essa modalidade do Slam é organizada, desde 2014, pelo coletivo Slam da Guilhermina — o maior Slam da Zona Leste de São Paulo. E não é exagero dizer que a presença do Slam nas escolas talvez seja um dos maiores incentivos que os alunos recebem para se tornarem leitores ativos, escritores, e cidadãos críticos e politizados.

Outro Slam que muito chama atenção, porém, infelizmente, ainda é pouco conhecido, é o Slam do Corpo, que tem como lema “novo jeito de falar, novo jeito de ouvir. O Slam do Corpo é o primeiro Slam de surdos e ouvintes em nosso país, os poemas são performados na Língua Brasileira de Sinais e em português simultaneamente, criando assim, um encontro muito produtivo para as duas línguas e culturas. De acordo com o evento, os poetas se apresentam seguindo as seguintes regras:

– os poemas devem ser autorais
– não podem passar de 3 minutos de duração
– não podem ter apoio de qualquer objeto de cena
– os jurados são escolhidos na hora e eleitos pelo próprio público.

Além do Slam do Corpo, outros eventos também são protagonizados por e para um público específico, como é o caso do Slam das Minas (apenas mulheres podem batalhar), do Slam Marginália (apenas travestis, pessoas trans e gênero-dissidentes podem batalhar), do Slam des Surdes (apenas pessoas surdas batalham, não havendo intérprete), mostrando assim a importância desses espaços e contextos culturais para exercício da cidadania estabelecidos através da palavra e do corpo.

Os Slams são espaços de poesia e resistência, empoderamento e impulsionamento pessoal, de superação de barreiras, além de ser um espaço político e social, levantando bandeiras de causas negras, indígenas, LGBTQIA+, feministas, de pessoas com deficiência, anticapitalista, ambiental, dentre outras causas tão importantes e vivenciadas dia após dia em nossa sociedade. É um espaço para encontrar seus pares, para entender a sua própria vivência e também a vivência do outro. E, acima de tudo, a existência do Slam por si só é um belo poema.

 

*Fotodescrição: Foto de uma mulher negra de cabelos presos no estilo dread, com um braço esticado ao lado e a outra mão apoiada no peito. Ela está de perfil, com a cabeça levemente inclinada para cima, tem os olhos fechados e a boca aberta, em posição de fala. Ela usa uma blusa roxa de alças finas e um colar no pescoço. Ao fundo vê-se pessoas sentadas lado a lado no chão e sobre uma estrutura construída no local.

 

 

Tags: comunicaPET

Você já ouviu falar no Instituto Península?

09/12/2020 15:43

Andréia Gomes Araújo,
Bolsista PET-Letras
Letras – Português

Pensando nos profissionais da educação, o Instituto Península fez uma pesquisa muito interessante intitulada: “Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil” com o objetivo de compreender o desfecho desse novo cenário para o professores. A pesquisa vai muito além de querer saber as dificuldades do professor com relação ao uso/ manuseio das plataformas, pois busca compreender, também, a percepção que os professores têm desse momento sem precedentes, bem como conhecer as suas reflexões sobre a prática docente a partir da nova vivência pela qual passa a educação.

A pesquisa já alcançou mais de 7 mil professores das redes municipais, estaduais e particulares, desde o ensino infantil ao médio, de todas as regiões do país, por questionários e/ ou entrevistas diretas. No estágio inicial (até duas semanas após a suspensão das aulas), as pesquisas apontaram que 7 em cada 10 professores mudaram muito a rotina ou toda ela, 60% aproveitaram para se aprimorar — fazer cursos e especialização — e apenas ⅓  deles disseram que a escola priorizou o suporte a distância aos alunos. Disto, infere-se que o descaso em relação à educação se acentuou ainda mais nessa crise. Uma das maiores preocupações dos profissionais estava na saúde dos seus familiares e na disseminação de informações de combate ao vírus. Professores que atuam na rede privada se mostraram mais preparados para o ensino remoto em comparação aos professores da escola pública, tanto que, enquanto instituições federais, estaduais e municipais começavam a paralisar as aulas presenciais, as particulares se preparavam para continuar o ensino de forma remota.

No estágio intermediário — entre 2 a 6 semanas após as suspensão das aulas presenciais —, segunda fase da pesquisa, os pesquisadores procuraram saber como os professores estavam se sentido na maior parte do tempo, veja abaixo o resultado:

Imagem 01: Escalas de emoções desenvolvida por Marc Bracket, Ph.D, do Yale Center for Emotional Intelligence*
Fonte: “Pesquisa de Sentimentos e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágio do coronavírus no Brasil” Instituto Península, 2020.

Como podemos perceber, na escala de emoções em relação ao como os professores se sentiam ou se sentem, a maior parte deles ficaram, respectivamente, ansiosos, estressados, sobrecarregados e frustrados. E, segundo eles, o que explica todos esses sentimentos é:  a falta de experiência com ensino remoto; a falta de suporte psicológico e de treinamento; e a infraestrutura de trabalho limitada. Veja, antes da suspensão das aulas, 88% dos professores nunca tinha dado aula de forma remota, por isso 83,4% se sentiram nada ou pouco preparados.

Imagem 02: Sentimento em relação ao ensino remoto**
Fonte: “Pesquisa de Sentimentos e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágio do coronavírus no Brasil” Instituto Península, 2020.

Tudo isso mostra como ainda estamos andando na contramão da tecnologia e como as pessoas que nos governam não correspondem às expectativas de desenvolvimento social e tecnológico no que diz respeito a uma educação de qualidade e globalizada.

 

*descrição: Quadro com resultados de uma pesquisa: O quadro tem o fundo branco, no topo uma das perguntas da pesquisa “Como os professores têm se sentido?”, logo abaixo da pergunta a informação, Etapa: todas as etapas, Rede: todas as redes. No fundo branco temos sobrepostos quatro quadrados unidos (do lado direito, pensado que você está de frente para tela), com as cores de cima para baixo da esquerda para direita: vermelho com a seguinte informação:  ansiosos 67%, estressados 34%, sobrecarregados 35%, frustrados 27%. azul com a seguinte informação: entediados 36%, cansados 38%, solitários 19%, depressivos 17%. amarelo com a seguinte informação: alegres 9%, felizes 8%, entusiasmados 6%. verde com a seguinte informação: calmos 23%, satisfeitos 7%, realizados 3% do lado esquerdo tenho as mesmas informações, nele está escrito de cima para baixo “nas últimas semanas principalmente: ansiosos 67%, entediados 36%, cansados 38%, estressados 34%, sobrecarregados 35%, frustrados 25%. Na parte inferior no canto a logo do Instituto península que carrega o próprio nome.

**descrição: Quadro com resultados de uma pesquisa: O quadro tem o fundo branco, no topo uma das perguntas da pesquisa “como se sentem em relação ao ensino remoto?” logo abaixo da pergunta a informação, Etapa: todas as etapas, Rede: todas as redes. No fundo branco temos do lado esquerdo um quadro cinza com a seguinte informação: Antes da paralisação das aulas presenciais, 88% dos professores nunca tinha dado aula à distância de forma remota. Do lado direito um gráfico, uma coluna na cor cinza indica que 27,3% sentem-se nada preparado, coluna na cor azul claro indica  que 56,1% dos professores sentem-se pouco preparado, coluna azul petróleo indica que 13,0% sentem-se muito preparado e a coluna na cor preta indica que 3,6% sentem-se totalmente preparados. Um quadro abaixo tem a seguinte informação: Dessa forma, a grande maioria dos professores (83,4%) se sente nada ou pouco preparados para ensinar de forma remota Na parte inferior no canto a logo do Instituto península que carrega o próprio nome.

Tags: comunicaPET