Programa de Educação Tutorial dos Cursos de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina
  • Hostels: espaço de intercâmbio linguístico e cultural acessíveis

    Publicado em 20/03/2025 às 08:19

    Por Paula Scalvin da Costa

    Bolsista PET Letras

    Letras-Inglês

    Viajar consegue ser comumente associado à descoberta de novos lugares, culturas e formas de ver o mundo. A prática de viajar, ao longo do tempo, foi se distanciando do simples turismo e transformando-se em uma experiência mais profunda de aprendizado, crescimento pessoal e expansão de horizontes. Para muitos, a viagem tornou-se uma oportunidade de imersão total, em que o contato direto com diferentes culturas e idiomas se traduz em experiências enriquecedoras. Nesse contexto, os hostels surgem como espaços privilegiados para vivências culturais e linguísticas, oferecendo não apenas hospedagem acessível, mas também um ambiente dinâmico e multicultural, onde as interações entre viajantes de diferentes origens promovem um verdadeiro intercâmbio linguístico e cultural.

    Diferentemente dos hotéis convencionais, que geralmente priorizam a privacidade e os serviços personalizados, os hostels incentivam a socialização e o contato entre os hóspedes. Isso ocorre principalmente pela estrutura do local, com dormitórios compartilhados, áreas comuns e atividades coletivas, que favorecem o encontro de pessoas de diversas partes do mundo. Esse ambiente propício à interação faz dos hostels um terreno fértil para a prática de idiomas, já que os viajantes se veem imersos em situações reais de comunicação, onde precisam utilizar diversas línguas para se fazer entender.

    O aprendizado de uma língua estrangeira depende não só da teoria, mas também da prática constante em contextos autênticos. Nos hostels, essa prática ocorre de forma espontânea e natural, seja durante um café da manhã compartilhado, em passeios em grupo ou até mesmo na troca de receitas culinárias na cozinha comum. Nesse cenário, o viajante é desafiado a se comunicar em uma língua que talvez ainda não domine completamente, forçando-o a ouvir, falar e se expressar de maneira prática. Muitos relatam que a experiência de convivência diária nesses espaços é uma das formas mais eficazes de aprendizagem linguística, comparável a um intercâmbio formal.

    Além do intercâmbio linguístico, os hostels desempenham um papel vital na promoção da troca cultural entre seus hóspedes. Ao reunir pessoas de diferentes países, os hostels oferecem uma oportunidade única para os viajantes se conectarem com costumes, tradições e pontos de vista diversos. Cada conversa, cada interação, carrega consigo uma experiência cultural única, revelando desde pequenas nuances do cotidiano, como os diferentes modos de cumprimento, hábitos alimentares ou gestos de hospitalidade, até discussões mais profundas sobre valores e tradições que formam a base da identidade de cada um.

    Em um hostel, a diversidade cultural é vivenciada em sua forma mais autêntica e acessível. As amizades que surgem nesses ambientes frequentemente ultrapassam as barreiras geográficas e temporais, criando redes de contato que podem resultar em reencontros em diferentes partes do mundo ou até mesmo em parcerias profissionais e pessoais. As interações no hostel ajudam a construir um ambiente de respeito e troca, onde as barreiras culturais vão sendo suavizadas à medida que as pessoas compartilham suas histórias e suas realidades.

    Outro aspecto fundamental que torna os hostels um excelente ambiente para o intercâmbio linguístico e cultural é a possibilidade de trabalho voluntário. Muitos hostels oferecem a oportunidade de trocar horas de trabalho por hospedagem e alimentação, criando uma experiência de imersão mais profunda e prolongada. Essa modalidade de trabalho voluntário oferece aos viajantes não só uma economia significativa, mas também a chance de praticar idiomas e desenvolver habilidades valiosas, como a resolução de problemas, a adaptabilidade e a comunicação interpessoal.

    O trabalho voluntário em hostels pode envolver diversas atividades, como recepção de hóspedes, organização de eventos, limpeza, cozinha e marketing. Essas experiências proporcionam aos viajantes uma vivência direta e prática da língua e da cultura local, além de contribuírem para a criação de uma rede de amizades e contatos profissionais. Além disso, o trabalho voluntário permite aos viajantes uma sensação de pertencimento e contribuição para a comunidade, o que fortalece ainda mais o caráter social da experiência.

    Nos últimos anos, a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada na promoção do intercâmbio linguístico e cultural, e isso também se reflete no cenário dos hostels. Plataformas digitais como Worldpackers, Workaway e Hostelworld são excelentes exemplos de como a tecnologia pode facilitar a conexão entre viajantes e hostels que oferecem oportunidades de voluntariado e troca cultural. Essas plataformas permitem que os viajantes encontrem hostels em diversos lugares do mundo que oferecem desde acomodações até a oportunidade de realizar trabalho voluntário em troca de hospedagem, alimentação ou até experiências culturais imersivas.

    O Worldpackers, por exemplo, conecta viajantes com mais de 2.000 hostels ao redor do mundo que oferecem programas de voluntariado em diferentes áreas, desde educação até conservação ambiental. O uso dessas plataformas possibilita uma abordagem mais organizada e acessível para quem deseja se engajar em experiências de intercâmbio, tanto linguístico quanto cultural. Os usuários podem avaliar as experiências de outros viajantes, o que ajuda a garantir a transparência e a qualidade das experiências oferecidas.

    Além disso, plataformas de redes sociais, como Instagram e YouTube, têm sido utilizadas por influenciadores para compartilhar suas experiências em hostels ao redor do mundo. Influenciadores de viagens frequentemente documentam sua vivência em hostels, proporcionando aos seguidores uma visão autêntica e realista do que esperar. Muitos deles, ao compartilharem suas histórias, oferecem dicas e conselhos valiosos sobre como aproveitar ao máximo essas experiências, seja para aprender um novo idioma ou para se envolver em projetos culturais. O conteúdo gerado por influenciadores também ajuda a divulgar hostels menos conhecidos, mas que oferecem experiências enriquecedoras.

    Além da troca presencial de idiomas e culturas, a tecnologia também tem facilitado a criação de experiências linguísticas no ambiente virtual. Plataformas como Duolingo, Babbel e Tandem oferecem aos usuários a oportunidade de praticar idiomas com falantes nativos por meio de trocas linguísticas online. Embora não substituam totalmente a imersão física em um ambiente multicultural, essas ferramentas podem ser complementares, permitindo que os viajantes se preparem para suas experiências em hostels, aprendendo o básico do idioma antes da viagem.

    Ao escolher um hostel como opção de hospedagem ou de trabalho, o viajante não só economiza, mas também investe em uma experiência transformadora e autêntica, que ultrapassa as barreiras do turismo tradicional. O verdadeiro intercâmbio acontece nas interações cotidianas, nas trocas culturais espontâneas e nas amizades formadas em espaços que, embora simples, têm o poder de transformar a maneira como vemos o mundo e nos relacionamos com ele.


  • CURSOS DE IDIOMA GRATUITOS | ESPANHOL I E INGLÊS II

    Publicado em 18/03/2025 às 13:36

    Estão abertas, entre 19/03/2025 e 24/03/2025 as inscrições para dois cursos de línguas gratuitos e presenciais: espanhol nível I e inglês nível II.

     

    Para conhecer os cursos e se inscrever (CLIQUE NOS LINKS):

     

    INGLÊS II

    ESPANHOL I

     

    Para saber mais informações, confira o EDITAL – AQUI.

     


  • GRUPOS DE INTERAÇÃO E ESTUDOS PARA 2025.1 PRESENCIAL E ON-LINE | INNSCRIÇÕES ABERTAS

    Publicado em 17/03/2025 às 13:48

    Estão abertas as inscrições para GRUPOS DE INTERAÇÃO E ESTUDOS PARA 2025.1, PRESENCIAL E ON-LINE. Confira os grupos e os links de inscrições.

     

    1. Nome do grupo: Reading Little Women

    Proponentes: Maria Paula da Silva Moreira (UFSC/DLLE-Letras Inglês)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Pessoas que conseguem ler e conversar em inglês.

    Nº máximo de participantes: 20

    Data de Início: 28/03/2025

    Data de término: 13/06/2025

    Carga horária total: 14 horas

    Horário do grupo: sextas-feiras das 19h às 20h30.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: Este grupo de estudos tem como objetivo unir uma discussão literária à prática do idioma inglês, utilizando a obra clássica “Little Women”, de Louisa May Alcott, como nosso ponto de partida. Este livro, que retrata a vida e os desafios de quatro irmãs durante a Guerra Civil Americana, oferece uma rica oportunidade para explorarmos temas universais como família, crescimento pessoal e os papéis de gênero na sociedade.

    A leitura em inglês permitirá que os membros do grupo aprimorem seu vocabulário, gramática e compreensão auditiva, além de praticar a conversação em um ambiente colaborativo e encorajador. A análise das personagens, enredos e temas do livro estimulará discussões profundas e reflexões sobre questões sociais e emocionais, promovendo o pensamento crítico e a empatia. A obra é um importante marco da literatura americana e oferece uma visão sobre a vida no século XIX, permitindo que os participantes compreendam melhor o contexto histórico e cultural da época. O grupo proporcionará um ambiente acolhedor onde os participantes poderão compartilhar suas opiniões, experiências e insights, fortalecendo laços de amizade e colaboração.

    Link de inscrições: https://inscricoes.ufsc.br/littlewomen

    1. Nome do grupo: Leitura Coletiva: Escritories Trans do Brasil

    Proponentes: Rafaela Monticelli (UFSC/DLLV-Letras Português)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Livre.

    Nº máximo de participantes: 10

    Data de Início: 31/03/2025

    Data de término: 11/07/2025
    Carga horária total: 8h

    Horário do grupo: toda primeira segunda-feira do mês, das 18h30 às 20h.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: mapear, ler e conhecer mais autories trans do Brasil, principalmente aqueles que dependem de vendas através do Kindle (modelo digital). além disso, abordar questões de gênero, como a não-binariedade e como as causas trans se dão no Brasil.

    Link de inscrições: https://inscricoes.ufsc.br/nbliteratura

    1. Nome do grupo: Representações da dominação

    Proponentes: Pedro de Mattos (UFSC/DLLV-Letras – Português)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Livre.

    Nº máximo de participantes: 15

    Data de Início: 25/03/2025

    Data de término: 27/05/2025

    Carga horária total: 15h

    Horário do grupo: terças-feiras das 18h30 às 20h.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: O que leva o dominador a escrever sobre o dominado? Como ele escolhe o representar na sua escrita? — o objetivo deste grupo é discutir, em seus mais variados eixos, relações desiguais de diferença e alteridade: tradicional e moderno, colonizado e colonizador, nativo e estrangeiro, “atrasado” e “adiantado”, dominador e dominado, etc. Para tanto, partiremos da leitura de textos ficcionais (primariamente contos, poemas e excertos curtos) que tragam em si a marca desses confrontos, normalmente vivenciados, de um modo ou de outro, pelos autores que os escreveram. O que queremos com isso é entender mais a fundo as motivações e sentimentos por trás deste conflito interno (ou consciência infeliz, ou como quer que se chame) que se manifesta, conscientemente ou não, na obra desses autores, e que os leva a escrever e registrar, cada um a seu modo, a posição que têm acerca de relações desiguais de poder, seja de um ponto de vista privilegiado ou desprivilegiado, seja contra ou a favor.

    Num primeiro tempo, faremos a leitura breve de trechos de Euclides da Cunha (eixo progresso-atraso), Rudyard Kipling (eixo colonizador-colonizado), e de Saint-Hilaire (eixo estrangeiro-nativo); depois, na segunda metade, lidaremos com leituras propostas pelos próprios integrantes do grupo, visando abordar o tema pelo maior número de olhares possível. Como o grupo visa ser um espaço antes de tudo colaborativo, aberto a todos os interessados pelo tema, os participantes também ficam encorajados a trazer as próprias referências e bibliografias complementares, a fim de enriquecer ainda mais o discurso — a bibliografia básica, por isso mesmo, deixamos propositadamente ampla, servindo mais para orientar do que restringir.

    Link de inscrições: https://inscricoes.ufsc.br/dominacao

    1. Nome do grupo: Clube de Leitura Atípica

    Proponentes: Mahara Pires Soares (UFSC/DLLV-Letras – Português)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Livre.

    Nº máximo de participantes: 15

    Critério de seleção para os participantes: ordem de inscrição

    Data de Início: 02/04/2025

    Data de término: 25/06/2025
    Carga horária total: 6h

    Horário do grupo: Quartas-feiras das 14h às 15h, duas vezes por mês.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: Clube de Leitura voltado ao público neurodivergente e demais pessoas da UFSC.

    Link de inscrições:  https://inscricoes.ufsc.br/atipica25


  • INSCRIÇÕES ABERTAS | Português para imigrantes e refugiados – nível básico e intermediário

    Publicado em 16/03/2025 às 15:33

    Estão abertas, até dia 24 de março, as turmas de 2025.1 dos cursos de Português para imigrantes e refugiados. O projeto de Português para imigrantes e refugiados oferece aulas de nível iniciante e intermediário com temas importantes para a integração do imigrante à sociedade brasileira. São aulas de língua portuguesa em que são trabalhadas as competências de compreensão oral, leitura e interpretação de texto, oralidade e escrita, com temas como apresentação pessoal, rotina, moradia, trabalho, alimentação, acesso à saúde e à educação no Brasil e com elementos da cultura brasileira.

     

    Consulte AQUI O EDITAL e abaixo os cursos e links de inscrição.


    CURSO INICIANTES| BÁSICO

    Serão abordados: pronomes indefinidos, pronomes demonstrativos; adjetivos; tempos verbais: presente do indicativo, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, imperativo; verbos impessoais; voz passiva no presente e pretérito perfeito do indicativo e voz passiva com “-se”; futuro do subjuntivo; objeto direto pronominal; expressões impessoais com o infinitivo; descrição de tipos de moradia e cômodos, anúncios imobiliários, localização de imóveis, móveis, objetos da casa; anúncios de oferta de emprego, currículo, profissões e trabalho, entrevistas de emprego; localização na cidade; paisagens; clima, previsão do tempo; população brasileira, grupos étnicos, imigração no Brasil e no mundo; festas e costumes, feriados brasileiros, festas populares.

    TURMA A  – NÍVEL BÁSICO – LINK DE INSCRIÇÕES

    TURMA B – NÍVEL BÁSICO –  LINK DE INSCRIÇÕES


    CURSO INTERMEDIÁRIO

    Serão abordados: pronomes indefinidos, pronomes demonstrativos; adjetivos; tempos verbais: futuro do pretérito, pretérito mais-que-perfeito composto, particípio passado; pretérito perfeito composto do indicativo; futuro do presente; verbos impessoais; voz passiva no presente e pretérito perfeito do indicativo e voz passiva com “-se”; futuro do subjuntivo; objeto direto pronominal; expressões impessoais com o infinitivo; dupla negação; descrição de tipos de moradia e cômodos, anúncios imobiliários, localização de imóveis, móveis, objetos da casa, anúncios de oferta de emprego, currículo, profissões e trabalho, entrevistas de emprego; férias e viagens; lugares e paisagens; clima, previsão do tempo, meteorologia; população brasileira, grupos étnicos, imigração no Brasil e no mundo; festas e costumes, feriados brasileiros, festas populares.

    TURMA – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – LINK DE INSCRIÇÕES


  • EDITAL 04/2025 | SELEÇÃO DE VOLUNTÁRIOS(AS/ES) ESTUDANTES NÃO-BOLSISTAS

    Publicado em 14/03/2025 às 13:33

    O PET-Letras torna público o processo seletivo para preenchimento de até 02 (duas) vagas para estudantes não bolsistas — voluntários(as/es) — do Programa de Educação Tutorial, sendo uma vaga para classificação geral e a outra para estudantes de Libras. Podem se inscrever estudantes dos Cursos de Graduação em Letras da UFSC que tenham disponibilidade de 20 (vinte) horas semanais e que atendam aos requisitos apresentados neste edital. 1.

    O período de inscrição será das 12h do dia 17 de março às 12h do dia 31 de março de 2025.

    CONFIRA AQUI O EDITAL COMPLETO.


  • Edital | 03/2025/PET SELEÇÃO DE PROFESSOR(A) VOLUNTÁRIO(A) PARA 2025.1 | PORTUGUÊS PARA IMIGRANTES E REFUGIADOS

    Publicado em 11/03/2025 às 14:31
    O PET-Letras torna público o processo seletivo para professores(as) voluntários(as) para o primeiro semestre letivo de 2025 para ministrar aulas de português para imigrantes e refugiados. Podem se inscrever estudantes dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação da UFSC ou demais interessados que atendam aos requisitos apresentados neste edital. Serão ministradas aulas de português de nível básico e intermediário para imigrantes e pessoas com visto humanitário em Florianópolis, oferecidas na UFSC (Campus da Trindade), uma vez por semana, das 19h às 21h (dia a ser decidido de acordo com a disponibilidade dos professores selecionados).
    O o período de inscrição será do dia 11 de março de 2025 até 12h00min do dia 19 de março de 2025.
    RESULTADO DA PRIMEIRA ETAPA E HORÁRIO DAS ENTREVISTAS 
    Luiza Raquel Waulczinski – 8h30min
    Clarens Chery – 8h40min
    Luana Vitoria Teixeira Butel – 8h50min
    Giana Paula Schauffler – 9h
    Rebeca Medeiros – 9h10min
    Primavera da Cunha – 9h20min
    Tiago Silveira – 9h30min
    Fernando dos Santos Pedretti – 9h40min
    Anderson Alex Leite Gravata – 9h50min
    Sofia da Silva Quarezemin – 10h
    Carolina Frade Honório – 10h10min
    Weber Moreira – 10h20min
    João Victor Gottfried Martins – 10h30min
    RESULTADO DA SEGUNDA ETAPA
    Luiza Raquel Waulczinski – ausente e desclassificada
    Clarens Chery – 8h40min – ausente e desclassificado
    Luana Vitoria Teixeira Butel –  ausente e desclassificada
    Giana Paula Schauffler – aprovada
    Rebeca Medeiros – ausente e desclassificada
    Primavera da Cunha – aprovada
    Tiago Silveira – aprovado
    Fernando dos Santos Pedretti – aprovado
    Anderson Alex Leite Gravata – aprovado
    Sofia da Silva Quarezemin – aprovada
    Carolina Frade Honório – aprovada
    Weber Moreira – aprovado
    João Victor Gottfried Martins – aprovado
    A equipe responsável pelo projeto entrará em contato com as pessoas aprovadas por email.

  • Crescendo entre línguas: a experiência dos CODAs

    Publicado em 09/03/2025 às 10:22

    Por Franciane Ataide Rodrigues

    Letras Libras

    Bolsista PET-Letras

     

    As pessoas ouvintes filhas de pais surdos são chamadas de CODAs, sigla para Children of Deaf Adults. A composição familiar pode se dar de três maneiras: mãe surda e pai ouvinte, pai surdo e mãe ouvinte ou ambos, pai e mãe surdos. O CODA, geralmente, cresce em meio a duas culturas, duas línguas, e no contato com muitas experiências visuais. As pesquisas acadêmicas em torno de filhos de pais surdos ainda são recentes no Brasil, pois grande parte desses estudos encontram-se na América do Norte e na Europa (Souza, 2014, p.35).

    Descrição de imagem: a imagem é um cartaz do  filme “CODA”.  De plano de fundo no canto superior esquerdo um farol com um céu dourado pelo pôr do sol. No centro da imagem uma família de 4 pessoas sentadas na traseira de uma caminhonete azul. Da direita para a esquerda, uma jovem que apoia a cabeça no ombro de um homem barbudo de boné, que sorri para uma mulher loira ao seu lado; ela também sorri. Na direita, um rapaz jovem de jaqueta jeans que está olhando feliz  para o grupo. Em caixa alta, no canto inferior esquerdo, o título “Coda”.

     

    Na comunidade surda, existe uma crença de que todos os CODAs possuem fluência em Libras e uma grande predisposição para se comunicar nessa língua. No entanto, isso nem sempre corresponde à realidade. Como destacado por Quadros e Cruz (2020), apesar de CODAs crescerem em casas onde a língua de sinais é usada, eles variam consideravelmente na fluência desta língua. Em alguns casos, dentro do ambiente doméstico, há uma maior exposição a sinais caseiros, especialmente quando os próprios pais não possuem grande fluência em Libras – no caso do Brasil. Nessas situações, a comunicação familiar acaba ocorrendo por meio de convenções criadas dentro da própria família. Por outro lado, em lares onde os pais se comunicam fluentemente em Libras, os filhos tendem a ter uma predisposição maior para aprender a língua. Entretanto, é fundamental considerar os diversos contextos culturais e familiares para evitar generalizações que desconsiderem ou apaguem as diferentes realidades vividas por essa população.

    Pensando no contexto de aquisição da linguagem, a literatura nos diz que a convivência com outros falantes da língua a ser adquirida e o recebimento de estímulos de comunicação durante o período crítico de aquisição da linguagem são fatores importantíssimos para que a criança se desenvolva na língua. Como afirmado por Quadros e Karnopp (2004), a aquisição da língua oral pela criança CODA está intimamente ligada ao nível de exposição e estímulo que recebe, bem como à fluência dos pais e familiares na língua majoritária.  Dito isso, é possível ver diferentes níveis de desenvolvimento de linguagem nessas crianças, a depender do nível de estímulo que recebem, a fluência e contato dos pais e da família na língua portuguesa e, sobretudo, a idade em que entrou na escola.

    Pensando no contexto do crescimento e dinâmicas da vida, a realidade do CODA pode ter algumas diferenças em relação às crianças ouvintes, pois desde muito novas assumem, em algumas situações, o papel de ponte de comunicação entre o adulto surdo e o mundo ouvinte. Isso não ocorre apenas em situações com estranhos, como em consultas médicas, lojas, etc., mas também no contexto familiar, na relação com tios, sobrinhos e avós, quando estes são ouvintes, pois muitas vezes a família não é capaz de se comunicar com o surdo. Como é observado por Preston (1994), desde cedo, muitos filhos ouvintes de pais surdos assumem o papel de intérpretes informais, mediando a comunicação entre seus pais e o mundo ouvinte, o que pode impactar seu desenvolvimento e identidade.

    Por fim, a contribuição dos surdos pais de crianças ouvintes na sociedade passa por algumas responsabilidades semelhantes às dos pais ouvintes, como a criação de um ser humano ético, responsável e que contribua positivamente para a sociedade, dar suporte e segurança para a criança. Além disso, há especificidades que surgem a partir da dinâmica familiar como apontam Quadros e Massutti (2007) quando descrevem os conflitos gerados pela convivência do CODA com dois grupos distintos e representações linguísticas díspares – ouvintes, representados pela Língua Portuguesa, e surdos, pela Libras.

    Diante desse contexto, é importante reconhecer que muitas crianças CODAs acabam sendo tratadas como “mini adultos”, assumindo precocemente responsabilidades que vão além do que seria esperado para sua idade. Ao desempenharem o papel de intérpretes informais para seus pais em situações complexas, como consultas médicas, delegacias ou serviços bancários, essas crianças são expostas a informações sensíveis e, muitas vezes, emocionalmente desafiadoras. Esse acúmulo precoce de responsabilidades pode impactar seu desenvolvimento emocional e psicológico, gerando sobrecarga e ansiedade. Por isso, é fundamental que espaços públicos contem com intérpretes de Libras profissionais, garantindo que a comunicação entre surdos e ouvintes ocorra de maneira adequada, sem que as crianças precisem assumir um papel que não lhes cabe. O reconhecimento dessa necessidade é um passo essencial para assegurar os direitos linguísticos da comunidade surda e preservar a infância dos CODAs.

     

     

    REFERÊNCIAS

    SOUZA, J. C. F. Intérpretes CODAs: construção de identidades. 2014. Dissertação (Mestrado em Tradução) – Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

    QUADROS, R. M. de; CRUZ, M. R. G. Estudos experimentais com bilíngues bimodais: aspectos metodológicos e implicações para a pesquisa. Revista Linguíʃtica, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 1-25, 2020.

    QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: ArtMed, 2004.

    PRESTON, P. Mother Father Deaf: living between sound and silence. Cambridge: Harvard University Press, 1994.

    QUADROS, R. M. de; MASSUTTI, R. Codas: uma ponte entre dois mundos. O Som dos Sinais, 2007. Disponível em: https://osomdossinais.blogspot.com/2013/07/codas-uma-ponte-entre-dois-mundos.ht. Acesso em: 7 mar. 2025.


  • O papel da memória como ato político

    Publicado em 05/03/2025 às 13:10

    Por Hanna Boassi

    Bolsista PET – Letras | CNPq

    Letras – Português

     

    O que não foi dito também tem significado.

    -Eni Orlandi

     

    O filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é baseado no livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional nesse último domingo (2). A narrativa acompanha a história de Eunice Paiva após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante o período da Ditadura Militar no Brasil. A construção de memória no filme pode ser analisada a partir da relação entre o discurso, a narrativa cinematográfica e o contexto histórico em que a história se insere. A memória, no contexto do filme, não é apenas um resgate do passado, mas uma reconstrução subjetiva que se dá na interseção entre os testemunhos, os documentos e as marcas discursivas deixadas pelo período ditatorial.

    Ainda Estou Aqui não apenas relata a dor e a luta de Eunice, mas evidência como a ausência se manifesta na memória individual e coletiva. O desaparecimento de Rubens Paiva não é apenas um evento trágico pessoal, mas uma lacuna histórica que reverbera até os tempos atuais, revelando as tensões entre o esquecimento imposto e a resistência em manter viva a lembrança de pessoas, que como Rubens, foram silenciadas.  A estética do filme reforça essa construção ao utilizar uma narrativa fragmentada, intercalando cenas de arquivo, depoimentos e reconstruções ficcionais para dar forma à memória de Eunice. É nesta materialidade que podemos pensar uma memória discursiva:

    Memória deve ser entendida aqui não no sentido diretamente psicologista da “memória individual”, mas nos sentidos entrecruzados da memória mítica, da memória social inscrita em práticas, e da memória construída do historiador. […] Não é de se admirar, nessas condições, que a ideia de uma fragilidade, de uma tensão contraditória no processo de inscrição do acontecimento no espaço da memória tenha sido constantemente presente, sob uma dupla forma-limite que desempenhou o papel de ponto de referência” (Pêcheux, p. 50, 1999).

    No caso de Eunice, essa disputa adquire uma dimensão mais complexa diante do Alzheimer; ao ser abordada essa condição no filme, reforça-se a fragilidade de uma memória individual e a necessidade da construção de uma memória coletiva que resista ao esquecimento. Sua luta não desaparece junto de sua memória, pois sua trajetória se inscreve na memória coletiva e no discurso público, que mantém viva a recordação de Rubens Paiva e de tantas outras vítimas da Ditadura. Em sua cena final, Fernanda Montenegro, ao interpretar Eunice já em estado avançado do Alzheimer, diante de uma televisão onde se passa uma reportagem sobre seu marido desaparecido, não pronuncia uma palavra, mas no seu olhar observamos a recuperação de uma memória que, embora fragmentada e instável, ainda resiste – ainda está ali. O silêncio de Eunice não é vazio, mas carrega significado.

    Em Maio de 68, Eni Orlandi aponta que a forma sujeito-histórica que corresponde à da sociedade atual representa bem a contradição: é um sujeito ao mesmo tempo livre e submisso (Orlando, 1999, p. 61); essa forma dialoga com o fato de que, Eunice Paiva, tanto em sua vida quanto em sua representação no filme, encarna essa contradição. Se, por um lado, sua identidade pessoal se dissolve devido à doença, por outro, sua história se mantém como parte de um coletivo que resiste ao apagamento. Ainda Estou Aqui transcende a história pessoal de Eunice e Rubens Paiva e se insere em um debate mais amplo sobre como lembrar é um ato político. O filme reafirma que a memória não é apenas um resgate do passado, mas um campo de disputa no presente, onde diferentes narrativas se confrontam para garantir que o que for perdido não se torne definitivo.

     

    REFERÊNCIAS

    PÊCHEUX, Michel. Papel da Memória. In: ACHARD, Pierre. et al. (org.). Papel da Memória. Tradução e Introdução de José Horta Nunes. Campinas: Pontes, 1999. p. 49-57.

    ORLANDI, Eni de Lourdes Puccinelli. Maio de 1968: os silêncios da memória. In: ACHARD, Pierre. et al. (org.). Papel da memória. Campinas, SP: Pontes, 1999, p.59-71.


  • Edital | PROPOSTAS DE GRUPOS DE ESTUDO E PESQUISA 2025.1

    Publicado em 21/02/2025 às 09:01

    Entre os dias 19 e 26 de Fevereiro de 2025, o PET-Letras receberá propostas para criação de Grupos de Estudos/Interação. Podem apresentar propostas de criação e coordenação de Grupos de estudos os estudantes dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação da UFSC ou demais interessados, com vínculo com a universidade, que atendam aos requisitos apresentados a seguir.

    O PET-Grupos é um projeto organizado a partir da proposição e formação de grupos de interação e/ou estudos (GEPETs) voltados aos temas atuais e relevantes para a área de Letras, Linguística e Literatura, independentemente de sua natureza.

     

    Consulte aqui o edital!

     

    Prorrogamos as submissões de proposta até 14 de março! Confira as novas datas AQUI!

     

    RESULTADO DAS PROPOSTAS ACEITAS | GRUPOS DE INTERAÇÃO E ESTUDOS PARA 2025.1  PRESENCIAL E ON-LINE

    1.  Nome do grupo: Reading Little Women

    Proponentes: Maria Paula da Silva Moreira (UFSC/DLLE-Letras Inglês)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Pessoas que conseguem ler e conversar em inglês.

    Nº máximo de participantes: 20

    Data de Início: 28/03/2025

    Data de término: 13/06/2025

    Carga horária total: 14 horas

    Horário do grupo: sextas-feiras das 19h às 20h30min

    Descrição do grupo e de seus objetivos: Este grupo de estudos tem como objetivo unir uma discussão literária à prática do idioma inglês, utilizando a obra clássica “Little Women”, de Louisa May Alcott, como nosso ponto de partida. Este livro, que retrata a vida e os desafios de quatro irmãs durante a Guerra Civil Americana, oferece uma rica oportunidade para explorarmos temas universais como família, crescimento pessoal e os papéis de gênero na sociedade.

    A leitura em inglês permitirá que os membros do grupo aprimorem seu vocabulário, gramática e compreensão auditiva, além de praticar a conversação em um ambiente colaborativo e encorajador. A análise das personagens, enredos e temas do livro estimulará discussões profundas e reflexões sobre questões sociais e emocionais, promovendo o pensamento crítico e a empatia. A obra é um importante marco da literatura americana e oferece uma visão sobre a vida no século XIX, permitindo que os participantes compreendam melhor o contexto histórico e cultural da época. O grupo proporcionará um ambiente acolhedor onde os participantes poderão compartilhar suas opiniões, experiências e insights, fortalecendo laços de amizade e colaboração.


    1. Nome do grupo: Leitura Coletiva: Escritories Trans do Brasil

    Proponentes: Rafaela Monticelli (UFSC/DLLV-Letras Português)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Livre.

    Nº máximo de participantes: 10

    Data de Início: 31/03/2025

    Data de término: 11/07/2025
    Carga horária total: 8h

    Horário do grupo: toda primeira segunda-feira do mês, das 18h30min às 20h.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: mapear, ler e conhecer mais autories trans do Brasil, principalmente aqueles que dependem de vendas através do Kindle (modelo digital). além disso, abordar questões de gênero, como a não-binariedade e como as causas trans se dão no Brasil.


    1. Nome do grupo: Representações da dominação

    Proponentes: Pedro de Mattos (UFSC/DLLV-Letras – Português)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Livre.

    Nº máximo de participantes: 15

    Data de Início: 25/03/2025

    Data de término: 27/05/2025

    Carga horária total: 15h

    Horário do grupo: terças-feiras das 18h30min às 20h.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: O que leva o dominador a escrever sobre o dominado? Como ele escolhe o representar na sua escrita? — o objetivo deste grupo é discutir, em seus mais variados eixos, relações desiguais de diferença e alteridade: tradicional e moderno, colonizado e colonizador, nativo e estrangeiro, “atrasado” e “adiantado”, dominador e dominado, etc. Para tanto, partiremos da leitura de textos ficcionais (primariamente contos, poemas e excertos curtos) que tragam em si a marca desses confrontos, normalmente vivenciados, de um modo ou de outro, pelos autores que os escreveram. O que queremos com isso é entender mais a fundo as motivações e sentimentos por trás deste conflito interno (ou consciência infeliz, ou como quer que se chame) que se manifesta, conscientemente ou não, na obra desses autores, e que os leva a escrever e registrar, cada um a seu modo, a posição que têm acerca de relações desiguais de poder, seja de um ponto de vista privilegiado ou desprivilegiado, seja contra ou a favor.

    Num primeiro tempo, faremos a leitura breve de trechos de Euclides da Cunha (eixo progresso-atraso), Rudyard Kipling (eixo colonizador-colonizado), e de Saint-Hilaire (eixo estrangeiro-nativo); depois, na segunda metade, lidaremos com leituras propostas pelos próprios integrantes do grupo, visando abordar o tema pelo maior número de olhares possível. Como o grupo visa ser um espaço antes de tudo colaborativo, aberto a todos os interessados pelo tema, os participantes também ficam encorajados a trazer as próprias referências e bibliografias complementares, a fim de enriquecer ainda mais o discurso — a bibliografia básica, por isso mesmo, deixamos propositadamente ampla, servindo mais para orientar do que restringir.


    1. Nome do grupo: Clube de Leitura Atípica

    Proponentes: Mahara Pires Soares (UFSC/DLLV-Letras – Português)

    Os encontros serão: presenciais

    Público alvo: Livre.

    Nº máximo de participantes: 15

    Critério de seleção para os participantes: ordem de inscrição

    Data de Início: 02/04/2025

    Data de término: 25/06/2025
    Carga horária total: 6h

    Horário do grupo: Quartas-feiras das 14h às 15h, duas vezes por mês.

    Descrição do grupo e de seus objetivos: Clube de Leitura voltado ao público neurodivergente e demais pessoas da UFSC.

     


  • EDITAL | PROFESSOR VOLUNTÁRIO DE IDIOMAS DO PET

    Publicado em 18/02/2025 às 12:40

    O PET-Letras torna público o processo seletivo para professores(as) voluntários(as) do PET- Idiomas para o primeiro semestre letivo de 2025. Podem se inscrever estudantes dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação da UFSC ou demais interessados que atendam aos requisitos apresentados neste edital.

    1. Das inscrições: PRORROGADAS!
    2. o período de inscrição será das 12h do dia 19 de fevereiro de 2025 às 12h do dia 10 de março de 2025;
    3. as inscrições enviadas fora do prazo estabelecido no Edital serão indeferidas;
    4. as inscrições homologadas serão divulgadas na página http://petletras.paginas.ufsc.br/ no dia 26 de fevereiro de 2025, a partir das 18h.

     

    Confira o edital AQUI e se inscreva!

     

    INSCRIÇÕES DEFERIDAS

    1. Ana Valéria Goulart dos Santos, espanhol
    2. Vitor de Sousa Moraes, português para estrangeiros
    3. Vinicius Goinski, inglês
    4. Wallison Carlos Cardoso Silva, espanhol
    5. Paula Scalvin da Costa, inglês

     

    HORÁRIOS DAS ENTREVISTAS – DIA 14 DE MARÇO

    1. Ana Valéria Goulart dos Santos, espanhol – 14h
    2. Vitor de Sousa Moraes, português para estrangeiros – 14h20min
    3. Vinicius Goinski, inglês – 14h40min
    4. Wallison Carlos Cardoso Silva, espanhol – 15h

     

    RESULTADO FINAL

    Ana Valéria Goulart dos Santos:  aprovada

    Paula Scalvin da Costa: aprovada