Literatura, Ancestralidade e Resistência

11/08/2021 00:02

Mirelle Araujo Ehrardt,
Bolsista PET-Letras
Letras – Alemão

Ao analisar brevemente a história do Brasil, é possível perceber com facilidade a exploração e perseguição a que os povos originários foram expostos, assim como ocorreu em outros países latino-americanos. Desde a chegada de expedições marítimas às terras que hoje compõem o Brasil, a invasão europeia levou uma série de flagelos para esses povos, entre os quais podemos citar rapidamente a exploração dos territórios, a violência e o extermínio de diversas etnias, bem como a exploração de mão de obra por meio de escravização, abusos sexuais e desrespeito às culturas, línguas e crenças desses povos.

Infelizmente, na atualidade, o ataque às populações indígenas ainda continua seguindo um projeto de genocídio e extermínio, que visa à aculturação desses povos. Tal projeto é permeado hoje pela invasão de garimpeiros e grileiros às terras indígenas já demarcadas, intensificando-se assim o desmatamento, e pela crença de que os povos tradicionais passam por um processo de transição até a assimilação da cultura ocidental dominante, o qual pode ser exemplificado pelo preconceito voltado aos indígenas que vivem em meios urbanos, frequentam universidades etc. Além disso, como já debatido no ComunicaPET 43, do mesmo modo que as comunidades e os povos indígenas estão diminuindo, muitas línguas indígenas também encontram-se em processo de extinção. Somado a isso, como também já explanado no ComunicaPET 31, a pandemia da Covid-19 e as dificuldades de acesso à saúde e a atendimentos médicos de qualidade contribuíram ainda mais para baixas na população indígena.

Fonte: Bicho Coletivo*

É nesse contexto de engajamento e resistência de minorias étnicas, culturais e linguísticas que a literatura indígena brasileira surge, a partir da década de 1990, alinhando-se ao movimento indígena brasileiro, na busca por visibilidade e protagonismo político que permitam o reconhecimento de suas reinvindicações. Nesse sentido, é importante destacar que a escrita de literatura pelos próprios indígenas se diferencia e se distancia muito das versões estereotipadas, e, por vezes, preconceituosas, dos povos tradicionais encontradas na literatura brasileira escrita por não indígenas, assim como nas lendas folclóricas amplamente divulgadas.

Segundo Peres (2018), “a forma como o indígena foi representado na literatura construiu e consolidou um imaginário, desdobrando, ainda nos dias de hoje, aspectos negativos: reservou-se e impôs-se o espaço da floresta e o tempo do século XVI como núcleos para a compreensão do indígena” (p. 109). Já para Daniel Munduruku (2016), precursor e importante escritor indígena de literatura infantil e infanto-juvenil, a literatura escrita por indígenas “traz um olhar sobre suas próprias sociedades e culturas” que não está contaminado pela perspectiva branca e eurocêntrica, consistindo-se em um ato de autoafirmação e autoexpressão identitária desses povos. Ele defende que esta forma de literatura não deve ser apenas adicionada à categoria de “literatura brasileira”, visto que fazer isso seria como “dividir com todos aqueles que escreveram, escrevem e escreverão coisas medíocres a respeito de nossa gente, um status que não foi construído por eles”.

Seguindo essa perspectiva, podemos destacar algumas características que diferenciam a literatura indígena de outras obras da literatura nacional. Dorrico et al. (2018) cita, como uma dessas características, a correlação entre literatura e política, que pode ser lida como crítica social e ao presente e como instrumento político para resistência desses povos. Fora isso, podemos perceber também, através de textos que misturam crenças e mitos ancestrais com ficção e relatos bibliográficos dos próprios escritores, as marcas da Ancestralidade, de uma poética que se constrói por meio da relação do indivíduo com a coletividade e as histórias passadas de geração em geração por meio da oralidade, a qual recebe o nome de “poética do eu-nós” (PERES, 2018). Dessa forma, a literatura escrita por indígenas também tem forte relação com a transmissão da Tradição ancestral desses povos, pois, ao ler o texto, o leitor tem a sensação de escutar um grande sábio (Ancião) narrando a história. Assim, as crenças e personagens míticos fazem-se presentes promovendo a preservação da Memória ancestral e cultural dos povos originários.

Fonte: Arte Lunetas **

Ficou interessado? Então aqui vai uma pequena lista com recomendações de alguns autores indígenas: Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Ely Macuxi,  Olívio Jekupé, Yaguarê Yamã, Kaká Werá e Márcia Kambeba. Ao clicar nos links inseridos nos nomes, você pode assistir a algumas entrevistas desses escritores no evento Mekukradjá – Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas. Não deixe de conferir!

Referências

DORRICO, J. et al. Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: criação, crítica e recepção. Porto Alegre: Editora Fi, 2018.

MUNDURUKU, Daniel. Literatura x Literatura Indígena: consenso? A produção de literatura dos indígenas brasileiros. Blog Daniel Munduruku, 2016. Disponível em: http://danielmunduruku.blogspot.com/2016/02/literatura-x-literatura-indigena.html

PERES, Julie S. D. A Leitura da Literatura Indígena: para uma cartografia contemporânea. Revista Igarapé, Porto Velho (RO), v.5, n.2, p. 107-137, 2018.

*Fotodescrição 1: ilustração em fundo bege de um jovem com um livro aberto nas mãos, do qual partem ramificações e folhas. O rapaz tem cabelo preto e liso na altura dos ombros, veste uma roupa verde clara que deixa seu peito exposto, mostrando pinturas corporais pretas típicas de povos indígenas. No rosto também aparecem pinturas, com destaque para a pintura vermelha na região dos olhos e lateral do rosto.

** Fotodescrição 2: foto de Daniel Munduruku. Ao fundo, vê-se uma estante branca com vários livros. Ele veste uma blusa rosa, usa um colar indígena com pedras pretas redondas e pedras brancas, com o formato mais longo e pontudo, além de portar uma faixa vermelha e bege na testa. Ele está sorrindo e segura um livro aberto nas mãos. Seu cabelo liso e preto fica na altura dos ombros.

Tags: comunicaPET

E aí, você já parou para pensar sobre pobreza menstrual?

26/07/2021 18:00

Moara Zambonim,
Letras – Português
Bolsista PET-Letras UFSC

Você sabia que uma pessoa que menstrua gasta em média cinco absorventes por dia? E isso dá, mais ou menos, 25 absorventes por período menstrual? Esses valores são uma média entre as pessoas que menstruam no Brasil, mas o tempo de sangramento pode ser ainda maior. Você já pensou que nada disso é de graça? Na maioria dos estados, você não pode ter acesso gratuito a esses produtos essenciais de higiene.

Recentemente, alguns estados começaram a investir na compra de absorventes descartáveis ou íntimos para distribuir nas escolas, como é o caso de São Paulo. Outros estão com processos tramitando na justiça para fazer o mesmo, como é o caso de Mato Grosso. Mas nem é preciso dizer que esses artigos não constituem luxo e, sim, extrema necessidade, e, portanto, deveriam ser distribuídos amplamente em postos de saúde, metrôs, entre outros, da mesma forma que ocorre com preservativos.

Fonte: imagens da internet em colagem feita pela autora* (imagem A, B e C)

Refletindo sobre isso, eu e uma amiga resolvemos fazer algumas contas e vimos que, com uma média de 45 reais, é possível comprar um pacote com 100 absorventes descartáveis no atacado. E com essa quantidade é possível ajudar no período menstrual de quatro pessoas. Então, com R$ 12,50 (doze reais e cinquenta centavos), já é possível cobrir os gastos de um ciclo menstrual, caso a pessoa escolha destinar esse valor a esse cuidado com a higiene.

Com base nesses cálculos, nos organizamos para receber doações em dinheiro e reverter na compra de produtos para higiene menstrual, como papel higiênico, sabonete e absorventes. Pensamos que nem conseguiríamos arrecadar muito dinheiro ou que não faríamos tanta diferença assim. Contudo, ao fim de um mês de arrecadação, conseguimos uma quantia muito maior: R$ 1.500, um mil e quinhentos reais! E, de pouquinho em pouquinho, vamos conseguindo nossas metas. Já imaginou se você organiza uma campanha dessas também? A quantidade de pessoas que podem ser ajudadas? Falamos um pouquinho sobre essas reflexões no Instagram, clique aqui para assistir ao vídeo. Nele, explicamos o porquê resolvemos abrir a nossa campanha e como as pessoas poderiam contribuir.

E, também, ficamos pensando que muitas pessoas nem percebem que não são apenas mulheres que menstruam. A negligência, se já tão grande quando tratamos de mulheres cis, fica ainda mais evidente quando se trata de outros corpos. Inclusive pensando nisso é que a Pantys, uma marca que produz calcinhas absorventes reutilizáveis, lançou uma cueca absorvente, uma parceria com homens trans que falam de seus ciclos menstruais.

A vergonha e o tabu que envolvem esse assunto, somados à não existência de um olhar atento para as questões envolvendo a menstruação e, ainda, a falta de políticas públicas efetivas acabam se tornando aliados fortes para a manutenção dessa desigualdade.

* descrição da imagem: A imagem é uma montagem com três quadros, formando um cartaz em tons pastéis de lilás e roxo. No lado esquerdo, vemos uma pessoa chorando encolhida. Em cima, há um balãozinho escrito “você sabe o que é pobreza menstrual?” No lado direito, vemos vários artigos relacionados às necessidades para os cuidados menstruais: uma torneira com uma gota de água, um coletor menstrual, um absorvente interno, um vaso sanitário e um absorvente descartável. Logo abaixo, vemos duas cédulas de dinheiro verdes, com um X sobre elas e um pequeno absorvente cor de rosa próximo ao dinheiro.

Tags: comunicaPET

Por que ler Terra Sonâmbula?

19/07/2021 13:06

Ananda Gomes Henn,
Graduanda em Letras – Português
Bolsista PET-Letras UFSC

            No livro Terra Sonâmbula (1992), do moçambicano Mia Couto, temos contato com um mundo de sonhos que se mistura a uma realidade caótica, de guerras e devastação. Ambientada no Moçambique pós-independência, arrasado pela guerra civil que se estendeu por dez anos, a narrativa começa com o velho Tuahir e o menino Muindinga, que, depois de deixarem o campo de refugiados onde se encontraram, empreendem uma longa caminhada por uma “estrada morta”, onde “[…] o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte” (COUTO, p. 9).

Fonte: Woo! Magazine*

            Essa estrada se faz presente durante todo o livro, infinito caminho do qual os dois personagens não escapam, embora se transfigure no decorrer da história, com sua paisagem mudando toda noite enquanto velho e menino dormem — no fim, percebem que não são eles que passam por ela, mas ela que passa por eles: “(e)ra o país que desfilava por ali, sonhambulante” (COUTO, p. 133).

            Uma das características do livro que mais chama atenção é a circularidade da narrativa. Esse é um elemento estrutural do livro, remetendo às narrativas orais da tradição africana. Outro elemento estrutural interessante é a divisão do livro entre dois percursos narrativos, que eventualmente se conectam através da circularidade da história — há dois narradores: um, em terceira pessoa, que narra de forma onisciente a história das personagens Tuahir e Muidinga; e outro, Kindzu, que em primeira pessoa conta a própria história. Nas duas narrativas esses narradores cedem o poder da palavra a outras personagens que expõem seus pontos de vista, provocando o efeito da polifonia — tão cara à modernidade, mas tradicional das narrativas orais africanas.

Fonte: Companhia das Letras**

            Outro elemento central é, certamente, o imaginário africano, moçambicano, que se faz presente no livro. Esse é um imaginário de convívio com os mortos, de magias, de referências da natureza que não são estáticas, de comportamentos atribuídos à terra, à água, aos animais, que têm uma relação intrínseca com a oralidade, com as crenças populares que perpassam todo dia a dia das pessoas. Existe, portanto, atrás do “mágico” do livro, toda uma tradução cultural de elementos mágicos que não são fantasia, algo que está sendo transposto para a realidade, mas, sim, algo real que está presente no cotidiano daquelas pessoas, que pertencem a uma cultura popular.

            O romance se destaca, portanto, como uma obra prima singular do século XX — e de todos os séculos — sobre personagens que se encontram dando voltas sem chegar a lugar nenhum porque não há aonde chegar, em uma terra esgotada pela guerra e pela violência gratuita. Fazendo uso do português colonizador em seu estado mais belo e poético, Mia Couto escreve uma história Moçambicana sobre uma terra e sobre um povo que carrega — em sua persistente caminhada — a esperança e o desejo por um final onde “[…] restará uma manhã como esta, cheia de luz nova [em que] se escutará uma voz longínqua como se fosse uma memória de antes de sermos gente. […] Essa voz nos dará força de um novo princípio e, ao escutá-la, os cadáveres sossegarão nas covas e os sobreviventes abraçarão a vida com o ingênuo entusiasmo dos namorados” (COUTO, p. 194). Um final-começo.

            Leia este livro!! Além disso, o filme que adapta o livro, lançado em 2007, está disponível na íntegra no Youtube.

 

Referências:

COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia de Bolso, 2015.

*Descrição 1: Desenho reproduzindo uma cena do filme Terra Sonâmbula, retratando o menino Muindinga e o velho Tuahir em pé, cara-a-cara, olhando um para o outro. No fundo o céu em tinta azul se contrasta com a terra, amarela, e entre eles algumas árvores estão representadas de forma abstrata. O menino e o velho são negros, sendo que Tauhir apresenta uma barba espessa e cinzenta. Ambos estão vestindo camisas em tons terrosos; o velho também utiliza um boné estilo cap militar e carrega duas bolsas de ombro.

**Descrição 2: Imagem da capa do livro Terra Sonâmbula. A imagem retrata o desenho de um ônibus ao lado de uma árvore, ambos em preto, como se a cena fosse à noite, e ao fundo um azul profundo representando o céu ao anoitecer. Os troncos da árvore contêm bolas laranja, como se representando luzinhas, e no mesmo tom de laranja está o nome do autor, Mia Couto, no centro inferior da capa. Acima, no tronco da árvore, lê-se “Terra Sonâmbula” em letras garrafais em branco. Abaixo do título, a logomarca da editora Companhia das Letras.

Tags: comunicaPET

RESULTADO: CURSOS DE LÍNGUAS – PET-Idiomas On-line 2021.2

15/07/2021 21:29

O PET-Letras torna público o resultado do sorteio das vagas para a edição remota dos cursos de línguas do PET-Idiomas. No dia 16/07/2021, cada professor(a) entrará em contato com sua turma via e-mail e será disponibilizado o link para acesso à sala virtual. A confirmação da matrícula será no 1º dia de aula.

 

Para conferir a lista com os(as) alunos(as) sorteados(as), CLIQUE AQUI.

“Manhãs de Setembro”, um retrato necessário.

14/07/2021 20:28

Mayumi Motta Esmeraldino,
Bolsista PET Letras
Letras – Francês

A nova série da plataforma digital Amazon PrimeManhãs de Setembro” estreia a cantora Liniker nas telas cinematográficas e nos envolve em um retrato sensível de uma realidade brasileira ainda muito velada.

Cassandra (Liniker) é a personagem central da trama e nos apresenta uma mulher trans em busca da realização de seus sonhos na grande capital de São Paulo. Tudo parece estar percorrendo caminhos de avanço na vida da personagem, até que uma surpresa inesperada bate à sua porta: Leide (Karine Telles), mulher com quem Cassandra envolvia-se antes da transição de gênero e Gersinho (Gustavo Coelho), o filho de dez anos que Cassandra não sabia existir.

Fonte: Imagem da Internet*

Entre um relacionamento às escondidas e a carreira de cantora, Cassandra passa a viver um conflito que poderia ser típico de qualquer heroína: como controlar o incontrolável? Enquanto persiste na realização de seus sonhos e nega qualquer conexão afetiva com Gersinho, o menino busca incessantemente no ‘’pai’’ o amor e afeto que a vida carente não lhe permite encontrar. Apesar de muitas escolhas falhas, que se tornam justificáveis ao espectador, uma vez que as alternativas são escassas, Cassandra parece ativar (inconscientemente) um “instinto materno” com a aproximação inevitável do filho. A partir daí, em apenas cinco episódio, a trama nos surpreende fugindo das vias óbvias de roteiro nos trazendo personagens comuns da vida real, mas igualmente singulares e complexos.

Assim também se destaca Leide, que traz uma outra perspectiva da mesma história, tão dura quanto a de Cassandra. A vida da mãe solteira, pobre, sem amparo social, sem recursos, que por vezes se mostra imoral, mas que luta incessantemente pela sobrevivência de si e de seu filho. A personagem traz uma outra perspectiva da mesma história e se assemelha à Cassandra quando, por vezes, sem mostra também imoral, sem enquadrar-se no senso comum de “boa mãe’’.

“Manhãs de Setembro” vai muito além de visibilizar a dura realidade da mulher trans, preta e pobre no Brasil, ou da mãe solteira sem qualquer rede de apoio que sofre a pressão social de ser uma super heroína. A série retrata a vida de duas mulheres que, com todas as suas diferenças, lutam em igual perseverança contra as inúmeras adversidades de uma vida nada privilegiada. Cassandra e Leide inspiram encontrar algo a mais, algo que dê sentido à vida, algo que as permita ser quem simplesmente são, algo que parece não lhes ser permitido ter: a liberdade. Assim, com seus caminhos tortos cruzados, os personagens da série encontram entre si a afetividade do amor em todas as suas formas, nas mais puras e nas mais profanas, que não parecia ser possível existir em uma vida tão cinza mas também tão viva.

* Fotodescrição: Imagem com fundo desfocado onde há uma parede de tecidos cintilantes cor de cobre dependurados e um guitarrista sentado olhando para baixo enquanto toca a guitarra. Ao centro da imagem, em foco, uma mulher trans preta (personagem Cassandra) de cabelos cacheados cor de cobre presos em um coque meio solto. Ela veste uma blusa preta de mangas longas e segura um microfone à sua frente, cantando de olhos fechados.

Tags: comunicaPET

Edital 03/2021/PET – Seleção de estudantes não bolsistas, voluntários(as)

08/07/2021 13:41

O PET-Letras torna público o processo seletivo para preenchimento de até 05 (cinco) vagas para estudantes não bolsistas — voluntários(as) — do Programa de Educação Tutorial. Podem se inscrever estudantes dos Cursos de Graduação em Letras da UFSC que tenham disponibilidade de 20 (vinte) horas semanais e que atendam aos requisitos apresentados no Edital 03/2021/PET.

Período de inscrição: 12h00min do dia 09 de julho às 12h00min do dia 15 de julho de 2021.

Divulgação das inscrições homologadas: 16 de julho de 2021, após as 18h00min nesta página.

Inscrições Homologadas:

Gabrielle Souza Santos (20104946) – Letras Francês

Jaíne Miranda Vidal Soares (19102714) – Letras Libras (Lic.)

Sofia da Silva Quarezemin (20207200) – Letras Português

Vitória Tassara Costa Silva (20250213) – Letras Libras (Bel.)

Primeira etapa: 19 de julho de 2021 (sem a presença do candidato)

Resultado da primeira etapa: 19 de julho de 2021 após às 18h00min (divulgação do link para acesso a sala e horário da segunda etapa).

PRIMEIRA ETAPA, CLIQUE AQUI!


Segunda Etapa
: 21 de julho de 2021 (entrevista virtual às 14h00min.).

SEGUNDA ETAPA, CLIQUE AQUI!

 

Resultado Final: 22 de julho de 2021 após às 18h00min nesta página.

RESULTADO FINAL, CLIQUE AQUI!

 

Antes de se inscrever, leia atentamente o Edital.

Conheça mais o PET-Letras, assista ao vídeo (legendas disponíveis).

Seleção de estudantes para os cursos de línguas – PET-Idiomas 2021.2

07/07/2021 12:06

Quer aprender uma nova língua ou aperfeiçoar suas habilidades comunicativas?

Então aproveite essa oportunidade: cursos gratuitos de diferentes línguas!

As inscrições do PET-Idiomas estão abertas das 12h00 do dia 08 de julho de 2021 às 14h00 do dia 14 de julho de 2021.

1) As inscrições somente serão realizadas por meio do sistema de inscrições da UFSC no período indicado acima;

2) Cada candidato poderá se inscrever em SOMENTE UMA TURMA e cada turma terá o máximo de 16 alunos;

3) Os cursos são gratuitos e abertos a todos e todas;

4) Os cursos ocorrerão de forma remota, on-line, através da plataforma WebConf, cujo link será disponibilizado para os alunos no início das aulas;

5) As vagas serão distribuídas por meio de sorteio e o aluno deverá verificar as listas das turmas que serão disponibilizados neste site no dia 15 de julho a partir das 18h00;

6) Durante a primeira semana de aulas (ENTRE OS DIAS 19 E 23 DE JULHO), será realizada uma segunda chamada, caso haja desistências (será considerada desistência a ausência à primeira aula, sem justificativa oficialmente registrada);

7) As aulas têm início previsto para a semana do dia 19 de julho de 2021  e término no dia 24 de setembro de 2021, conforme o cronograma de cada turma;

8) A matrícula será realizada na primeira aula e o aluno deverá se comprometer a frequentar as aulas e concluir o curso, sob pena de não mais poder concorrer a vagas em atividades promovidas pelo PET-Letras;

9) A certificação será concedida mediante 75% de frequência aos encontros e aproveitamento satisfatório, avaliado pelo(a) professor(a).

10) Para ingressar no NÍVEL 2 o aluno deverá ter cursado o nível 1 no PET Idiomas ou possuir as habilidades descritas para o nível 1*, as quais poderão ser avaliadas pela equipe do PET-LETRAS.

11) Para ingressar na turma de CONVERSAÇÃO é necessária fluência mínima no idioma. Os(As) estudantes que não forem fluentes não poderão continuar na turma.

Abaixo você encontra a relação de turmas e horários. Inscreva-se APENAS PARA UMA TURMA

Alemão 1 – Quinta-feira, 10h10-11h40 – Profª. Caroline Elisa Murr

Alemão 2 – Segunda-feira, 18h30-20h00 – Prof. Marcus Vinicius Souza Vieira

Alemão Conversação – Terça-feira, 13h30-15h00 – Profª. Aline Anna Oelgemoeller

Espanhol 1 – Sexta-feira, 16h20-17h50 – Profª. Sarah Ortega e Prof. Kelvinxon Salazar

Espanhol 2 – Quinta-feira, 14h20-15h50 – Prof. Andrés Leonardo Salas

Francês 1 – Segunda-feira, 10h10-11h40 – Profª. Carolina Sayão Lobato Coppetti

Francês 1 – Terça-feira, 12h00-13h30 – Profª. Fernanda da Costa e Profª. Mayumi Esmeraldino

Inglês 1 – Quarta-feira, 14h20-15h50 – Profª. Gabriele Leticia Guerra dos Santos

Inglês 1 – Quinta-feira, 12h00-13h30 – Profª. Moara Zambonim

Inglês 2 – Segunda-feira, 13h30-15h00 – Profª. Alyne Müller

Italiano 1 – Quarta-feira, 18h30-20h00 – Profª. Camila Vicentini Camargo

Italiano 2 – Sexta-feira, 08h20-09h50 – Profª. Giorgia Mendes dos Santos

Libras 1 – Quinta-feira, 16h20-17h50 – Prof. Diogo Pereira e Profª. Andressa dos Santos

Libras 2 – Terça-feira, 10h10-11h40 – Prof. Juan Teixeira Arruda Bandeira

Português para estrangeiros – Terça-feira, 18h30-20h00 – Profª. Kerolyn Pereira Sarate (a turma tem foco em falantes de espanhol como língua materna)

ATENÇÃO: A identificação de inscrições duplicadas em mais de uma turma implicará no cancelamento completo da inscrição.

*Ser capaz de compreender e usar expressões familiares e cotidianas, assim como enunciados muito simples, que visam satisfazer necessidades concretas. Poder apresentar-se e apresentar outros e ser capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. Poder comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante.

Conheça o escritor Antonio Dikele Distefano

05/07/2021 18:52

Camila Vicentini Camargo,
Bolsista PET – Letras
Letras Italiano

Antonio Dikele Distefano é um escritor italiano, filho de pais angolanos, nascido em maio de 1992 em Busto Arsizio, na Lombardia. Cresceu na cidade de Ravenna, na Emilia-Romagna e com seu trabalho visa fornecer um avanço muito necessário no que diz respeito à representatividade negra em seu país.

Autor dos livros Fuori piove, dentro pure, passo a prenderti?; Prima o poi ci abbracceremo; Chi sta male non lo dice; Non ho mai avuto la mia età e Bozze. Prima e seconda parte, é também diretor da Esse Magazine e roteirista da série Zero, lançada em abril de 2021 na Netflix, baseada em seu penúltimo livro publicado Non ho mai avuto la mia età.

Fonte: Montagem feita pela autora a partir de fotos retiradas do Instagram oficial de Antonio Dikele Distefano e de imagens da internet.*

Publicados pela editora Mondadori, e ainda não traduzidos no Brasil, seus livros abordam temas super importantes como o racismo, os relacionamentos inter-raciais e a questão imigratória na Itália, além de os desafios relacionados à infância e à adolecência, relacionamentos em geral e questionamentos existenciais.

A série Zero, escrita por Dikele Distefano, nos traz uma narrativa um pouco diferente. Trata-se de uma série de super-herói, com elenco majoritariamente negro, em que temos um garoto tímido que consegue ficar invisível para ajudar a salvar seu bairro junto aos amigos que conhece durante o desenrolar da trama.

Já a revista digital Esse Magazine é um espaço de divulgação e discussão sobre a música e a cultura urbana na Itália.

Por enquanto é isso que posso apresentar a vocês! Espero ter trazido boas recomendações e sugiro que não esqueçamos esse nome, pois muitos projetos de Dikele Distefano ainda estão por vir. No mais, vamos torcer para que sua obra seja traduzida, em breve, para o português brasileiro para que alcance, assim, cada vez mais leitores!

*fotodescrição: Há seis imagens na montagem. No canto superior esquerdo, foto de Antonio Dikele Distefano, homem negro, que sorri abertamente apoiando seu rosto em sua mão direita, vestindo camiseta e touca preta. No centro superior, a capa do livro Bozze: Prima e seconda parte, azul clara com um desenho de uma mulher abraçando um homem pelas costas. No canto superior direito, foto de Antonio Dikele Distefano com um semblante sério, vestindo moletom e touca rosa, segurando uma flor rosa em frente ao seu olho esquerdo. No canto inferior esquerdo, a capa do livro Non ho mai avuto la mia età, em que há um menino negro de olhos fechados com um semblante triste, com um dedo de uma pessoa branca apontado para o seu rosto. No centro inferior, foto de Antonio Dikele Distefano tirada de baixo com o céu azul ao fundo, com um semblante sério, mordendo o lábio inferior, vestindo blusa branca e chapéu azul. No canto inferior direito, a capa da série Zero, em que há um grupo de pessoas viradas para a câmera, uma construção cinza ao fundo e em primeiríssimo plano vultos como se pessoas passassem rapidamente diante do grupo.

Tags: comunicaPET

Revista Preguiça do PET-Letras – 3ª edição

30/06/2021 16:29

Preguiça, a revista (des)acadêmica do PET Letras, foi pensada, inicialmente, para proporcionar a interação social e criativa dos alunos de diferentes fases dos cursos de Letras.
Surge, então, como um meio de divulgação local das produções literárias dos estudantes, oferecendo um estímulo à produção criativa, por disponibilizar um veículo institucionalizado para a divulgação de ideias dos alunos; e que gerasse reconhecimento e identificação dos seus autores.
Logo em sua primeira edição, a Revista Preguiça passou a receber textos escritos por alunos de todos os cursos de graduação da UFSC, possibilitando, então, a integração das mais diversas áreas, que se voltam para um mesmo objetivo, a produção literária.

A terceira edição da Preguiça conta com textos de estudantes de graduação em Letras da UFSC, de petianos e petianas e, também, de autores externos à Universidade.

Boa leitura!

Revista Preguiça em PDF

*Ilustração por Lara Norões Albuquerque

Confira as edições anteriores:
Revista Preguiça 1
Revista Preguiça 2

#fotodescrição: Logotipo da Revista Preguiça, que consiste em três rostos iguais de um bicho-preguiça, em escala de cinza, do mais escuro, à esquerda, para o mais claro, à direita.