DE FÉRIAS COM O PET | Você nunca se perguntou se os vírus de computador são feitos pelas mesmas empresas de antivírus?

04/02/2023 11:38

Por Andrés Leonardo Salas

Letras-Libras

Bolsista Pet – Letras

Se pensarmos na quantidade de programas maliciosos que estão sendo produzidos cada dia, mais efetivos e poderosos, é preciso que nos questionemos: como as empresas de antivírus conseguem reconhecer e combater esses programas quase que instantaneamente e com tanta efetividade?

Bom, há uns dias escutei uma entrevista de um dos funcionários do laboratório de Kaspersky o entrevistador perguntava a mesma coisa e a resposta foi “interessante”.

Ele começou com uma linha de tempo da evolução dos programas maliciosos ou Malwares. Por volta de 2010, os vírus se criavam principalmente para monetizar anúncios, quer dizer, quando um computador era atingido, se abriam muitas janelas de anúncios “do nada ”,  que deixavam o computador inservível momentaneamente.

Imagem: Malware de anúncios

Descrição da imagem: tela de Windows de uma versão antiga de fundo azul, com muitas janelas de anúncios abertas em inglês

Talvez até você chegou a ser vítima de um desses, certo? Isto acontecia com o fim de monetizar visualizações com os anúncios pagos. Se uma empresa pagasse por uma campanha publicitária nessa época, era muito provável que iam atingir pessoas desesperadas querendo jogar o computador pela janela. Existia outro método mais silencioso, ainda: fazia-se com que os computadores de muitas vítimas formassem parte de uma rede, sem eles perceberem, e trabalharem em conjunto para atacar um alvo específico.

Hoje existem programas mais modernos e rentáveis para os criminosos; o ranzomware é outro tipo de malware o qual tem como objetivo encriptar todos os arquivos do computador das vítimas: fotos, vídeos, documentos, programas etc. Quer dizer que esses arquivos vão ficar impossíveis de ler sem a chave certa. Depois de enviar o vírus, o hacker mandava uma mensagem de recompensa para desencriptar os arquivos em troca de dinheiro.

Uns dos problemas que tinha o browser Internet Explore (graças a Deus, substituído hoje em dia) é que na hora de se executar e navegar na internet ele utilizava componentes do próprio Windows, facilitando o acesso aos malware ao sistema operativo, simplesmente visitando um site qualquer. Hoje, os browsers trabalham em uma espécie de bolha controlada (Sanbox), que não tem acesso ao sistema operativo; assim é mais difícil ser infectado só visitando um site, claro, desde que não seja dado um click ou feito download de nenhum arquivo.

Então, depois do ano 2010 mais ou menos os vírus sofreram uma revolução para gerar dinheiro e não para fazer danos. Por sua vez, os sistemas operacionais ficaram cada vez mais difíceis e complexos, portanto os malwares deveriam atingir o mesmo nível de complexidade e isto requer muito trabalho e um conhecimento profundo especializado.

Só existem vírus para Windows?

O entrevistado Marc Rivero, informa que os vírus para o sistema operativo Windows são mais comuns por questão de mercado, já que quase 90% da população mundial o utiliza; portanto, para os hackers, é mais interessante criar seguir criando malwares para dito sistema operativo. Porém, com a chegada das criptmoedas e com elas a mineração com placas de vídeo, administradas pelo sistema operacional de código aberto, o Linux, hoje é bastante comum na internet malwares para atacar esses sistemas.

Como os antivírus reconhecem um malware?

Um malware nada mais é que uma série de comandos que nem um instalador de Google Chrome; quando você instala um programa, ele diz para o computador: criar um arquivo aqui, outro aqui, substituir, fazer download, dar permissões etc. Então, o antivírus o que faz é analisar os comandos mais comuns dos malwares, pois eles têm uma base de dados onde existem milhares de comandos de desses malwares conseguindo notificar uma ameaça ainda antes de se executar.

A entrevista com Marc me esclareceu muitas dúvidas, e uma delas é que qualquer sistema operacional é vulnerável, ainda os produtos Apple se o mercado deles seguir crescendo.

Por outro lado, algumas recomendações que ele fez:

1)            Ter cuidado com os programas piratas, pois quando o programa é de graça o pagamento são seus dados.

2)            Trabalhar sempre em um usuário que não tenha permissões de administrador.

3)            Manter atualizado o sistema operacional

 

REFERÊNCIA

 

NATE, Gentile. ANTIVIRUS: ¡TODO lo que siempre has querido SABER! 2023. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=SbdO7BAsGq8. Acesso em: 4 fev. 2023.

DE FÉRIAS COM O PET: Criando um mundo dentro de casa com Dungeons and Dragons

29/01/2023 13:37

 

Por Manoela Beatriz dos Santos Raymundo

Bolsista PET-Letras UFSC

Letras – Inglês

 

Desde o lançamento de Stranger Things, a franquia Dungeons and Dragons (ou D&D) vem chamando mais público para sua comunidade e incentivando cada vez mais pessoas a jogarem RPG. RPG (ou Role Playing Game) é um jogo de interpretação, onde o Jogador irá interpretar um Personagem, que o jogador vai criar do jeito que quiser, tomando decisões para as situações em que ele está e conversando com os outros personagens da maneira que ele conversaria. É normalmente jogado usando um conjunto de 7 dados com vários lados e papéis; de resto, é só chamar os amigos e começar uma aventura!

Descrição da Imagem 1: Fundo branco com um conjunto de 7 dados azuis com as bordas em dourado com números estampados em cada um dos lados dos dados. Cada dado possui um número diferente de lados, sendo um deles de quatro lados, um de seis lados, um de oito lados, um de dez lados, outro de dez lados mas com números de 10 a 90, um de doze lados e um de vinte lados no centro da imagem.

Além da função de Jogador, temos o Mestre, ou o DM. Diferente dos outros, o DM não controla um Personagem; ao invés disso, ele é quem inventa e constrói todo o mundo onde a aventura vai se passar, quem irá interpretar os Personagens Não Jogáveis (PNJ ou NPC) e quem irá passar todos os desafios para os jogadores.

Existem diferentes sistemas de RPGs. Dungeons and Dragons é um dos mais famosos, se passando majoritariamente em um mundo medieval, mas existem vários outros sistemas para pessoas que não gostam muito da ideia de um mundo antigo e com magia. Um exemplo é Tormenta, um sistema brasileiro no estilo medieval assim como D&D e que ficou muito famoso no início dos anos 2000.

Descrição da Imagem 2: Ao fundo uma sala em chamas e com destroços. Ocupando boa parte da imagem temos a deusa dragão Tiamat, um enorme dragão de cinco cabeças, uma azul, uma verde, uma preta, uma branca e uma vermelha. No canto superior esquerdo o logo da marca Dungeons & Dragons em vermelho com o “&” em branco e representado por um dragão cuspindo fogo.

Na mesma época de D&D, meados de 1991, começaram a ficar famosos outros sistemas como Vampiro, a Máscara (voltado a um mundo cheio de vampiros e outras criaturas fantasiosas), O Chamado de Cthulhu (um sistema de investigação e terror, com monstros além da nossa compreensão) e mais tarde Pathfinder (também com um mundo medieval).

Existem muitos sistemas com mundos específicos para agradar cada tipo de jogador. Por exemplo, para aqueles que preferem um mundo mais atual, mas ainda assim com um pouco de magia e criaturas sobrenaturais, temos o Ordem Paranormal RPG, um sistema brasileiro criado pelo youtuber e streamer Rafael Lange (Cellbit), em 2021, que se passa num Brasil onde monstros e lendas podem se tornar reais e afetam nosso mundo de diversas maneiras. Nesse contexto, uma organização, a Ordo Realitas, pretende impedir que o “paranormal” venha para nosso mundo.

Descrição da Imagem 3: Fundo num corredor escuro. Quatro personagens na frente sendo eles, da esquerda para a direita: Elizabeth Webber, uma mulher de pele branca, cabelo curto preto, usando um jaleco branco e luvas azuis, segurando uma pistola; Thiago Fritz, um homem branco de cabelo marrom curto em topete, vestindo uma camiseta social vermelha com um colete e gravata pretos, segurando uma lanterna; Daniel Hartmann, um homem branco com o cabelo ruivo raspado dos lados e preso em um rabo de cavalo curto, com uma barba longa e vestindo uma jaqueta cinza, segurando uma lanterna enquanto ilumina um livro na outra mão; e Alexsander Kothe, um homem alto de pele negra, cabelo raspado, com um pequeno óculos redondo, moletom amarelo e jeans escuro. A frente deles, em letras grandes e brancas está escrito “A Ordem Paranormal, O RPG”.

Mas se você não sente que sabe o suficiente ainda ou quer mais uma dica para se divertir durante as férias, mas não está afim de jogar, que tal assistir outras pessoas jogando? Existem várias pessoas que além de jogarem com seus amigos também jogam e filmam seus jogos e publicam vídeos no Youtube desses jogos. Alguns exemplos famosos são o Critical Role, o Ordem Paranormal e o Jovem Nerd sendo os dois últimos brasileiros.

Descrição da Imagem 4: Fundo preto, centralizado na frente, um desenho branco de um dado de 20 lados comumente usado em jogos de RPG. No meio do dado está escrito “Critical Role” com o “t” em formato de espada, cruzando o meio do “o” na linha de baixo.

São diversas opções para passar o tempo e se divertir com os amigos durante as férias. E você, qual desses você escolheria para jogar, ou até para ser o DM?

De férias com o PET: A língua artificial de Avatar

24/01/2023 16:37

Por Franciane Ataide Rodrigues

Bolsista PET-Letras UFSC

Letras-Libras

 

Nada melhor que curtir as tão esperadas férias e poder aprender relaxando. Uma ótima opção para isso é um cineminha e o filme Avatar: o caminho da água é uma ótima indicação. O filme já ultrapassou Homem aranha: Sem volta para casa e se tornou a sexta maior bilheteria do cinema!

 

A imagem é um poster de divulgação de filme. Há um rosto de uma criatura azul com olhos verdes e seu cabelo esvoaçando; a criatura está com olhar fixo e atento. No rosto desse ser também é possível identificar pontos iluminados e traços luminosos esbranquiçados que atravessam diagonalmente o rosto em destaque. No canto inferior esquerdo o título do filme, em letras azuis, “Avatar: o caminho da água” e data de lançamento do filme “15 de dezembro “. No canto inferior direito, os lábios entreabertos da criatura.

 

 

A narrativa passa no universo de Pandora, que contêm diversidade de biomas, tribos, tradições e línguas. Para dar veracidade à Pandora, uma das ferramentas utilizadas foi a criação de línguas artificias, o que deve interessar a quem estuda Letras.

Na’vi é uma língua criada para os habitantes de Pandora, o idioma foi criado pelo linguista Paul Frommer, que tem doutorado em Linguística e é professor da Universidade do Sul da Califórnia. Para o diretor do filme, James Cameron, a língua deveria ser aprendida pelos personagens ficcionais e pronunciada pelos atores reais, e não se assemelhar a nenhuma língua humana.

O processo de criação de Na’vi começou em 2005, a partir de trinta termos com sonoridade semelhante à das línguas polinésias, Frommer criou um “vocabulário alienígena” composto por mil palavras, com estruturas sintáticas e morfológicas emprestadas de diversas línguas. Também foi estabelecido contraste de tons, vogais com diferentes durações e consoantes ejetivas. Para fugir da semelhança com línguas derivadas do latim ou do germânico e se tornar estranha aos ouvidos ocidentais foram excluídos sons comuns dessas línguas como B, D, G, e CH, e foram incluídos grupos de sons dificilmente utilizados em idiomas acidentais como Kx, Tx e Px. Sons produzidos com a língua e lábios sem ajuda dos pulmões foram fundamentais; a presença de infixos e o uso de modificadores de verbos no meio das palavras em vez de no início ou final delas também.

Em 2009, ano de lançamento de Avatar, Na’vi contava com um vocabulário de mais ou menos mil palavras, mas o entendimento gramatical da língua estava limitado apenas a Fromme; por esse motivo ele criou o blog Learn Na’vi , onde é possível entender as regras gramaticais, detalhes da fonética, fonologia, textos e poemas já redigidos na língua. Hoje estima-se que o vocabulário de Na’vi seja de duas mil palavras e que possua cinquenta a cem pessoas que se tornaram fluentes em sua fala e escrita.

Na sequência do filme Avatar: o caminho da água, o que é mais interessante, foi criada uma nova língua artificial, a Língua de Sinais Na’vi , por CJ Jones, ator americano bastante conhecido por suas contribuições para a representação dos surdos no cinema, na TV e em Hollywood. A língua de sinais Na’vi (NSL) foi produzida para ser usada ao longo do filme, provavelmente pelo Clã Metkayina, um clã que vive nos recifes de Pandora. Por viverem submersos, o clã se beneficiaria de uma língua de sinais para se comunicar.

 

 

Agora é só aprender essas novas línguas artificiais e viajar nas férias no mundo de Pandora.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

BOASSI, Hanna. Línguas artificiais: Você sabe o que são? 2022. Disponível em: https://petletras.paginas.ufsc.br/2022/05/15/linguas-artificiais-voce-sabe-o-que-sao. Acesso em: 19 fev. 2023.

 

MARGARITA, Diana. Língua artificial do filme Avatar. 2013. Disponível em: http://www.tradutoradeespanhol.com.br/2013/01/lingua-artificial-do-filme-avatar.html?m=1. Acesso em: 19 jan. 2023.

 

LEAR NA’VI SING LANGUAGE. Produção de Cj Jones. [S.I.], 2022. son., color, legendado. Disponível em: https://youtube.com/playlist?list=PL9R-Yt3TTkd5J582DdQwVzIDAneQvzCzY.  Acesso em: 19 jan. 2022.

 

MURANO, Edgard. A língua de Avatar. 2010. Disponível em: https://edgardm.wordpress.com/2010/03/18/a-lingua-de-avatar/. Acesso em: 19 jan. 2023.

 

 

 

DE FÉRIAS COM O PET: One Day at a Time: se sinta parte da família Alvarez

13/01/2023 09:29

Por Hanna Boassi

Bolsista PET-Letras UFSC

Letras – Português

 

Você está de férias e não sabe mais o que fazer para sair da monotonia? Vou te apresentar uma família muito interessante e talvez você queira fazer parte da rotina deles.

Em 2017, a sitcom One Day at a Time foi estreada pela Netflix, nela acompanhamos o cotidiano de uma família hispano-americana nos Estados Unidos. A família Alvarez é composta por Penélope (Justina Machado), uma enfermeira e ex-militar e mãe solo, Lydia (Rita Moreno), sua mãe, que se mudou para os Estados Unidos com seu falecido marido após ter fugido de Cuba, e seus dois filhos, Elena (Isabella Gomez), a mais velha, militante e estudiosa, e Alex (Marcel Ruiz), o caçula, que é mimado pela a avó – ou, para eles, Abuelita.

Além da família, outros personagens muito presentes nos episódios são Schneider (Todd Grinnell), dono do prédio onde a família mora, e o Doutor Berkowitz (Stephen Tobolowsky), chefe de Penélope e par romântico de Lydia.

Descrição da imagem: Em um fundo amarelo, podemos observar os personagens da série One Day at a Time centralizados na foto. À esquerda se vê Elena, uma mulher de cabelos longos e castanhos, vestindo uma jaqueta azul sobre uma camisa cinza; ela usa óculos e está olhando para sua direita, onde se encontra Lydia, sua avó, que tem cabelos curtos e castanhos, também usa óculos e veste um vestido azul claro. Ao lado direito de Lydia se vê Penélope, que tem cabelos médios castanhos e cacheados e está vestindo uma camisa verde. Na ponta direita se vê Alex, que tem cabelos curtos e castanhos e veste uma camisa xadrez cinza. Atrás da família se vê Schneider, que tem cabelos e barba castanhos, utiliza um óculos e uma camisa azul clara, e o Doutor Berkowitz, personagem secundário da série, careca, utiliza um óculos e uma camisa vermelha.

Esse é o tipo de série que você escolhe ver quando precisa de certo conforto, mas, além de ela fornecer esse carinho, ela também consegue abrir nossos olhos para temas de extrema importância. A série aborda em seus episódios temas importantes como xenofobia, homofobia, depressão, ansiedade, religião, sempre de uma forma bem humorada. No desenvolvimento dos personagens e de seus relacionamentos é possível se identificar sempre em alguma situação em que nos reconhecemos, já que os autores tentam retratar de forma suave a relação familiar entre eles, com conflitos que todos temos em casa.

Além de gargalhadas, tenho certeza que você vai se emocionar com a família Alvarez, principalmente com as descobertas de Elena e Alex sobre a vida e o mundo. Infelizmente, após três temporadas, a série foi cancelada pelo serviço de streaming Netflix.  Foi “resgatada” pela Pop para uma quarta temporada e, depois, cancelada novamente. Apesar disso, e pelo grande sucesso da série, muitos fãs lutam pelo seu retorno. Tenho certeza que é uma série que vale seu tempo de lazer e que pode te proporcionar momentos maravilhosos. Assim como cada fã, após alguns episódios, você vai se sentir parte dessa família.

 

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