DE FÉRIAS COM O PET | A figura feminina no conto “O Caso de Rute”, de Júlia Lopes de Almeida

22/01/2024 10:20

Por Izabel Bayerl Bonatto

Letras-Português

Bolsista PET – Letras

 

O conto O Caso de Rute, publicado em 1903, está presente na coletânea de contos Ânsia Eterna, que foi escrita por Júlia Lopes de Almeida, e tem como ponto central o entrelaçamento entre a pureza e a violação. A autora apresenta no conto traços do Romantismo, apesar de pertencer ao Realismo, além de trazer elementos góticos para o texto, dando voz à personagem feminina Rute, abordando criticamente a questão do casamento arranjado e questões sociais relevantes para a época na qual o conto foi escrito.

Descrição da imagem: o fundo da foto é todo num tom de roxo azulado; na parte superior está escrito na cor branca “O caso de Rute” e abaixo na cor preta “Júlia Lopes de Almeida”. No canto inferior direito há uma imitação de pagina rasgando que revela a parte de trás da cabeça de uma mulher branca de cabelos escuros.

É contada a história de Rute, uma mulher branca de 23 anos e de boa classe social, que está prometida como noiva para Eduardo Jordão; porém, a jovem guarda um grande segredo. Logo que Ruth é apresentada a seu noivo, a baronesa Montenegro começa a tecer elogios sobre o quanto a moça é bondosa, recatada, digna, instruída e de boa educação. Toda essa apresentação acerca da jovem remete ao que a sociedade esperava da figura feminina na época, uma mulher passiva e servente do marido e família. “[…] Eram, com isso, apagadas, no sentido de que sua subjetividade era completamente desconsiderada em função do outro, o sujeito masculino, e em função de manter os status quo daquela sociedade” (Dias, 2019, p.150).

Outro ponto a ser destacado ocorre na história assim que Rute fica a sós com Eduardo e ela revela que não quer enganá-lo, afirmando que não é mais “pura”: “– Eu não sou pura! Amo-o muito para o enganar. Eu não sou pura!” (O Caso de Rute, p.30). Ela descreve o ocorrido: há 8 anos seu padrasto, já falecido, dominava-a; a vontade dele era a mesma da dela. Ao mesmo tempo que ela lastima o ocorrido, também não se absolve de sua culpa e em nenhum momento diz ter lutado contra aquilo: “– É isto a minha vida. Cedi sem amor, pela violência; mas cedi.” (O Caso de Rute, p.31). É possível notar que a personagem espera que Eduardo cancele o noivado e a culpe por não ser mais virgem, mas não é o que acontece. Ele perdoa Rute mesmo sem ela ter pedido esse perdão.

Neste ponto da história ocorre uma espécie de fluxo de consciência de rapaz, seus pensamentos travam uma batalha entre a violência que acabara de descobrir, a morte do padrasto dela e o amor que há entre os dois. Além disso, agora perdoada e com o casamento ainda prometido, ocorre outro fluxo de consciência, mas agora de Rute: o perdão de Eduardo a revoltava, e ela ponderava sobre a possibilidade dele a repelir no futuro, mesmo ele prometendo que esqueceria do ocorrido. Com isso, vieram à sua mente pensamentos suicidas:

Rute pensou em matar-se. Viver na obsessão de uma ideia humilhante era demais para a sua altivez. Desejou então uma morte suave, que a levasse ao túmulo com a mesma aparência de cecém cândida, de envergonhar a própria sensitiva. (O Caso de Rute, p.33)

E realmente a protagonista cumpre com seu desejo, suicida-se. Em seu velório, uma mesma voz repetia que a jovem iria ficar com o falecido padrasto, no mesmo jazigo. Eduardo, pensando que a noiva havia se matado para ir de encontro com o antigo amante, teve um surto de ciúmes somado ao sentimento de posse, tal como Rute sabia que em algum momento aconteceria: “E a todos que acudiram nesse instante pareceu que viam sorrir a morta em um êxtase, como se fosse aquilo que ela desejasse…” (O Caso de Rute, p.34)

Por fim, a respeito de O caso de Rute, Dias (2019) ainda destaca:

Ademais, podemos dizer que, com muita delicadeza, Júlia Lopes de Almeida de fato retratou devidamente a condição da mulher naquela sociedade, denunciando as situações degradantes as quais as mulheres estavam submetidas. Através de personagens masculinas que ocupavam posições de destaque, como o Barão, a autora critica sutilmente a reafirmação de valor que se costuma dar a essas pessoas e os privilégios que os sujeitos do sexo masculino usufruem com sua imagem, em consonância com o silenciamento e a negativização da imagem das mulheres.(p.158)

 

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Júlia Lopes de. O Caso de Rute. In: ALMEIDA, Júlia Lopes de. Ânsia Eterna. 2. ed. rev. Brasília: Senado Federal, 2020.   p. 27-34.

DIAS, Ana Paula Pereira. A representação do feminino no conto O caso de Rute, de Júlia Lopes de Almeida. Revista Porto das Letras, Tocantins, v. 05, n. 03, p. 147-160, 2019. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/download/8025/16014. Acesso em: 21 jan. 2024.

 

 

DE FÉRIAS COM O PET | Linguística Popular/Folk linguistics e sua difusão

16/01/2024 10:37

Por Hanna Boassi

Bolsista PET-Letras | IC/CNPq

 

O termo linguística popular é associado a denominações anglo-saxônicas que envolvem o termo folk, traduzido para o francês como popular, espontâneo, inexperiente, profano ou ordinário, remetendo também à linguística do senso comum. Baronas (2019), no seu artigo Seis sabres e três quartos que você (interessada/o em questões de Linguagem) precisa aprender sobre Linguística Popular/Folk Linguistics diz que, por ora, chamamos de popular o saber espontâneo dos atores sociais sobre o mundo, que se diferencia do saber acadêmico ou científico, assim como o saber prático se diferencia do saber teórico. Ou seja, os saberes populares não passam por investigações científicas que os provam como verdade, mas dependem da crença desses atores sociais para que sejam um senso comum: “Os sentidos pejorativos geralmente apensos ao termo popular fazem parte do escopo dos estudos da linguística popular e podem se tornar um importante objeto de estudo para esse domínio.” (Baronas, 2019, p. 4) A linguística popular, por sua vez, não diz respeito apenas à linguística em sua legitimidade, mas abrange ao uso da língua em situações corriqueiras, de pessoas que não estão dentro da área acadêmica e científica.

Neste mesmo artigo,  Baronas  traz o exemplo de um trabalho de não-linguistas sobre a língua, o Aurélia – A Dicionária da Língua Afiada. Publicado em 2006, a “dicionária” foi elaborada por dois jornalistas, Fred Libi e Vitor Angelo Scippe, sendo uma paródia do famoso dicionário Aurélio. A dicionária explica expressões utilizadas no dialeto pajubá, que é utilizado pela comunidade LGBTQIA+ de falantes da língua portuguesa, destacando falantes do Brasil. O intuito desta obra é entrar no espaço que os dicionários tradicionais ocupam, ser utilizada como uma ferramenta útil para a sociedade.

A Aurélia mostra então que as obras possuem línguas próprias, ou melhor, que as textualizações, os discursos têm as suas próprias línguas, não em termos de morfologia, léxico ou sintaxe, que são únicos para uma determinada língua, mas destacando ou silenciando certos sentidos, autorizando ou não certas leituras, interpretações, determinadas co-enunciações e co-enunciadores e, especialmente, evidenciando a existência de um tipo particular de corporeidade linguística que advêm dessas próprias línguas. (Baronas, 2019, p. 13)

Descrição de Imagem: uma capa de livro com fundo amarelo, onde se enxerga o desenho de um rosto feminino gritando e com uma expressão brava. Na parte superior se lê “1300 verbetes” e logo abaixo “Aurélia, A Dicionário da Língua Afiada”. Em uma forma oval laranja, os nomes dos autores: Angelo Vip e Fred Libi e abaixo outra forma oval, desta vez vermelha, onde pode se ler “24º edição, tá, meu bem?”. E por fim, no canto inferior direito o logo da Editora da Bispa.

 

É interessante pensar que, mesmo de uma perspectiva folk,  os jornalistas conseguiram descrever o pajubá, colocando-o no meio dos dicionários – entendidos como  produtos tecnológicos que têm como objetivos silenciar outras formas de sentido que não as que são “autorizadas” por eles mesmos. Aqui, porém, estamos no campo das resistências.

Algo que faz parte da linguística popular nos dias atuais são as expressões que aparecem na rede social X (antigo Twitter), que foram se popularizando cada vez mais na era digital. Em 2018, Vivian Macedo publicou, na plataforma de jornalismo social Medium, um chamado Pequeno dicionário do twitter caprichete, explicando as principais expressões que eram utilizadas no ano de 2018 na rede social.

 

Descrição de Imagem: Trecho do texto de Vivian na plataforma medium onde se vê uma captura de tela do Tweet de @MARIATOSCANO15 onde se lê “NACLARA PELA ENÉSIMA VEZ DIZENDO ‘AMANHÃ VOU PRA ACADEMIA’ A CARA NEM TREME!!!” e acima a explicação de Vivian para a expressão utilizada “A cara nem treme: Expressão usada quando a pessoa está mentindo e nem se abala com isso.”

Outro perfil muito popular na rede X é o Greengo Dictionary, um perfil voltado para traduzir de forma literal e explicar expressões brasileiras, como vemos abaixo:

Descrição de imagem: Em um fundo verde, um verbete de dicionário:

“train (variations)

train /trem/ 1 (n.) in General Mines, a word that represents basically

anything, except actual trains.

ugly train /trem fei/ 1 (exp.) something complicated, difficult.

good train/trem bão/ 1 (exp.) a pleasant situation

big train /trenzão/ 1 (n.) someone impressively beautiful.

lil’ train /trenzin/ 1 (n.) affectionate way to refer to somebody.

crazy train /trem doido/ 1 (exp.) a mad situation.

a train like this has no fitting/ num tem cabimento um trem desse/

1 (exp.) that’s not possible, unbelievable.”

 

Criado pelo designer gráfico Matheus Diniz, nele são selecionadas expressões brasileiras populares que referenciam acontecimentos do momento. O exemplo dado acima da expressão trem foi realizado no dia 12 de dezembro, aniversário de Belo Horizonte, onde a expressão é mais utilizada. “A escolha de traduzir as expressões brasileiras para o inglês não é aleatória e se apresenta como uma estratégia de divulgação cultural” (Silva, 2021, p. 89).

Como se vê, os estudos de Linguística Popular/Folk Linguistics podem contribuir na compreensão do uso da língua como objeto social e colocar em discussão a univocidade dos saberes sobre a língua. É interessante ouvir além de linguistas, mas também pessoas “não autorizadas” a falarem sobre esse “objeto” – uma tarefa que folk pretende realizar.

 

REFERÊNCIAS

BARONAS, Roberto Leiser. Seis saberes e três quartos que você (interessada/o em questões de Linguagem) precisa aprender sobre Linguística Popular/Folk Linguistics. Piqueling, 2019. Disponível em: https://www.piqueling.ufscar.br/publicacoes/linguistica-popular-prof-roberto-baronas. Acesso em: 13 jan. 2024.

MACEDO, Vivian. Pequeno dicionário do twitter caprichete. 12 abr. 2018. Medium: @vihvs. Disponível em: https://medium.com/@vihvs/esse-pequeno-dicion%C3%A1rio-explica-as-principais-express%C3%B5es-que-aparecem-no-twitter-e-para-ajudar-a-816fb0c7b9a6. Acesso em: 13 jan. 2024.

SILVA, Priscila Aline Rodrigues. Linguística Popular e Análise do Discurso: possibilidades de diálogo entre línguas e teorias com Greengo Dictionary. Porto das Letras, [S. l.], v. 7, n. 4, p. 83–103, 2021. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/12854. Acesso em: 13 jan. 2024.

 

Posso olhar o cardápio, por favor? – Resenha de “Jantar Secreto”, de Raphael Montes

30/07/2023 10:48

Por Hanna Boassi

Letras – Português

Bolsista PET-Letras

Jantar Secreto é um romance publicado em 2016 pela editora Companhia das Letras. Escrito pelo autor brasileiro Raphael Montes que, além de escritor é advogado e também autor dos livros Suicidas (2010), Dias Perfeitos (2014), O Vilarejo (2015) e Bom Dia, Verônica (2016) – este último, que ganhou uma adaptação para uma série na Netflix em 2020.

A narrativa de Jantar Secreto ocorre no ponto de vista de um dos protagonistas Dante, estudante de administração, que se muda do interior do Paraná para o Rio de Janeiro. Junto de seus amigos, alugam um apartamento e começam a dividir as despesas. Para se manter na cidade, Dante passa a trabalhar em uma livraria em seu tempo livre. Dos outros protagonistas temos: Miguel, estudante de medicina, Hugo, chefe gastronômico e Leitão, estudante de computação.

 

Descrição da imagem: em um fundo branco, no centro se vê um prato, também branco, sujo de sangue. Sobre o prato, em preto, se lê “Jantar Secreto” e abaixo, em letras vermelhas, o nome do autor “Raphael Montes”. Mais abaixo, em letras menores e cinzas, “autor de Dias Perfeitos”. Centralizado, na parte superior da capa, lê-se “Raphael Montes é capaz de alias a atmosfera de suspense se um filme de Alfred Hitchcock ao humor negro de Quentin Tarantino – THE GUARDIAN”. E, por fim, centralizado na parte inferior, a logo da editora Companhia das Letras em cinza.

 

A história se inicia alguns anos depois de se mudarem para o Rio, quando Dante recebe uma ligação do corretor do apartamento informando que o aluguel não estava sendo pago há seis meses; o corretor informa que se não pagassem a dívida teriam que deixar o apartamento.

Desesperados por uma solução, Hugo conta de um site que chefes proporcionam experiências gastronômicas dentro de suas casas direcionadas à elite carioca e propõe que os amigos o ajudem a organizar alguns jantares para que possam juntar o dinheiro necessário. Todos concordam e cada um ficaria encarregado de uma tarefa para que os jantares ocorressem. Hugo cozinharia, Dante e Miguel recepcionaram e serviriam os convidados e Leitão ficaria encarregado da divulgação no site. Os amigos só não esperavam que a tarefa de Leitão os colocaria em uma situação difícil.

O livro é bem construído, Dante é um ótimo narrador, faz que o leitor se envolva na história junto com ele. Raphael consegue construir a narrativa de forma fluida. O livro é rico em detalhes e cheio de reviravoltas. Não o achei previsível em nenhum momento, o que fez com que me prendesse mais a cada página. A construção dos capítulos se intercala entre a narrativa de Dante, cartas, conversas de WhatsApp, listas e etc. Isso faz com que o contexto seja muito mais completo e interessante.

Não é um livro para pessoas sensíveis, mas se você procura por uma história de suspense que prenda sua atenção, sugiro que reserve sua cadeira para esse jantar de tirar o fôlego.

DE FÉRIAS COM O PET | Três jogos para se divertir sem se esforçar muito

25/07/2023 18:30

Por Izabel Bayerl Bonatto

Letras – Português

Bolsista PET – Letras

As férias estão quase acabando e isso parece ser o impulso que precisava para aproveitar os últimos dias restantes no conforto do seu lar, porque talvez você, assim como eu, também prefira aproveitar esse tempinho de folga sem ter muita movimentação na sua rotina. Por esse motivo, vim recomendar três jogos para se divertir, talvez até passar um pouquinho de raiva, e curtir o tempo livre com baixa probabilidade de ter que usar muito o cérebro para fazer qualquer coisa.

 

  1. The Sims 4

Descrição de Imagem 1: a imagem mostra quatro bonecos do jogo the sims. Da esquerda para a direita, o primeiro deles é uma garota de pele branca e cabelo rosa longo, com um pequeno coque que prende uma parte do cabelo. Ela veste uma jaqueta de cor amarela  e sorri olhando para o lado. O segundo é uma garota de pele branca e cabelo loiro com franja. Ela usa uma touca azul e veste uma camisa verde. O terceiro é um garoto com cabelo castanho. Ele veste uma camisa branca, um casaco azul, um cachecol cinza e usa diversas pulseiras coloridas no braço. Ele também está segurando uma câmera fotográfica com a mão direita. O quarto é uma garota de pele negra e cabelo preto curto. Ela veste uma jaqueta laranja, segura um celular na mão e olha com interesse para o lado direito. O fundo da imagem mescla dois tons de azul, um claro e outro mais escuro. Acima dos bonecos está escrito em letras brancas “The Sims 4”, e ao lado direito do nome, o símbolo verde dos sims.

 

The Sims 4 é um jogo de simulação de vida criado pela Electronic Arts, o qual dá ao jogador o poder de criar e controlar tudo a respeito de seus personagens Sims. Nele existem diversas possibilidades jogáveis, que permitem ao jogador explorar sua criatividade; é possível construir casas, criar familias, definir sua carreira profissional e universitária, realizar tarefas do dia a dia dos Sims, entre diversas outras.

O jogo básico do The Sims 4 está disponível gratuitamente em diversas plataformas como PCs, algumas versões da PlayStation e do Xbox, porém seus pacotes de expansão, que trazem mais opções de vida para os Sims, são pagos.

 

  1. BTS Island: In The SEOM

Descrição de Imagem 2: o fundo geral é azul claro, na parte de baixo o azul escuro imita o mar e na parte de cima está o nome do jogo na cor branca “BTS Island: In The SEOM”. No centro da imagem está uma baleia roxa e em cima dela quatro membros do grupo, um de cabelo azul claro e blusa preta e short azul claro; um de cabelo preto, blusa verde e branca e short azul claro (tem um gato marrom claro na sua cabeça); outro de cabelo castanho médio, blusa branca e short azul claro segurando uma vara de pesca (tem um gato branco do seu lado); o outro tem cabelo claro e usa uma blusa branca. Do lado direito há um integrante do grupo com o cabelo loiro e short azul apoiado numa bola de praia em tom de amarelo e branco e tem um gato marrom claro e escuro perto dele; do lado direito há os dois últimos integrantes. Um deles está segurando a ponta da vara de pesca e tem cabelo castanho e usa uma blusa azul, uma camisa florida rosa e short azul; e o último tem cabelo castanho escuro e usa camiseta laranja, está dentro de uma boia de praia laranja mais escuro e segura outro gato branco.

 

BTS Island é um jogo feito para Android e IOS que te dá possibilidade de desfrutar de uma experiência única na ilha com o BTS. É um jogo projetado para você conhecer mais sobre a história do grupo enquanto decora a ilha com seu próprio gosto; para isso, é preciso jogar um match-3, onde basicamente você precisa combinar 3 ou mais da mesma cor para coletar as estrelas e utilizá-las para realizar as missões que envolvem diálogos e cutscenes com os membros do BTS.

 

  1. Amor Doce

Descrição de Imagem 3: o fundo é azul escuro com um efeito de raio solar em tom de azul mais claro e pontos de luz brancos espalhados pela imagem, além de três pequenos corações duplos vermelhos e brancos. No centro, está a logo do jogo, “Amor Doce” em vermelho, branco e marrom; do lado direito da logo, há o desenho de um cupcake vermelho branco e marrom e um coração vermelho com contorno branco.

Por último, temos Amor Doce. É um jogo de simulador de romance e paquera, disponível para Android, IOS e PCs, onde seu objetivo é conquistar os seus personagens favoritos enquanto vive aventuras românticas ao longo dos episódios. Dependendo das suas escolhas, a história final é alterada.  É um jogo que cativa tanto meninos quanto meninas, pois existe a possibilidade de paquerar personagens masculinos e uma personagem feminina (University Life).

Atualmente, existem divisões jogáveis da vida da sua personagem, com paqueras novos e alguns repetidos. Em ordem cronológica: High School Life, University Life e Love Life, mas ainda existem três versões alternativas para paqueras três personagens que não aparecem na versão original do University Life: Alternate Life – Lysandre, Alternate Life – Kentin e Alternate Life – Armin.

DE FÉRIAS COM O PET | Produções LGBTQIAPN+ para assistir e ler nas férias

19/07/2023 06:32

Por Manoela Beatriz dos Santos Raymundo

Bolsista PET Letras

Letras – Inglês

 

Com o recesso de inverno por aí, nada melhor do que acompanhar algumas séries – como indicamos no texto anterior –  e ler uns livros para passar o tempo! Visto que Junho foi o Mês do orgulho LGBT, por que não estender um pouco e trazer algumas recomendações estrelando casais e pessoas da comunidade LGBTQIAPN+?

 

1 | Vermelho, Branco e Sangue Azul (Livro e Série)

Descrição da Imagem 1: Vemos o desenho de dois rapazes na parte inferior: à esquerda, Alex, um rapaz moreno com cabelos cacheados curtos, vestindo uma blusa polo azul clara, uma jeans azul e um par de tênis vermelhos.  À direita, temos Henry, um rapaz branco, de cabelos loiros, usando uma farda vermelha, com ombreiras douradas e uma faixa azul cruzando o peito e calças e botas pretas. Ocupando a maior parte da capa, o título “Vermelho” (em cor vermelha), “Branco e” (em cor branca) “Sangue Azul” (em cor azul); logo abaixo, está escrito Casey McQuiston, o nome da autora. Acima do título está escrito “Um romance entre a Casa Branca e o Palácio de Buckingham”.

 

Vermelho, Branco e Sangue Azul conta a história de Alex, filho da mais nova presidente dos EUA, e Henry, irmão mais novo do príncipe britânico. Sendo constantemente comparados, a relação inicial dos dois gera intrigas escandalosas. Eles passam um fim de semana juntos fingindo ser melhores amigos, mas não demora para que essa relação evolua para algo a mais.

É um romance divertido e animado de Casey McQuiston,  que recebeu o Goodreads Choice Awards de Melhor Romance em 2019 e será adaptado pela Prime Video, em agosto de 2023 –  mas até lá,  o livro é uma ótima opção para os interessados na história.

 

2  | Heartstopper (Comic e Série)

Descrição da Imagem 2: Num fundo verde claro, vemos 2 rapazes de costas: Nick Nelson, à direita, branco, loiro, cabelos curtos e usando um uniforme escolar verde escuro e uma mochila tiracolo verde-água com listras brancas; e Charlie Spring, à esquerda, branco, cabelos pretos curtos, usando o mesmo uniforme escolar verde escuro e uma mochila de costas vermelha. Um está ao lado do outro e Charlie olha levemente para Nick. Entre eles, temos folhas de outono amarelas caindo.  Em branco, acima dos dois, está escrito “Dois garotos, um encontro. Heartstopper, Volume 1. Alice Oseman”.

 

Heartstopper é um romance de  Alice Oseman, que conta de maneira muito realista o relacionamento de Charlie e Nick, com vários altos e baixos entre os dois – além de termos várias representações LGBTQIA+ dentro do quadrinho com os amigos dos dois.

Charlie Spring é um rapaz muito inseguro por conta do bullying que sofreu por ter se assumido gay. Já Nick Nelson é um garoto popular e membro do time de rúgbi. Os dois passam a se sentar juntos em uma aula e começam a se conhecer cada vez mais, desenvolvendo um grande laço.

Charlie aos poucos começa a se sentir diferente com o novo amigo, mesmo sabendo que Nick é um rapaz hetero e que isso irá só causar frustrações para Charlie; mas o próprio Nick está confuso sobre como se sente em relação a Charlie também. Os dois vão passando tempo juntos e descobrindo cada vez mais que talvez eles dois possam sim ser felizes juntos.

O quadrinho ainda está lançando através de plataformas como Webtoon e Tapas, aplicativos para ler Webcomics. Além disso, uma série de Heartstopper está disponível no catálogo da Netflix, com a segunda temporada já anunciada pela plataforma.

 

3 | The Owl House (Animação)

Descrição da Imagem 3: No fundo, um céu de noite estrelada, com nuvens e uma paisagem de pinheiros vermelhos cercando um pequeno chalé branco e azul. À frente, temos Luz, uma menina de pele morena, cabelos castanhos curtos, vestindo uma blusa azul, jeans e um sapato branco. Ela está segurando um cajado de madeira com o formato de uma coruja e com o outro braço uma pequena esfera de luz. Atrás dela, também voando em cima do cajado, está Eda, uma moça branca de cabelos grisalhos compridos, olhos amarelos e vestindo um vestido vermelho, segurando uma bola de fogo em uma das mãos. Segurando uma das pernas de Eda há King, uma pequena criaturinha peluda, cinza escuro, com um crânio tapando seu rosto e pequenos chifres saindo dela.

 

A série de Dana Terrace conta a história de Luz Noceda, uma garota humana com uma imaginação muito fértil, que adora histórias de fantasias e de bruxas. Um dia, pouco antes de ser mandada para um acampamento de verão, Luz segue uma coruja até uma porta que a leva para outra dimensão, onde monstros e magia existem.

The Owl House não é totalmente focada em romance como as duas primeiras recomendações, mas tem o desenrolar de casais muito bons e cativantes. Diferente de Heartstopper, The Owl House já está finalizado e disponível através da Disney+.

 

4 – Banana Fish (Mangá e Anime)

Descrição da Imagem 4: Num fundo amarelo, se lê, acima, “Banana Fish” em preto vazado, com o rosto de vários personagens do mangá dentro de cada letra. Logo abaixo temos Akimi Yoshida, o nome da autora. Na parte inferior Ash Lynx, um rapaz de pele branca, cabelos loiros curtos e uma cara séria. Ele usa uma blusa branca e segura uma pistola com uma das mãos, apontando para frente.

 

Banana Fish conta a história de Ash Lynx, líder de uma gangue de adolescentes nos EUA, que está à procura de algo chamado “Banana Fish”, para tentar ajudar seu irmão mais velho, que se encontra mentalmente debilitado. Enquanto isso Eiji Okumura, um fotógrafo japonês que foi junto de seu chefe para noticiar a presença de inúmeras gangues nos EUA.

Diferente de uma história romântica, Banana Fish é um mangá de crime e suspense, o romance de Ash e Eiji e seu relacionamento afeta as decisões de ambos durante suas investigações e disputas com outras gangues, mas não é um dos pontos centrais da história.

A obra de Akimi Yoshida tem diversos gatilhos que podem ser sensíveis para alguns tipos de públicos, mas ainda se trata de uma história emocionante e cativante.

 

5 |  Nevermore (Webcomic)

Descrição da Imagem 5: Em um fundo enevoado cinza Annabel Lee, uma moça de pele branca, cabelos loiros longos com as pontas cacheadas, vestindo um uniforme branco e preto. Ela apoia o queixo em suas mãos, enquanto apoia os cotovelos em uma mesa de xadrez, com as peças brancas logo a sua frente. Do outro lado do tabuleiro, como se fosse do tamanho de uma peça, temos Lenore, uma moça de pele branca e cabelos pretos com uma mecha branca na ponta. Ela veste o mesmo uniforme preto e branco e calças brancas, encarando Annabel Lee que a observa de cima como se fosse uma peça de xadrez.

Se você acordasse em uma praia, com nada mais do que uma maleta algemada em seu braço com seu nome escrito, o que você faria? Ficaria do lado de fora com estranhas criaturas perseguindo-o ou entraria em Nevermore Academy?

A narrativa de Nevermore é simples: após acordarem em um lugar estranho, Lenore e Annabel Lee decidem entrar no pátio de uma escola, mas elas não estão sozinhas por lá, aparentemente, irão ter que começar a frequentar o local sob direção dos irmãos Dean.

Mas a calmaria não dura muito. Quando recebem a notícia de que Nevermore Academy se encontra no limbo entre a Vida e a Morte, Annabel e Lenore descobrem que seu objetivo agora é frequentar o lugar e se tornarem dignas para ter uma segunda chance e não ser enviadas para o Vazio. O relacionamento de Lenore e Annabel Lee é conturbado e cheio de reviravoltas intrigantes, que as mantém em um tipo de cabo de guerra, tendo que fingir indiferença entre si enquanto comandam cada uma um grupo de alunos.

A Webtoon de Kate Flynn e Kit Trace tem vários elementos do sobrenatural, com várias referências a obras literárias de terror, mas com personagens cativantes e uma história mais ainda.

 

DE FÉRIAS COM O PET | Rolês para aproveitar o que Floripa tem de melhor antes do fim das férias

09/02/2023 14:33

Por Sofia Quarezemin

Letras – Português

Bolsista PET-Letras UFSC

Com a rotina corrida da faculdade, às vezes até esquecemos que moramos em uma ilha com tantas belezas naturais, né? Conhecer os cantos dessa cidade é uma aventura que vale muito a pena e pra quem chegou há pouco tempo é até difícil saber por onde começar. Nesse “De férias com o PET”, quero compartilhar meus rolês preferidos (até agora) pelo leste da ilha.

Para quem prefere água doce, a cachoeira da Costa da Lagoa é um excelente destino, porque é possível acessar por trilha ou ainda fazer um passeio de barco. O acesso para a trilha da Costa da Lagoa fica no bairro Canto dos Araçás, pertinho do centrinho da Lagoa da Conceição. A trilha dura em média duas horas com um trajeto bastante tranquilo, passando pela natureza exuberante e por algumas construções antigas, que datam da época da colonização. É realmente muito interessante conhecer a história da cidade e ao mesmo tempo ter esse contato com a natureza. Ao final da caminhada, a cachoeira proporciona descanso em águas calmas e tipicamente fresquinhas.

Uma outra opção para acessar a cachoeira é de barco, que também vale muito a pena por ser um passeio com lindas vistas da Lagoa da Conceição, com o valor da passagem a R$12,50. O passeio tem duração de 40 minutos e o ponto de embarque fica na região central da Lagoa, na Avenida das Rendeiras. Para acessar a cachoeira basta desembarcar no ponto 16, onde você também pode aproveitar os restaurantes na beira da lagoa e conhecer os artesanatos produzidos na região. Dalí, é só uma breve caminhada de 10 minutos até o destino final.

Descrição de imagem: A fotografia é feita de dentro de um barco de madeira, o que se pode perceber porque aparece a entrada e as janelas do barco, além de uma boia de cor laranja. Pode-se ver uma paisagem da lagoa em dia ensolarado, a água em tom esverdeado e com muitas árvores, além do céu azul e sem nuvens.

 

Se você prefere o mar, uma opção surpreendente é a Trilha do Gravatá, cujo destino é a Praia do Gravatá. O acesso para a trilha fica no morro da Praia Mole, onde é possível chegar de ônibus. O percurso tem duração média de uma hora e possui trechos um pouco mais intensos de subidas e descidas, com três mirantes em diferentes pontos do caminho. Lá do alto, é possível ver a extensão da Praia Mole e da Praia da Galheta, além, é claro, da Praia do Gravatá, e a melhor parte é se deparar com o infinito oceano que se mistura com o céu no horizonte. Ah, e também dá para acampar em um dos mirantes!

Por fim, a chegada à paradisíaca Praia do Gravatá é a recompensa perfeita para quem gosta de passar um tempo junto à natureza com tranquilidade e com a beleza típica que as praias de Floripa sempre esbanjam.

E aí, que tal aproveitar o último mês de descanso para conhecer mais um pouco da ilha? Não se esqueça que para rolês como esses, é sempre aconselhado levar protetor solar, repelente, algum lanchinho e bastante água! Em especial na Praia do Gravatá, que não possui nenhum tipo de comércio.

 

Descrição de imagem: vista ampla da paisagem em um dos mirantes da trilha. Na imagem, é possível ver uma parte mais próxima com grama e árvores. Mais distante, há uma grande formação rochosa em forma de ponta no mar. O mar e o céu estão azuis e se confundem no horizonte.

DE FÉRIAS COM O PET | Você nunca se perguntou se os vírus de computador são feitos pelas mesmas empresas de antivírus?

04/02/2023 11:38

Por Andrés Leonardo Salas

Letras-Libras

Bolsista Pet – Letras

Se pensarmos na quantidade de programas maliciosos que estão sendo produzidos cada dia, mais efetivos e poderosos, é preciso que nos questionemos: como as empresas de antivírus conseguem reconhecer e combater esses programas quase que instantaneamente e com tanta efetividade?

Bom, há uns dias escutei uma entrevista de um dos funcionários do laboratório de Kaspersky o entrevistador perguntava a mesma coisa e a resposta foi “interessante”.

Ele começou com uma linha de tempo da evolução dos programas maliciosos ou Malwares. Por volta de 2010, os vírus se criavam principalmente para monetizar anúncios, quer dizer, quando um computador era atingido, se abriam muitas janelas de anúncios “do nada ”,  que deixavam o computador inservível momentaneamente.

Imagem: Malware de anúncios

Descrição da imagem: tela de Windows de uma versão antiga de fundo azul, com muitas janelas de anúncios abertas em inglês

Talvez até você chegou a ser vítima de um desses, certo? Isto acontecia com o fim de monetizar visualizações com os anúncios pagos. Se uma empresa pagasse por uma campanha publicitária nessa época, era muito provável que iam atingir pessoas desesperadas querendo jogar o computador pela janela. Existia outro método mais silencioso, ainda: fazia-se com que os computadores de muitas vítimas formassem parte de uma rede, sem eles perceberem, e trabalharem em conjunto para atacar um alvo específico.

Hoje existem programas mais modernos e rentáveis para os criminosos; o ranzomware é outro tipo de malware o qual tem como objetivo encriptar todos os arquivos do computador das vítimas: fotos, vídeos, documentos, programas etc. Quer dizer que esses arquivos vão ficar impossíveis de ler sem a chave certa. Depois de enviar o vírus, o hacker mandava uma mensagem de recompensa para desencriptar os arquivos em troca de dinheiro.

Uns dos problemas que tinha o browser Internet Explore (graças a Deus, substituído hoje em dia) é que na hora de se executar e navegar na internet ele utilizava componentes do próprio Windows, facilitando o acesso aos malware ao sistema operativo, simplesmente visitando um site qualquer. Hoje, os browsers trabalham em uma espécie de bolha controlada (Sanbox), que não tem acesso ao sistema operativo; assim é mais difícil ser infectado só visitando um site, claro, desde que não seja dado um click ou feito download de nenhum arquivo.

Então, depois do ano 2010 mais ou menos os vírus sofreram uma revolução para gerar dinheiro e não para fazer danos. Por sua vez, os sistemas operacionais ficaram cada vez mais difíceis e complexos, portanto os malwares deveriam atingir o mesmo nível de complexidade e isto requer muito trabalho e um conhecimento profundo especializado.

Só existem vírus para Windows?

O entrevistado Marc Rivero, informa que os vírus para o sistema operativo Windows são mais comuns por questão de mercado, já que quase 90% da população mundial o utiliza; portanto, para os hackers, é mais interessante criar seguir criando malwares para dito sistema operativo. Porém, com a chegada das criptmoedas e com elas a mineração com placas de vídeo, administradas pelo sistema operacional de código aberto, o Linux, hoje é bastante comum na internet malwares para atacar esses sistemas.

Como os antivírus reconhecem um malware?

Um malware nada mais é que uma série de comandos que nem um instalador de Google Chrome; quando você instala um programa, ele diz para o computador: criar um arquivo aqui, outro aqui, substituir, fazer download, dar permissões etc. Então, o antivírus o que faz é analisar os comandos mais comuns dos malwares, pois eles têm uma base de dados onde existem milhares de comandos de desses malwares conseguindo notificar uma ameaça ainda antes de se executar.

A entrevista com Marc me esclareceu muitas dúvidas, e uma delas é que qualquer sistema operacional é vulnerável, ainda os produtos Apple se o mercado deles seguir crescendo.

Por outro lado, algumas recomendações que ele fez:

1)            Ter cuidado com os programas piratas, pois quando o programa é de graça o pagamento são seus dados.

2)            Trabalhar sempre em um usuário que não tenha permissões de administrador.

3)            Manter atualizado o sistema operacional

 

REFERÊNCIA

 

NATE, Gentile. ANTIVIRUS: ¡TODO lo que siempre has querido SABER! 2023. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=SbdO7BAsGq8. Acesso em: 4 fev. 2023.

DE FÉRIAS COM O PET: Criando um mundo dentro de casa com Dungeons and Dragons

29/01/2023 13:37

 

Por Manoela Beatriz dos Santos Raymundo

Bolsista PET-Letras UFSC

Letras – Inglês

 

Desde o lançamento de Stranger Things, a franquia Dungeons and Dragons (ou D&D) vem chamando mais público para sua comunidade e incentivando cada vez mais pessoas a jogarem RPG. RPG (ou Role Playing Game) é um jogo de interpretação, onde o Jogador irá interpretar um Personagem, que o jogador vai criar do jeito que quiser, tomando decisões para as situações em que ele está e conversando com os outros personagens da maneira que ele conversaria. É normalmente jogado usando um conjunto de 7 dados com vários lados e papéis; de resto, é só chamar os amigos e começar uma aventura!

Descrição da Imagem 1: Fundo branco com um conjunto de 7 dados azuis com as bordas em dourado com números estampados em cada um dos lados dos dados. Cada dado possui um número diferente de lados, sendo um deles de quatro lados, um de seis lados, um de oito lados, um de dez lados, outro de dez lados mas com números de 10 a 90, um de doze lados e um de vinte lados no centro da imagem.

Além da função de Jogador, temos o Mestre, ou o DM. Diferente dos outros, o DM não controla um Personagem; ao invés disso, ele é quem inventa e constrói todo o mundo onde a aventura vai se passar, quem irá interpretar os Personagens Não Jogáveis (PNJ ou NPC) e quem irá passar todos os desafios para os jogadores.

Existem diferentes sistemas de RPGs. Dungeons and Dragons é um dos mais famosos, se passando majoritariamente em um mundo medieval, mas existem vários outros sistemas para pessoas que não gostam muito da ideia de um mundo antigo e com magia. Um exemplo é Tormenta, um sistema brasileiro no estilo medieval assim como D&D e que ficou muito famoso no início dos anos 2000.

Descrição da Imagem 2: Ao fundo uma sala em chamas e com destroços. Ocupando boa parte da imagem temos a deusa dragão Tiamat, um enorme dragão de cinco cabeças, uma azul, uma verde, uma preta, uma branca e uma vermelha. No canto superior esquerdo o logo da marca Dungeons & Dragons em vermelho com o “&” em branco e representado por um dragão cuspindo fogo.

Na mesma época de D&D, meados de 1991, começaram a ficar famosos outros sistemas como Vampiro, a Máscara (voltado a um mundo cheio de vampiros e outras criaturas fantasiosas), O Chamado de Cthulhu (um sistema de investigação e terror, com monstros além da nossa compreensão) e mais tarde Pathfinder (também com um mundo medieval).

Existem muitos sistemas com mundos específicos para agradar cada tipo de jogador. Por exemplo, para aqueles que preferem um mundo mais atual, mas ainda assim com um pouco de magia e criaturas sobrenaturais, temos o Ordem Paranormal RPG, um sistema brasileiro criado pelo youtuber e streamer Rafael Lange (Cellbit), em 2021, que se passa num Brasil onde monstros e lendas podem se tornar reais e afetam nosso mundo de diversas maneiras. Nesse contexto, uma organização, a Ordo Realitas, pretende impedir que o “paranormal” venha para nosso mundo.

Descrição da Imagem 3: Fundo num corredor escuro. Quatro personagens na frente sendo eles, da esquerda para a direita: Elizabeth Webber, uma mulher de pele branca, cabelo curto preto, usando um jaleco branco e luvas azuis, segurando uma pistola; Thiago Fritz, um homem branco de cabelo marrom curto em topete, vestindo uma camiseta social vermelha com um colete e gravata pretos, segurando uma lanterna; Daniel Hartmann, um homem branco com o cabelo ruivo raspado dos lados e preso em um rabo de cavalo curto, com uma barba longa e vestindo uma jaqueta cinza, segurando uma lanterna enquanto ilumina um livro na outra mão; e Alexsander Kothe, um homem alto de pele negra, cabelo raspado, com um pequeno óculos redondo, moletom amarelo e jeans escuro. A frente deles, em letras grandes e brancas está escrito “A Ordem Paranormal, O RPG”.

Mas se você não sente que sabe o suficiente ainda ou quer mais uma dica para se divertir durante as férias, mas não está afim de jogar, que tal assistir outras pessoas jogando? Existem várias pessoas que além de jogarem com seus amigos também jogam e filmam seus jogos e publicam vídeos no Youtube desses jogos. Alguns exemplos famosos são o Critical Role, o Ordem Paranormal e o Jovem Nerd sendo os dois últimos brasileiros.

Descrição da Imagem 4: Fundo preto, centralizado na frente, um desenho branco de um dado de 20 lados comumente usado em jogos de RPG. No meio do dado está escrito “Critical Role” com o “t” em formato de espada, cruzando o meio do “o” na linha de baixo.

São diversas opções para passar o tempo e se divertir com os amigos durante as férias. E você, qual desses você escolheria para jogar, ou até para ser o DM?

De férias com o PET: A língua artificial de Avatar

24/01/2023 16:37

Por Franciane Ataide Rodrigues

Bolsista PET-Letras UFSC

Letras-Libras

 

Nada melhor que curtir as tão esperadas férias e poder aprender relaxando. Uma ótima opção para isso é um cineminha e o filme Avatar: o caminho da água é uma ótima indicação. O filme já ultrapassou Homem aranha: Sem volta para casa e se tornou a sexta maior bilheteria do cinema!

 

A imagem é um poster de divulgação de filme. Há um rosto de uma criatura azul com olhos verdes e seu cabelo esvoaçando; a criatura está com olhar fixo e atento. No rosto desse ser também é possível identificar pontos iluminados e traços luminosos esbranquiçados que atravessam diagonalmente o rosto em destaque. No canto inferior esquerdo o título do filme, em letras azuis, “Avatar: o caminho da água” e data de lançamento do filme “15 de dezembro “. No canto inferior direito, os lábios entreabertos da criatura.

 

 

A narrativa passa no universo de Pandora, que contêm diversidade de biomas, tribos, tradições e línguas. Para dar veracidade à Pandora, uma das ferramentas utilizadas foi a criação de línguas artificias, o que deve interessar a quem estuda Letras.

Na’vi é uma língua criada para os habitantes de Pandora, o idioma foi criado pelo linguista Paul Frommer, que tem doutorado em Linguística e é professor da Universidade do Sul da Califórnia. Para o diretor do filme, James Cameron, a língua deveria ser aprendida pelos personagens ficcionais e pronunciada pelos atores reais, e não se assemelhar a nenhuma língua humana.

O processo de criação de Na’vi começou em 2005, a partir de trinta termos com sonoridade semelhante à das línguas polinésias, Frommer criou um “vocabulário alienígena” composto por mil palavras, com estruturas sintáticas e morfológicas emprestadas de diversas línguas. Também foi estabelecido contraste de tons, vogais com diferentes durações e consoantes ejetivas. Para fugir da semelhança com línguas derivadas do latim ou do germânico e se tornar estranha aos ouvidos ocidentais foram excluídos sons comuns dessas línguas como B, D, G, e CH, e foram incluídos grupos de sons dificilmente utilizados em idiomas acidentais como Kx, Tx e Px. Sons produzidos com a língua e lábios sem ajuda dos pulmões foram fundamentais; a presença de infixos e o uso de modificadores de verbos no meio das palavras em vez de no início ou final delas também.

Em 2009, ano de lançamento de Avatar, Na’vi contava com um vocabulário de mais ou menos mil palavras, mas o entendimento gramatical da língua estava limitado apenas a Fromme; por esse motivo ele criou o blog Learn Na’vi , onde é possível entender as regras gramaticais, detalhes da fonética, fonologia, textos e poemas já redigidos na língua. Hoje estima-se que o vocabulário de Na’vi seja de duas mil palavras e que possua cinquenta a cem pessoas que se tornaram fluentes em sua fala e escrita.

Na sequência do filme Avatar: o caminho da água, o que é mais interessante, foi criada uma nova língua artificial, a Língua de Sinais Na’vi , por CJ Jones, ator americano bastante conhecido por suas contribuições para a representação dos surdos no cinema, na TV e em Hollywood. A língua de sinais Na’vi (NSL) foi produzida para ser usada ao longo do filme, provavelmente pelo Clã Metkayina, um clã que vive nos recifes de Pandora. Por viverem submersos, o clã se beneficiaria de uma língua de sinais para se comunicar.

 

 

Agora é só aprender essas novas línguas artificiais e viajar nas férias no mundo de Pandora.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

BOASSI, Hanna. Línguas artificiais: Você sabe o que são? 2022. Disponível em: https://petletras.paginas.ufsc.br/2022/05/15/linguas-artificiais-voce-sabe-o-que-sao. Acesso em: 19 fev. 2023.

 

MARGARITA, Diana. Língua artificial do filme Avatar. 2013. Disponível em: http://www.tradutoradeespanhol.com.br/2013/01/lingua-artificial-do-filme-avatar.html?m=1. Acesso em: 19 jan. 2023.

 

LEAR NA’VI SING LANGUAGE. Produção de Cj Jones. [S.I.], 2022. son., color, legendado. Disponível em: https://youtube.com/playlist?list=PL9R-Yt3TTkd5J582DdQwVzIDAneQvzCzY.  Acesso em: 19 jan. 2022.

 

MURANO, Edgard. A língua de Avatar. 2010. Disponível em: https://edgardm.wordpress.com/2010/03/18/a-lingua-de-avatar/. Acesso em: 19 jan. 2023.

 

 

 

DE FÉRIAS COM O PET: One Day at a Time: se sinta parte da família Alvarez

13/01/2023 09:29

Por Hanna Boassi

Bolsista PET-Letras UFSC

Letras – Português

 

Você está de férias e não sabe mais o que fazer para sair da monotonia? Vou te apresentar uma família muito interessante e talvez você queira fazer parte da rotina deles.

Em 2017, a sitcom One Day at a Time foi estreada pela Netflix, nela acompanhamos o cotidiano de uma família hispano-americana nos Estados Unidos. A família Alvarez é composta por Penélope (Justina Machado), uma enfermeira e ex-militar e mãe solo, Lydia (Rita Moreno), sua mãe, que se mudou para os Estados Unidos com seu falecido marido após ter fugido de Cuba, e seus dois filhos, Elena (Isabella Gomez), a mais velha, militante e estudiosa, e Alex (Marcel Ruiz), o caçula, que é mimado pela a avó – ou, para eles, Abuelita.

Além da família, outros personagens muito presentes nos episódios são Schneider (Todd Grinnell), dono do prédio onde a família mora, e o Doutor Berkowitz (Stephen Tobolowsky), chefe de Penélope e par romântico de Lydia.

Descrição da imagem: Em um fundo amarelo, podemos observar os personagens da série One Day at a Time centralizados na foto. À esquerda se vê Elena, uma mulher de cabelos longos e castanhos, vestindo uma jaqueta azul sobre uma camisa cinza; ela usa óculos e está olhando para sua direita, onde se encontra Lydia, sua avó, que tem cabelos curtos e castanhos, também usa óculos e veste um vestido azul claro. Ao lado direito de Lydia se vê Penélope, que tem cabelos médios castanhos e cacheados e está vestindo uma camisa verde. Na ponta direita se vê Alex, que tem cabelos curtos e castanhos e veste uma camisa xadrez cinza. Atrás da família se vê Schneider, que tem cabelos e barba castanhos, utiliza um óculos e uma camisa azul clara, e o Doutor Berkowitz, personagem secundário da série, careca, utiliza um óculos e uma camisa vermelha.

Esse é o tipo de série que você escolhe ver quando precisa de certo conforto, mas, além de ela fornecer esse carinho, ela também consegue abrir nossos olhos para temas de extrema importância. A série aborda em seus episódios temas importantes como xenofobia, homofobia, depressão, ansiedade, religião, sempre de uma forma bem humorada. No desenvolvimento dos personagens e de seus relacionamentos é possível se identificar sempre em alguma situação em que nos reconhecemos, já que os autores tentam retratar de forma suave a relação familiar entre eles, com conflitos que todos temos em casa.

Além de gargalhadas, tenho certeza que você vai se emocionar com a família Alvarez, principalmente com as descobertas de Elena e Alex sobre a vida e o mundo. Infelizmente, após três temporadas, a série foi cancelada pelo serviço de streaming Netflix.  Foi “resgatada” pela Pop para uma quarta temporada e, depois, cancelada novamente. Apesar disso, e pelo grande sucesso da série, muitos fãs lutam pelo seu retorno. Tenho certeza que é uma série que vale seu tempo de lazer e que pode te proporcionar momentos maravilhosos. Assim como cada fã, após alguns episódios, você vai se sentir parte dessa família.

 

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