Meus dias no Pet-Letras…

21/06/2023 16:14

Por Vitória Cristina Amancio

Voluntária no Pet-Letras

Letras-Libras

Meus dias no Pet-Letras…

Foram incríveis. Desafiadores.

Acho que posso dizer que foram um período de muita experiência e aprendizado.

 

Imagem com integrantes do Pet-Letras ao lado de uma mesa com bolo e salgadinhos.

 

Bom, acho que estou pulando algumas coisas. Primeiro, creio que deva me apresentar: Olá, eu sou a Vitória, essa menina com a camiseta verde do Pet na foto. Isso, essa perto dos salgadinhos (eram uma delícia, caso queiram saber). Sou graduanda do curso de Letras-Libras e entrei no Pet-Letras em 2022. Sim, ano passado. E de lá pra cá, muita coisa aconteceu.

Eu entrei como estagiária da acessibilidade para atuar como intérprete de Libras-português. Inicialmente, eu tinha muita dificuldade em interpretar para o português, mas muitas de minhas práticas deste estágio fizeram com que eu hoje eu me reconheça como intérprete não só de Libras, mas de português também.

É, meus dias aqui foram desafiadores. Principalmente no início. E logo nos primeiros meses de estágio, um dos bolsistas desenvolve a grande ideia de iniciar um slam do Pet.

Slam. Sim. Competições de poesia falada. E faladas suuuuper rápido.

E é claro que seria uma de minhas tarefas interpretá-lo.

 

Eu tentei estudar todos os textos. Mas eram tão complexos, tantas metáforas! O dia do evento… não vou mentir: foi trágico. Mas após algumas semanas, eu estava animada para o próximo. E assim descobri um dos contextos de interpretação em que mais gostava de atuar.

 

Imagem em preto e branco registrando a primeira edição do Slam Estrela D’alva com o apresentador e a intérprete.

 

Para quem tremia antes de interpretar um evento como esse, eu acabei querendo pesquisar na área. E assim desenvolvi a tradução comentada de uma poesia, também conhecida como meu TCC – o qual eu vou defender logo, então me desejem boa sorte.

Outra de minhas atividades era a interpretação semanal da formação para professores. Sim, caso você não saiba, os professores de idiomas do Pet-Letras são voluntários e havia formações ofertadas pelo programa. Foi uma experiência muito bacana, aprendi muito sobre o ensino de línguas enquanto interpretava.

 

Na imagem, integrantes do Pet-Letras e professores voluntários sorrindo para foto em uma sala de aula da formação de professores.

Em uma atividade em que eu não era intérprete (quer dizer, não na maioria das vezes). Eu era monitora do Pet-Idiomas em uma das turmas de Libras iniciante, e ficava admirada em poder acompanhar a aprendizagem dos alunos. Eram inúmeras as vezes em que eles faziam perguntas para mim e ali pude exercitar uma de minhas experiências como intérprete: explicar que meu papel naquele espaço era justamente intermediar aquele diálogo; então, encorajava os alunos para que eles mesmos dirigissem suas perguntas à professora surda.

E minha atividade favorita: interpretar a professora para o português-oral quando alguma informação importante era passada, ou nas primeiras aulas, quando a professora ainda não havia iniciado o conteúdo.

 

Imagem: confraternização da turma de Libras 1 com alunos, professores e monitora.

Os meus dias como estagiária encerraram.

 

Mas se você leu o cabeçalho deste texto deve ter percebido que agora eu sou voluntária. É… eu já contei que gosto muito de literatura?

 

Esse ano eu voltei como voluntária do Pet-Letras para me juntar ao Clube da Escrita literária, e pude dialogar com várias pessoas, que assim como eu, amam a literatura. Pude conversar dentro da universidade com autores catarinenses e debater sobre fantasia X ficção científica… Ou será que existe fantasia científica?

 

Imagem: oficina com Natália Zimmerman: Interseccionalidades entre a fantasia e ficção científica.

 

E teve até sessão de autógrafos com o escritor Rafael Albuquerque, depois de uma palestra incrível sobre as brasilidades na fantasia.

 

Vitoria 6

Imagem: escritor Rafael Albuquerque autografando um de seus livros: O Mago Revolucionário.

 

Nosso último encontro presencial foi com o escritor Eduardo Silveira, em uma conversa muito profunda sobre escrever com não humanos.

 

E por fim, o nosso encontro foi online, já que nossa convidada era paulista e… estava muito frio pra sair de casa de manhã cedo.

 

Os meus dias no Pet-Letras foram ótimos. De grande valor para minha experiência acadêmica e profissional, mas também para minha particular, pois aqui fiz grandes amigos.

 

Imagem: foto com antigos e atuais membros do Pet-Letras.

 

Meus dias foram. E quem sabe algum dia voltem a ser.

Mas agora me restam apenas agradecimentos aos dias que foram parte de minha jornada.

 

Comments