Sessão de Cinema – Grupo de Estudos: A Cidade ao Longe

03/05/2019 23:01

O GEPET A Cidade ao Longe: uma introdução ao pensamento das cidades promove no dia 07 de Maio a exibição de três filmes: Manhatta (1921)Nada além das horas (1926) Berliner Stilleben (1926). O propósito da sessão é oferecer breves imagens de cidades-capitais que, no início do século XX, configuram-se como alguns dos principais paradigmas da cidade moderna: Nova Iorque, Paris e Berlim.

O PET Letras, através do seu projeto Cinédito, produziu a legenda em português para Manhatta, até então com tradução indisponível. Também incluiu trilha sonora ao filme Berliner Stilleben, indisponível em qualquer versão sonorizada, uma composição do músico alemão Hans-Joachim Roedelius. Infelizmente, devido a limitações do arquivo digital, o filme Nada além das horas não terá legendas em português, contando com intertítulos em francês e tradução em inglês.

A exibição ocorrerá no auditório Elke Hering, na Biblioteca Universitária, às 15:30.  

 

Manhatta (Charles Sheeler & Paul Strand, 1921) 

Em 1921, o pintor Charles Sheeler e o fotógrafo Paul Strand colaboraram para produzir Manhatta, considerado por alguns como o primeiro filme de vanguarda norte-americano. Inspirado pelo poema “Mannahatta” de Walt Whitman, o filme retrata a Manhattan do começo do século XX em 65 tomadas sequenciadas em uma estrutura não narrativa.

 

Nada além das horas (Alberto Cavalcanti, 1926) 

Documentário sobre a Paris dos anos 20 em forma de “sinfonia urbana”. Trata-se de nostálgico estudo dos pobres de Paris, um caleidoscópio impressionista da cidade, filmada com recursos do cinema experimental. Lugares desconhecidos e turísticos são captados por um surrealismo onírico e embalados na poesia rítmica deste tipo de cinema, que tem ecos em Dziga Vertov. Sem trama, mostra o dia de uma grande cidade animadas por silhuetas que emergem do contraste do preto-e-branco.

 

Berliner Stilleben (László Moholy-Nagy, 1926) 

Com a atitude do voyeur (os ângulos de observação são sempre os do homem em pé), mas com a racionalidade do analista, Moholy-Nagy compõe um afresco de realidade urbana marginal e humilde de Berlim. Foi filmado inteiramente em preto e branco e é caracterizado por um documentário estilo Bauhaus.

 

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